Furacão, que a exemplo do
rival Coritiba oficializou saída no fim
de novembro, teve
protagonismo na Liga nos 14 meses anteriores
Vinícius Dias
Fora
da Primeira Liga há duas semanas - a saída, como a do Coritiba, foi
oficializada durante reunião em Belo Horizonte -, o Atlético/PR foi um dos
protagonistas do grupo nos 14 meses em que esteve filiado. Em campo, a equipe
rubro-negra foi vice-campeã da Copa, disputando a final contra o Fluminense, em
abril. Nos bastidores, os paranaenses tiveram participação ativa em debates
políticos e também na viabilização da competição entre clubes do eixo
Sul-Minas-Rio.
As
demonstrações financeiras de 2015, por exemplo, apontam que o clube esteve
entre os primeiros contribuintes da Liga. Antes de serem fechados acordos comerciais, os membros adotaram sistema de contribuições - não compulsórias -
para manutenção das atividades. Conforme o documento, Atlético/PR, Criciúma,
Grêmio e Inter repassaram R$ 60 mil cada no último ano, enquanto o América
destinou R$ 20 mil. Também está registrado um repasse de R$ 150 mil, feito
neste ano pelo Atlético/MG.
Neste ano, rubro-negro foi vice-campeão (Créditos: Gustavo Oliveira/Site Oficial/Atlético-PR) |
Em
2015, por meio do então presidente Mário Celso Petraglia, o Furacão chegou a dividir funções da presidência com o cruzeirense Gilvan de Pinho Tavares. Ainda
no aspecto político, o clube foi aliado do América. Campeão da precursora Copa
Sul-Minas em 2000, o Coelho não integrava a Primeira Liga a princípio.
Posteriormente, tendo o apoio de Atlético/MG, Cruzeiro e Atlético/PR, em
especial, passou a ser contabilizado como fundador, assim como o Paraná Clube.
Retorno da dupla em 2018?
Após
a oficialização da saída do Atlético/PR, Petraglia, hoje presidente do Conselho
Deliberativo, frisou o descontentamento do clube. "Não foi pela divisão
das cotas de TV. Destruíram todos os princípios e os objetivos que basearam a
criação da Primeira Liga", ponderou o dirigente, no dia 22 de novembro, ao Blog Toque Di Letra.
Petraglia, ao centro, durante reunião (Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Divulgação) |
Procurado pela reportagem, o diretor jurídico
da Liga, Eduardo Carlezzo, preferiu não se manifestar sobre questões políticas
e indicou o presidente, que não atendeu às ligações. O vice, Francisco
Battistotti, comentou. "São dois grandes clubes (dupla Atletiba) e
certamente as saídas têm impacto". Mesmo assinalando que já há outros
filiados, o dirigente não descartou o retorno de ambos. "Infelizmente, a
decisão foi unilateral. Mas espero que repensem e voltem, se não em 2017, para
2018".
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