A palavra final, a crença de sempre!

Alisson Millo*

Há muito se foi a mística do Horto. O time de hoje em quase nada lembra aquele que deu origem ao grito 'Eu acredito', que na verdade era um 'Nós acreditamos'. A torcida, às vezes, parece mais fria e distante do time. Os tempos de Ronaldinho Gaúcho se foram, mas o Atlético é eterno, imortal. Talvez mais do que nunca, precisa de apoio, em especial de vocês, atletas que vestem essa camisa.


Que Gabriel repita a atuação quase impecável da partida de ida e, por que não, faça mais gols. Que Erazo seja de novo nosso zaguerazo, 'El Elegante' ou qualquer outro apelido que ganhou pela qualidade. Que Fábio Santos e Marcos Rocha joguem o futebol que os fizeram chegar à seleção. E, para fechar a defesa, que a raça de Léo Silva não fique só nas arquibancadas e acompanhe o capitão desta noite.

Rafael Carioca, reencontre aquele futebol absurdo do último ano e não se importe em sujar seu terno em campo. Leandro Donizete, que você tenha nesta quarta-feira a mesma aplicação dos clássicos diante do Cruzeiro, no Mineirão, há dois anos. Não há hora melhor para mostrar as qualidades ofensivas que você aprendeu na China, Júnior Urso. Luan, faça o favor de comemorar quando você, novamente, fizer o gol salvador que todos nós esperamos - e acreditamos.

Pratto e Robinho: dois candidatos a herói
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Lucas Pratto, você se lembra de quando muitos de nós te criticamos? Eu também não, porque você é o atacante que todo mundo sonha em ter no elenco. Mas só a massa tem essa sorte. Robinho, pedale e vá para cima... Lembre 2002, finja que há um Rogério pela frente e faz os gremistas se lembrarem de você como os corintianos.

Diogo, você é novo por aqui, então mostre para o mundo o que você pode fazer. A massa está com você. Desfaça o nó que o Renato Gaúcho deu no time do Marcelo Oliveira.

Por último, o maior de todos. Somos meros mortais, Victor. Você é santo. Talvez nem seja justo te pedir tantos milagres em espaços de tempo tão pequenos, mas a nossa fé recai sobre você. Pegue tudo, vá para a área quando houver aquele escanteio famoso aos 45' do segundo tempo e leve essa final para os pênaltis. E, quando estiver tudo em suas mãos, não se esqueça de jogar o pé esquerdo para cima. Por favor, lembre-se disso: ele ainda nos dará muitas alegrias.

Independente dos nomes, e com a crença de sempre, é o que eu diria aos jogadores atleticanos se tivesse a honra da palavra final antes da decisão desta quarta-feira.

*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual capitão da seção Fala, Atleticano!

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