Alisson Millo*
Dezembro
anuncia o fim de uma temporada atípica. Em 2016, o torcedor atleticano não
comemorou nenhuma conquista, apesar dos investimentos altíssimos. E, mal
acostumada com temporadas anteriores, a massa quer mudanças para 2017.
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A
primeira já veio! Roger chegou credenciado por um ótimo trabalho no Grêmio e
tem o apoio de boa parte da torcida. Resta saber se a diretoria respaldará o
treinador, visto a pouca paciência demonstrada com Marcelo Oliveira, Diego
Aguirre e, sobretudo, Levir Culpi. Mas a esperança é que o novo comandante dê
cara de time ao Atlético, para que deixe de ser um amontoado de bons nomes. Em
poucos dias, Diogo Giacomini provou ser possível e, promovido a auxiliar,
ajudará Roger no dia a dia - inclusive a lançar jogadores da base, que ele
conhece bem.
Mais uma vez, torcida fez a diferença (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Se as conquistas não vieram, algumas boas
surpresas dão esperanças ao torcedor. Robinho deixou o fraco futebol chinês
para, sem pré-temporada nem nada, se destacar e conquistar o Troféu
Friedenreich, dado ao maior goleador da temporada. Outro nome que nos deu
várias alegrias foi Fred. Questionado quando contratado, caiu rapidamente nas
graças da massa e terminou como um dos artilheiros do Brasileirão.
Cazares e Otero: dois acertos
Pouco
badalado e protagonista de uma novela que parecia sem fim, Juan Cazares foi
mais um grande acerto da diretoria. Novo, habilidoso e com credencial de
craque, embora incerteza fora dos gramados, o camisa 11 precisa ser trabalhado
para deslanchar em campo. O venezuelano Romulo Otero é outro meia que chegou
nesta temporada e, assim como Cazares, mostrou muita qualidade, com um pouco
mais de maturidade.
Otero foi um dos destaques deste ano (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Como
nem só de acertos e alegrias vive um dirigente de futebol, alguns fiascos
aconteceram. Contratações equivocadas - Carlos Eduardo, Ronaldo Conceição e
Hyuri -, renovação desnecessária - Edcarlos - e, em especial, pouca cobrança
por parte do presidente ajudam a explicar a ausência de títulos em um ano
iniciado com muita expectativa.
A ausência do 'craque' Maluf
Outra
nota triste para o quadro de saúde de Eduardo Maluf. Profissional exemplar e
dono de um conhecimento ímpar para sua função, Maluf fez muita falta no dia a
dia do clube. Nossos desejos são de uma recuperação plena e de retorno com
força total no próximo ano, contribuindo de forma decisiva para o sucesso do
Atlético.
Nepomuceno será secretário municipal (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Para 2017, algumas preocupações dentro de
campo e nos bastidores. Nas quatro linhas, o setor defensivo já deu provas de
fragilidade e precisa ser reforçado. Alguns destaques vêm sendo assediados e,
caso as negociações aconteçam, a torcida não se contentará com reposição
meia-boca. Fora de campo, alguns nomes importantes têm sido chamados pelo novo
prefeito para ocuparem cargos em BH e, no momento, tudo o que o Atlético não
precisa é de atenção dividida.
Que o
ano novo seja melhor, traga títulos, um trabalho melhor e menos lesões. Esse é
o desejo de todos os torcedores atleticanos. Serão várias competições e, em
todas elas, pra cima deles, Galo!
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual
capitão da seção Fala, Atleticano!
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