Em 31 rodadas, times da Série A nacional tiveram 44 técnicos
diferentes; Blog fez levantamento para avaliar desempenhos

Vinícius Dias

O pedido de demissão feito por Luiz Felipe Scolari à diretoria do Grêmio, com apenas duas semanas de Campeonato Brasileiro, foi o pontapé inicial do vai e vem de técnicos na Série A. Em 31 rodadas, foram realizadas 27 trocas - quatro a menos do que em 2010, ano do recorde. Na soma, 44 profissionais ocuparam o banco de reservas das 20 equipes. Corinthians, Atlético/MG e Avaí, que mantêm seus comandantes desde a rodada de abertura, são exceções.


Os números confirmam que demitir o técnico é, quase sempre, o principal caminho adotado pelos cartolas brasileiros quando o desempenho do time não corresponde à expectativa. Prova disso é o fato de os quatro últimos da tabela de classificação terem recorrido, juntos, a oito trocas. Mas nem mesmo as equipes do G4 escapam: o Grêmio, de Felipão até a 2ª rodada, hoje tem Roger no comando. Agora dirigido por Dorival Júnior, o Santos teve Marcelo Fernandes no início.

Levir, do Atlético, é o terceiro colocado
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Diante desse cenário, o Blog Toque Di Letra fez um levantamento para avaliar o desempenho dos 32 treinadores que ficaram pelo menos cinco vezes à beira do campo - foram desconsiderados os 12 profissionais que fizeram quatro ou menos jogos. Os resultados foram divididos em quatro faixas: as extremas G4 e Z4, reunindo os quatro melhores e os quatro piores; além de duas intermediárias, utilizando a média geral - 42,8% de aproveitamento - como linha de corte.

Melhores aproveitamentos:
Tite (Corinthians) - 31 jogos - 72%
Dorival Júnior (Santos) - 19 jogos - 68,4%
Levir Culpi (Atlético/MG) - 31 jogos - 63,4%
Roger Machado (Grêmio) - 28 jogos - 60,7%

Acima da média:
Mano Menezes (Cruzeiro) - 9 jogos - 59,3%
Milton Cruz (São Paulo) - 6 jogos - 55,6%
Juan Osório (São Paulo) - 23 jogos - 52,2%
Oswaldo de Oliveira (Palmeiras e Flamengo) - 18 jogos - 50%
Marcelo Oliveira (Cruzeiro e Palmeiras) - 28 jogos - 47,6%
Argel (Figueirense e Internacional) - 31 jogos - 46,2%
Eduardo Baptista (Sport e Fluminense) - 31 jogos - 46,2%
Milton Mendes (Atlético/PR) - 28 jogos - 45,2%
Jorginho (Vasco) - 12 jogos - 44,4%
Enderson Moreira (Fluminense) - 24 jogos - 44,3%
Paulo César Gusmão (Joinville) - 16 jogos - 43,8%
Diego Aguirre (Internacional) - 16 jogos - 43,8%

Abaixo da média:
Cristóvão Borges (Flamengo e Atlético/PR) - 18 jogos - 42,6%
Guto Ferreira (Ponte Preta e Chapecoense) - 22 jogos - 40,9%
Vinícius Eutrópio (Chapecoense) - 25 jogos - 40%
Ney Franco (Coritiba) - 25 jogos - 40%
Hudson Coutinho (Figueirense) - 6 jogos - 38,9%
Doriva (Vasco, Ponte Preta e São Paulo) - 23 jogos - 37,7%
Hélio dos Anjos (Goiás) - 8 jogos - 37,5%
Luxemburgo (Flamengo e Cruzeiro) - 20 jogos - 36,7%
Julinho Camargo (Goiás) - 14 jogos - 35,7%
Gilson Kleina (Avaí) - 31 jogos - 35,5%
Renê Simões (Figueirense) - 7 jogos - 33,3%
Celso Roth (Vasco) - 11 jogos - 30,3%

Piores aproveitamentos:
Marcelo Fernandes (Santos) - 12 jogos - 27,8%
Adilson Batista (Joinville) - 10 jogos - 26,7%
Marquinhos Santos (Coritiba) - 6 jogos - 16,7%
Hemerson Maria (Joinville) - 5 jogos - 6,7%

Um comentário:

  1. Marcelo tem sido uma decepção até aqui. Decepção surpreendente. Como um bi campeão cai tanto assim? Sou fã dele e isso que me decepcionou mais

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