Solução encontrada pela cúpula da Veterana foi a instalação
de arquibancadas móveis; time espera por CREA e Bombeiros

Vinícius Dias

Assegurada no G4 do Campeonato Mineiro, a Caldense já se articula nos bastidores para realizar um dos jogos da semifinal em Poços de Caldas. O estádio Ronaldão, onde o time mandou seus jogos na fase classificatória, tem capacidade para 7,6 mil torcedores. O regulamento do estadual, no entanto, observa que, na segunda fase, as partidas devem ser disputadas em estádios com capacidade superior a 10 mil pessoas.

Ronaldão, em Poços: a casa da Veterana
(Créditos: José Augusto Basílio/Marketing Caldense)

A solução encontrada pela cúpula do clube alviverde foi a instalação de arquibancadas móveis, ampliando a capacidade do estádio para 10,5 mil. Cerca de 70% das obras estão concluídas, segundo afirmou o gerente de futebol Alex Joaquim ao Blog Toque Di Letra. O clube ainda aguarda a aprovação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e o laudo do Corpo de Bombeiros.

Definição até segunda-feira

A Caldense tem até a próxima segunda-feira, 06 de abril, para oficializar junto à Federação Mineira o estádio onde vai mandar a partida válida pela semifinal. Mesmo confiante na expedição do laudo atestando aumento da capacidade do Ronaldão, a Veterana estuda duas alternativas: Melão, em Varginha, e os estádios de Belo Horizonte.

Thiago Ribeiro a caminho

Vinícius Dias

Thiago Ribeiro deve ser o quarto reforço atleticano para esta temporada. Entre o clube e o atacante, os detalhes estão praticamente acertados há alguns dias. Por ora, a liberação do Santos, atual clube do velocista, é o principal entrave para a conclusão da negociação. Mas a expectativa é de que o acordo seja oficialmente selado em reunião agendada para a tarde desta segunda-feira.


Do lado atleticano, a chegada de Thiago aponta para a saída de Cesinha, emprestado pelo Bragantino até maio. Por parte do Santos, representa a continuidade da política de redução de gastos - Ribeiro custa cerca de R$ 300 mil por mês, valor que supera em 50% o teto fixado para 2015. O clube praiano planeja incluir o zagueiro Emerson na negociação. Giovanni Augusto e Pierre são opções.

Mineirão é plano A

No que depender do presidente Daniel Nepomuceno, o confronto contra o Santa Fé, no dia 09 de abril, será disputado no Mineirão. A decisão será tomada hoje. A preferência pelo estádio tem motivações financeiras, mas passa pela expectativa de grande público. "Lá, a gente tem condições de trabalhar um público maior, uma receita maior. Mas não adianta escolher Mineirão e deixar estádio vazio", disse ao Blog em janeiro.

Cadê o armador, Cruzeiro?

Vinícius Dias

O sétimo triunfo azul no Campeonato Mineiro veio em mais uma atuação ruim. De novo, Marquinhos foi o destaque. Mas o jogo coletivo outra vez não apareceu, e o placar foi construído em dois lampejos dos tão falados armadores. Aos cinco da etapa final, Marcos Vinícius serviu Marquinhos. Depois, aos 48', Gabriel Xavier encontrou Marquinhos, que tabelou com Joel. A incógnita do domingo foi o hiato de 11 minutos entre a saída de Marcus e a opção por Xavier.


Dos 19 aos 30 minutos da segunda etapa, a Raposa atuou sem meias, a exemplo do jogo de quarta. Contra o Mamoré, sem Alisson e Arrascaeta, Marcelo escalou quatro atacantes - em um esquema que variava entre o 4-2-3-1 e o 4-2-2-2. O Cruzeiro tinha posse de bola, mas era 'engolido' pelo time rival. Marcos Vinícius, acionado aos 27' do tempo final, mudou o panorama do jogo. Duas finalizações, 14 passes certos, de acordo com o Footstats, e a assinatura da jogada do empate.

Xavier e Marquinhos: a dupla funcionou
(Créditos: Jheremias Henrique Xavier/Light Press)

O Cruzeiro é o time que contabiliza dez pontos nos últimos quatro jogos, mas também o que não tem convencido nem quando vence. Com razão e crédito depois de comandar a montagem do elenco que conquistou o bi brasileiro, Marcelo cobra mais um armador para o grupo. Mas erra e vê a equipe cruzeirense produzir menos ao dar, até aqui, poucas chances às alternativas que têm à disposição.

A pergunta que o técnico faz à diretoria, a torcida devolve.
Marquinhos sobra e Damião vai bem. Mas cadê o armador?

Mattos, o executivo dos golaços

Vinícius Dias

Após o desgaste no início de 2012, o Cruzeiro já se preparava para viver sem Montillo na temporada seguinte. Ainda em novembro, Diego Souza deixou o Al-Ittihad FC, da Arábia Saudita. Bastaram algumas ligações de Alexandre Mattos para Eduardo Uram, e a negativa de quarta-feira deu lugar à confirmação de sexta. A Raposa já tinha o camisa 10 para 2013. Ricardo Goulart chegou no mês seguinte. Após a venda de Montillo para o Santos, veio Éverton Ribeiro. 


Antes mesmo de a temporada começar o Cruzeiro já havia desenhado a espinha dorsal do bi nacional. Se Diego Souza não emplacou, Goulart se tornou protagonista e Éverton Ribeiro foi o maestro do time nos títulos nacionais de 2013 e 2014. O roteiro premiado e seu mentor, Alexandre Mattos, se tornaram obsessão. No último ano, cisão na Toca. Sinal verde para o Palmeiras, que enxergava no diretor de futebol celeste seu grande reforço para 2015.

No Verdão: três meses e 20 contratações
(Créditos: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

Ontem, após 28 meses, ele fez de Egídio o 'novo' Diego Souza. Um dia depois de perder João Paulo por lesão, o dirigente contatou Uram. Desta vez, o problema era a lateral-esquerda. E a solução rimava com o ala em quem Alexandre havia apostado no início daquele 2013. Era tarde demais para qualquer tentativa rival. De saída do futebol ucraniano, Egídio será anunciado na próxima semana como mais novo contratado, o 20º da era Mattos no clube paulista.

No placar dos bastidores, mais um gol do Palmeiras.
Com a assinatura e a agilidade de Alexandre Mattos.

Ser atleticano: bem mais que torcer!

Ricardo Diniz

É tratar a relação com a camisa alvinegra a exemplo do casamento: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza. É bem mais que simplesmente torcer por um time de futebol. É, ao mesmo tempo, nascer com DNA e coração programados para fortes emoções e para o amor incondicional.


Que atire a primeira pedra o torcedor que não pensou em 'chutar o balde' quando o Galo foi rebaixado, em 2005, ou quando o time perdeu a chance de rebaixar o rival, em 2011. Mas é verdade que, logo depois, a raiva já havia passado e o romance com o Atlético sido reatado. É "uma vez, até morrer", como diz o hino.

A paixão registrada no próprio corpo
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Qual atleticano, na aflição, não se entregou às lágrimas ao ver o árbitro assinalar um pênalti aos 47' da segunda etapa, e, depois, quando Riascos partiu para a bola que parou de forma milagrosa no pé esquerdo de 'São Victor' não teve forças nem mesmo para voltar a chorar - desta vez, um choro de alívio?

Ser atleticano é sonhar por décadas com os míseros segundos entre a cabeçada de Léo Silva e o toque da bola na rede do Olímpia e, na mesma noite, ver o 'ídolo' Giménez carimbar o travessão na última cobrança de pênalti. É também a partir daquele instante, se sentir, de fato, dono do continente americano.

Ser atleticano é conjugar o 'acreditar'
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Ser atleticano é se considerar de alma lavada e com a sensação de dever cumprido ao derrotar o rival por duas vezes e, na decisão, comemorar o inédito título da Copa do Brasil em pleno Mineirão, onde cerca de duas mil vozes calaram mais de 35 mil. Um ato heroico!

Saúdo a todos os ídolos - do passado e do presente - por fazerem parte desta gloriosa história do Clube Atlético Mineiro, ou melhor, Galo. Você, torcedor, troque umas palavras com quem te fez atleticano. Caso tenha essa chance, que tal dizer um obrigado? Se isso não for mais possível, simplesmente reze por ele(a).

Conjugar o verbo acreditar. Isso é ser atleticano!


Torcedores nascidos no dia 25 de março, data do aniversário
do clube, destacam histórias de paixão e superação ao Blog

Vinícius Dias

"Uma vez, até morrer". Um dos versos mais repetidos do hino alvinegro é corroborado, na prática, por histórias de vida que, pela paixão e por uma data em comum, estão relacionadas à do Atlético. O dia em que o clube completa 107 anos é sinônimo de festa em dobro para torcedores como Willer Crouch Gomes, Larissa Monteiro Brant e Alexsandro Gontijo. Para eles, comemorar o aniversário na mesma data do clube do coração é um presente especial.


"O Atlético vai muito além de um time de futebol. Por tudo que passei, posso dizer que ele salvou a minha vida e, ao mesmo tempo, quase me mata de emoção, como na Copa Libertadores em 2013". As palavras do belorizontino Willer Gomes, que comemora 25 anos nesta quarta-feira, remontam a 2007. Naquele ano, o estudante de Educação Física teve o diagnóstico de leucemia. Mais do que nunca, ele sabia que seria preciso "lutar, lutar, lutar".

Willer Gomes ao lado da amiga Mariana
(Créditos: Arquivo Pessoal/Willer Gomes)

Tal como no hino atleticano, os verbos lutar e vencer apareceram lado a lado na trajetória do torcedor. "Por meio de amigos, consegui um apoio fundamental, que me deu força naquele momento. Recebi da diretoria do Atlético uma carta e uma camisa autografada por todos os atletas e pelo técnico", conta ao Blog Toque Di Letra. Dois anos depois, ele recebeu a tão sonhada notícia: estava totalmente curado e voltaria às arquibancadas em jogos do Atlético.

Amor atleticano

Para Willer, relembrar o momento é também uma chance de demonstrar gratidão. "Nunca tive a oportunidade de agradecer ao clube diretamente", pontua. Mal sabia ele que a paixão pelo time preto e branco lhe renderia novos frutos. "Por meio do Galo (em um jogo no estádio Independência), conheci a Mariana Frederico, que hoje é a minha companheira e melhor amiga", completa.

Larissa, no Independência, com a irmã
(Créditos: Arquivo Pessoal/Larissa Monteiro)

ORGULHO - A paixão pelo Atlético também compõe capítulo especial da biografia de Larissa Brant. "O Galo me surpreende cada dia mais. A cada campeonato é uma surpresa nova", argumenta. Uma das ocasiões mais marcantes para a belorizontina, que festeja 18 anos neste dia 25, foi a conquista da Libertadores. Após a decisão contra o Olímpia, ansiedade e nervosismo deram lugar à alegria. "Tenho o maior orgulho em falar que torço para o Galo", diz ao Blog.

Para a estudante de Engenharia de Produção, a coincidência das datas é motivo para comemoração. "É uma honra comemorar meu aniversário no mesmo dia que o Galo. Vejo isso como um presente por ser atleticana". Torcedora do tipo que não deixa de acompanhar um jogo sequer, Larissa tem na ponta da língua o 'presente ideal' para o Atlético e, por que não, para si mesma: a segunda conquista da Copa Libertadores. Ela e milhares de torcedores acreditam.

Alexsandro: paixão resiste à distância
(Créditos: Arquivo Pessoal/Alexsandro Gontijo)

INSPIRAÇÃO - Alexsandro Gontijo é um desses. O empresário, que hoje completa 33 anos, se define como atleticano de corpo, alma e nascença. Para ele, a trajetória de sucesso traçada pelo clube preto e branco é fonte de inspiração. "O Galo é minha vida. A história desse clube é um exemplo para mim. Apesar das adversidades e dos tempos ruins, nunca deixe de acreditar. Com amor, garra e fé tudo é possível".

Alexsandro, que mora em Divinópolis, na Região Centro-Oeste do estado, se acostumou desde cedo a acompanhar os jogos do clube. Para assistir aos clássicos no estádio, por exemplo, chegou a ficar na torcida rival, na companhia de um tio cruzeirense. No dia do 107º aniversário do Galo, ele deixa um pedido peculiar. Nada de títulos ou reforços. "Que os jogadores que hoje vestem essa camisa e os que vão vestir incorporem o espírito atleticano. O resto é consequência".


Dono da melhor defesa do estadual, Coelho recebe Cruzeiro,
que tem o ataque mais eficiente e tenta retomar a liderança

Vinícius Dias

América e Cruzeiro foram protagonistas de duelos inesquecíveis ao longo das últimas décadas. Os clubes decidiram estaduais, torneios regionais e também se enfrentaram pela divisão de elite do futebol brasileiro. Neste domingo, contudo, a história do clássico vai ganhar um capítulo especial. Coelho e Raposa se enfrentam pela primeira vez no 'novo Independência', às 18h30, pela 9ª rodada do Mineiro.


De acordo com levantamento feito pelo historiador Carlos Paiva, antes da reinauguração, o estádio do Horto foi palco de 42 embates entre os rivais mineiros. O retrospecto é favorável à Raposa: foram 17 vitórias azuis, 14 empates e 11 triunfos americanos. O conjunto do Barro Preto anotou 78 gols e sofreu 65.

Em 2014, triunfo celeste no Mineirão
(Créditos: Washington Alves/Light Press)

O primeiro encontro aconteceu em abril de 1951, com triunfo do Coelho, por 3 a 1. Em junho do ano seguinte, o Cruzeiro alcançou sua primeira vitória. O time azul também levou a melhor no último jogo disputado no estádio. Em maio de 2008, em um amistoso entre times mistos, Reinaldo Alagoano e Jonathas anotaram para a Raposa; Luciano descontou para a equipe alviverde.

Melhor defesa x melhor ataque

O Cruzeiro encara o duelo deste domingo como oportunidade de voltar à liderança. Por isso, Marcelo Oliveira repete a escalação utilizada na última quinta, ante o Mineros. Givanildo também aposta em força máxima. Dono da defesa menos vazada da competição - com três gols sofridos em oito partidas -, o Coelho enfrenta o melhor ataque - que balançou as redes 17 vezes em sete rodadas.

Raposa à caça de armador

Vinícius Dias

Enquanto o Santos resiste a iniciar tratativas por Lucas Lima, o Cruzeiro monitora a situação de Valdívia, cujo contrato com o Palmeiras se encerra na segunda quinzena de agosto. Mesmo em meio ao mercado escasso, a cúpula estrelada planeja oficializar um novo armador antes das oitavas de final da Copa Libertadores. Com prazo curto, a Raposa adota estratégias distintas nos dois casos.


Lucas Lima é o plano A do presidente celeste. Com cinco assistências em dez jogos, o meia é um dos destaques do Santos, líder do grupo 4 do Campeonato Paulista. O sucesso do Peixe, no entanto, é analisado como complicador, uma vez que retarda a negociação. A alta pedida da equipe praiana, que recentemente recusou uma oferta de € 9 milhões do futebol chinês, é mais um entrave.

Na Toca II: Valdívia em treino do Chile
(Créditos: Carlos Parra/ANFP/Divulgação)

O nome de Jorge Valdívia foi citado pela primeira vez há duas semanas. Oficialmente, o clube nega. Mas fato é que tem acompanhado de perto os capítulos da novela envolvendo a renovação com o Palmeiras. Apesar de o chileno já poder assinar um pré-contrato, caso não avancem as tratativas por Lucas Lima, o Cruzeiro pretende tê-lo de imediato. A ideia é formatar um contrato baseado em metas.

O jogo dos estereótipos...

Vinícius Dias

Aos 11 minutos, Marquinhos encontrou espaço entre as duas primeiras linhas do Mineros para acionar o artilheiro Leandro Damião - sete gols em 11 partidas com a camisa estrelada. Aos 37' da segunda etapa, papéis invertidos: pelo lado esquerdo do ataque, Damião tabelou com Mena, que serviu Marquinhos. Líder do grupo, a Raposa não convenceu, mas somou três pontos decisivos. E a vitória passou por mais uma boa atuação do camisa 30. Ainda que o torcedor resista em enxergar.


Com boa movimentação pela faixa direita do campo, o meia-atacante foi a válvula de escape em uma partida abaixo da crítica - e tem sido um dos destaques do Cruzeiro nesta temporada, com quatro assistências e três gols em nove duelos. De acordo com dados do Footstats, Marquinhos liderou as estatísticas de acertos em cruzamentos (quatro) e finalizações (três) do lado celeste e ainda registrou 26 passes certos (aproveitamento de 75%) diante do Mineros.

Marquinhos: destaque contra o Mineros
(Créditos: Carlos Eduardo Ramirez/Light Press)

Em seus piores momentos no jogo, a Raposa sofria com transição lenta entre a segunda e a terceira linhas do 4-2-3-1, facilitando a ação do clube da casa. Embora atrasada, a entrada de Charles foi a resposta certa de Marcelo Oliveira. É possível questionar a qualidade do jogador, o contexto da reintegração, mas não a atuação. O camisa 28 preencheu bem o lado esquerdo, deu mais segurança ao setor e permitiu que Mena avançasse, a exemplo do lance do segundo gol.

Marquinhos e Charles, ao contrário do time, convenceram.
Exceto a quem insiste em ver o estereótipo, e não o jogo.

O time do (im)possível renasce

Vinícius Dias

O Atlético não foi brilhante. Muito porque, na contramão das previsões, o Santa Fé controlou a posse de bola e ainda resistiu aos contra-ataques desenhados por Levir. Antes de acertar bela cabeçada para tirar o zero do marcador, Lucas Pratto pouco havia aparecido - e continuou nessa toada até dar lugar a Danilo Pires, aos 33' da etapa final. Mas o triunfo alvinegro foi maior do que o placar mínimo sugere.


Antes da noite dessa quarta-feira, o Galo havia conquistado seis pontos nos últimos oito confrontos como visitante na Libertadores - com apenas uma vitória, na estreia na edição passada, ante o inofensivo venezuelano Zamora. O Santa Fé, por outro lado, defendia uma invencibilidade de 35 anos diante de clubes estrangeiros e o tabu de nunca ter sido derrotado por brasileiros no El Campín.

Alvinegro somou três pontos em Bogotá
(Créditos: Independiente Santa Fé/Divulgação)

Mais do que somar três pontos em uma noite que ganhou contornos de drama, o triunfo representou a oportunidade frear a ascensão da equipe cafetera, líder do grupo e, até ontem, com 100% de aproveitamento no torneio. Um novo triunfo no Horto - combinado com uma vitória do Atlas frente ao Colo-Colo, no México -, por exemplo, pode valer ao Atlético a liderança na próxima rodada.

De novo, o torcedor atleticano respondeu: eu acredito.
Afinal, ao que parece, o time do (im)possível renasceu!


De volta à titularidade após lesão, meia visualiza sequência
positiva: 'convocação vai depender do que eu fizer aqui', diz

Vinícius Dias

Desde a lesão sofrida na partida diante do Palmeiras, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, foram cerca de cinco meses longe dos gramados. Acionado por Marcelo Oliveira na etapa final dos duelos contra Huracán e Atlético, Alisson voltou a ser escalado como titular contra o Villa Nova, na última quarta-feira. A boa atuação ao lado de Arrascaeta valeu ao prata-da-casa a permanência no time. O meia-atacante quer agora fazer valer o ditado: ano novo, vida nova.


Prestes a disputar sua primeira partida como titular na Copa Libertadores, na quinta-feira, contra o Mineros, na Venezuela, Alisson falou com o Blog Toque Di Letra. O momento é de expectativa. "Tenho certeza de que as lesões vão ficar para trás", afirmou. E também de sonhar alto. Bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro e uma das principais apostas da comissão técnica neste processo de reformulação do elenco, o jogador planeja disputar as Olimpíadas de 2016.

Meia voltou ao time titular na quarta
(Créditos: Washington Alves/Light Press)

Convocado pelo treinador Alexandre Gallo para a seleção brasileira sub-23 que vai disputar amistosos contra Paraguai e México, no fim deste mês, Alisson já deu o primeiro passo. "Chegar até a Olimpíada vai depender do que eu fizer no Cruzeiro", pontuou o camisa 11. Em busca do sonho, ele tem o apoio da torcida celeste.

Bate-papo:

Mesmo depois de um longo período lesionado, você foi convocado pelo técnico Alexandre Gallo para a seleção sub-23. Participar das Olimpíadas de 2016 é, no momento, seu grande objetivo?

É um dos meus objetivos, mas chegar até a Olimpíada vai depender do que eu fizer no Cruzeiro. Então, tenho que pensar no Cruzeiro, fazer as coisas bem aqui, e consequentemente posso ser chamado mais vezes para a seleção. 

Na base, você integrou a geração vitoriosa que tinha nomes como Lucas Silva, Wallace e Vinícius Araújo, que hoje estão na Europa. Você tem a expectativa de repetir a trajetória deles e deixar o país ainda jovem?

Todo jogador pensa em também jogar na Europa, mas hoje o futebol brasileiro também tem muita qualidade. Não é algo que fico pensando, mas é um dos objetivos da minha carreira também. Estou muito feliz no Cruzeiro, quero conquistar mais títulos e me firmar.

Em outubro último, você se lesionou justamente quando vivia sua melhor fase com a camisa do Cruzeiro e, desde então, ficou longe dos campos. Os cinco últimos meses foram os mais difíceis de sua carreira?

Foram uns dos mais difíceis. Lesão é sempre algo complicado para o jogador, e comigo não é diferente. Graças a Deus eu consegui me recuperar, estou de volta e quero ajudar os meus companheiros. Tenho certeza de que as lesões vão ficar para trás. 

Mesmo após as saídas de alguns dos destaques do time, a torcida celeste continua confiante em outra temporada vitoriosa. E você é uma das principais apostas. 2015 será o ano do Alisson?

Vou trabalhar para que seja, novamente, o ano do Cruzeiro. Temos sempre que pensar no coletivo, e não no individual. Se o Cruzeiro conquistar títulos é o mais importante. Espero também jogar bem e ajudar.

Messi: a serviço da história

Vinícius Dias

Aos 22 minutos, Messi arrancou da intermediária defensiva, se livrou de quatro marcadores, tocou para Neymar e invadiu a área do Eibar. A bela jogada não terminou em gol pela falha do brasileiro no passe final. Nove minutos depois, de pênalti, o camisa 10 do Barcelona abriria o placar. Na etapa final, aos 10', reencontrou as redes após o escanteio cobrado por Rakitic. 2 a 0 para o líder do Espanhol. O time de um Lionel que, mesmo quando não encanta, reescreve a história.


Desde sua estreia, Messi empilha recordes. Com os dois marcados neste sábado, chegou a 32 gols na liga 2014/2015 - em sua 27ª exibição. Na história, soma 275, superando a marca construída na década de 1950 por Telmo Zarra, ídolo do Athletic. No topo, em 2011/2012, Lionel anotou 50 vezes - recorde de gols em uma edição. É também líder de assistências, com 110 - contra 105 de Figo.

Messi: número 1 da história do Barça
(Créditos: Miguel Ruiz/FCB/Divulgação)

Nesta quarta-feira, diante do Manchester City, terá nova oportunidade de ampliar a contagem na Liga dos Campeões. Com o anotado contra o PSG, em dezembro, o argentino chegou a 75 gols na história da competição - marca igualada por Cristiano Ronaldo há oito dias. Em toda a história do Barcelona, são 397 gols com a assinatura de Lionel Messi - número 1 do clube que completa 115 anos.

Os recordes e o clássico

No domingo de clássico ante o Real Madrid no Camp Nou, mais recordes à prova. Embora tenha passado em branco no revés do turno, La Pulga é quem mais vezes marcou na história do embate: 21 gols. Do outro lado estará Cristiano Ronaldo, atual melhor do mundo e vice-artilheiro da liga, com três hat-tricks na temporada - o blaugrana tem cinco. Na história do torneio, CR7 tem 23 e Messi 24.

A semana tem Messi em campo diante de City e Real.
E a certeza de que a história continua a ser reescrita.

A(s) volta(s) dos três pontos

Vinícius Dias

No último teste antes do duelo decisivo diante do Santa Fé, na próxima quarta-feira, em Bogotá, o Atlético teve poucas dificuldades contra o frágil time da URT. Mais do que os três pontos, que valeram, por ora, a volta à vice-liderança, a grande notícia do jogo desse domingo foi os retornos de Marcos Rocha e Lucas Pratto. Coletivamente, foi a melhor exibição nesta temporada. O que diz muito.


O Atlético, na volta do consagrado 4-2-3-1, foi mais intenso e teve mais posse de bola durante todo o jogo. Dos 28 atletas acionados no Horto, o avante argentino foi quem mais acertou finalizações: três - marcando um gol e carimbando a trave em outra ocasião. Segundo dados do Footstats, Marcos Rocha liderou três quesitos do lado alvinegro: lançamentos certos (quatro), viradas de jogo (seis), desarmes (seis).

Pratto e Rocha: decisivos no retorno
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

O camisa 2, que voltou à equipe em grande estilo e marcou o segundo gol do jogo, substituiu Patric. Nas últimas partidas do clube alvinegro, Patric havia sido um dos mais questionados. Na quinta-feira, ante a Caldense, o lateral liderou foi quem mais errou passes (cinco) e cruzamentos (quatro) do lado preto e branco, diz o Footstats. Em Poços, o Atlético teve a bola, mas não conseguiu torná-la efetiva.

Três pontos, várias razões

Os três pontos somados ontem têm várias explicações. A ótima tarde do participativo Luan, melhor em campo; mais uma partida segura da dupla Edcarlos e Jemerson na zaga atleticana; e a fragilidade técnica da URT - derrotada cinco vezes - quando comparada à invicta Caldense, dona do segundo melhor aproveitamento do torneio, que alcançou 15 pontos nas sete primeiras rodadas.

As principais, todavia, estavam na direita e na grande área.
E atendem pelos seguintes nomes: Marcos Rocha e Pratto.

A mística das meias azuis

Vinícius Dias

Verde e vermelho à época de Palestra Itália, o Cruzeiro adotou o azul e branco em 1942, no contexto da II Guerra. Desde então, as diferentes combinações entre estas cores têm significados distintos para o clube. O uniforme branco, por exemplo, se tornou artigo frequente em momentos cruciais. O azul, conjugado com as meias brancas, deu o tom dos títulos brasileiros de 2013 e 2014. Neste ano, nos quatro primeiros jogos como mandante, o clube celeste recorreu a outro padrão: camisa azul, calções brancos e meias azuis.

Meias azuis: sucesso nos anos 1990
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Arquivo)

A configuração remonta a alguns dos períodos mais vitoriosos da história celeste. Foi assim que a equipe conquistou sua primeira Libertadores, em 1976, por exemplo. Mais recentemente, a combinação foi utilizada entre 1996 e 1999 e de 2001 a 2003. Em sete temporadas, o clube somou 14 conquistas, entre elas, Libertadores, Brasileiro, Recopa e duas Copas do Brasil. A partir de 2004, no entanto, a variação ficou restrita a algumas partidas como visitante.

A palavra do estatuto

Oficialmente, o Cruzeiro rejeita o discurso de mudança no padrão. "Nosso uniforme 1 é camisa azul, meias brancas, calções brancos. Vamos usá-lo sempre que possível", assegura ao Blog o supervisor de futebol Benecy Queiroz. O artigo 73 do estatuto do clube, contudo, indica meias brancas ou azuis, sem restringir possibilidades de combinação. Nos bastidores, a bancada italiana, por exemplo, defende o uso da cor azul.

A alta pedida de Dátolo

Vinícius Dias

Com sete gols e 20 assistências, o meia Dátolo foi um dos destaques do Atlético no ano passado. Peça-chave no título da Copa do Brasil e na reta final do Brasileiro, o argentino herdou a camisa 10 de Ronaldinho Gaúcho para a atual temporada. A sequência do jogador na Cidade do Galo, no entanto, ainda é incógnita. Com vínculo registrado no BID até dia 09 de agosto, Jesús Dátolo já pode assinar um pré-contrato com qualquer time desde o mês passado.

Dátolo: armador em ação pelo Atlético
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

A expectativa do Atlético era de que a situação do atual camisa 10 fosse resolvida no início deste ano. As negociações visando à renovação foram iniciadas em novembro passado, porém, até o momento, não avançaram. Segundo o Blog Toque Di Letra apurou, o principal entrave é a pedida salarial feita pelo meia: cerca de R$ 4,5 milhões por temporada. O valor é considerado alto pela cúpula alvinegra.

Na história do Atlético

Revelado pelo Banfield, da Argentina, o jogador ganhou destaque com a camisa do Boca Juniors, equipe pela qual conquistou a Copa Libertadores em 2007. Antes de desembarcar na Cidade do Galo, em agosto de 2013, Dátolo defendeu times de Itália, Grécia e Espanha, além do Inter. Com dez gols marcados em 69 jogos, é o estrangeiro que mais vezes balançou as redes com a camisa alvinegra.


Estádio do Atlético deve ter capacidade para receber cerca de
40 mil espectadores; projeto ainda contempla estacionamento

Vinícius Dias

A tão sonhada casa atleticana tem tudo para, enfim, se tornar realidade. Novas imagens do projeto, que foi elaborado pela empresa FarKasVölGyi Arquitetura, vazaram nesta terça-feira. "As bandeiras, as camisetas e os grandes panos em preto e branco que tomam conta dos jogos do Clube Atlético Mineiro foram a grande inspiração para o arquiteto", diz o texto de apresentação.

Vista externa do estádio do Atlético
(Créditos: Twitter/Reprodução)

A proposta é de que o novo reduto alvinegro seja erguido em um terreno localizado no bairro Califórnia, na Região Noroeste da capital, com frentes para a Avenida Presidente Juscelino Kubitschek e as ruas Margarida Assis Fonseca e Christina Maria Assis.

Vista interna da casa alvinegra
(Créditos: Twitter/Reprodução)

Conforme o Blog Toque Di Letra publicou em agosto passado, a arena alvinegra deve ter capacidade para receber cerca de 40 mil espectadores. Cerca de 4,5 mil vagas cobertas de estacionamento também devem ser contempladas no projeto.


Clube receberá 26 atletas infantis nascidos no país asiático;
acordo visa formação esportiva e educacional no CT da base

Vinícius Dias

Tradicional celeiro de talentos, a Toca da Raposa I vai receber 26 atletas infantis nascidos no Cazaquistão para intercâmbio a partir do próximo dia 22. A chegada da delegação asiática a Belo Horizonte é resultado de uma parceria firmada entre a equipe celeste e o governo cazaque. Pelo acordo, válido por três anos, o clube oferecerá formação esportiva e educacional - em língua portuguesa - aos atletas.

Toca I receberá atletas do Cazaquistão
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Divulgação)

Os intercambistas, que serão selecionados pelo governo do Cazaquistão, ficarão alojados no CT azul pelas próximas três temporadas, com direito a três meses de férias na terra natal a cada ano. A expectativa do país da Ásia Central é de que, em longo prazo, os atletas representem a seleção local em campeonatos internacionais.

Parceria comemorada

"É uma parceria importante para internacionalizar a marca Cruzeiro. Vamos receber atletas, temos a oportunidade de mandar outros para lá e ainda teremos retorno financeiro", argumenta ao Blog Toque Di Letra o vice- presidente Márcio Rodrigues, responsável pelo futebol de base da Raposa. Os atletas, a princípio, não serão aproveitados na equipe infantil (sub-15) do Cruzeiro.