Alisson Millo*
O dia
era 29 de novembro de 2016. Logo às 6h. Na preparação para mais um dia, uma
terça-feira comum, a rotina foi quebrada pela trágica notícia que, mais tarde,
mobilizaria o mundo do esporte. Uma queda de avião nunca é muito fácil de
digerir, ainda mais quando morrem mais de 70 pessoas, sendo que a maior parte
delas, provavelmente, a caminho do dia mais importante de suas vidas. O futebol
brasileiro vivenciava sua maior tragédia que, ainda hoje, traz dor e emoção.
A
hashtag #ForçaChape tomou conta das redes sociais mundo afora, reafirmando que
não havia clima algum para a partida que aconteceria dias depois, na Arena
Condá. A Chapecoense sequer tinha jogadores para escalar e, do outro lado, o
Atlético acertadamente não tinha coragem de colocar alguém em campo. O WO duplo
foi uma medida sensata, mesmo com declarações bastante infelizes por parte de
dirigentes de um certo time que acreditava estar vivendo sua 'tragédia
particular'.
Galo e Chape: parceria pré e pós-jogo (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
A
partida que não aconteceu, enfim, acontecerá nesta noite, no mesmo palco. O
sentimento não é mais de luto, mas ainda há certo desconforto, embora a relação
entre os clubes seja a melhor possível. Ao Blog
Toque Di Letra, o diretor-executivo da Chapecoense, Rui Costa, classificou o Atlético como parceiro. Resumindo: maior prova de que os catarinenses não
tinham um time, o Galo é, hoje, testemunha da reconstrução. Adversário por 90
minutos, parceiro antes, com direito a treino lado a lado, e depois.
Chance diante de Roger Machado
Boa
relação, empréstimo de Dodô e respeito à parte, o jogo desta quarta-feira vale
vaga nas quartas de final da Copa da Primeira Liga. O técnico Roger deixou
claro que será uma oportunidade para alguns jogadores mostrarem serviço. Felipe
Santana ainda precisa se provar com a camisa do Atlético; Cazares, antes
titular, hoje figura entre os reservas e tem que mostrar mais futebol; Jesiel,
Leonan, Yago e Ralph vão ganhando maturidade para encarar a Libertadores que
está prestes a começar.
*Jornalista. Corneteiro
confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual
capitão da seção Fala, Atleticano!
Além da "tragedia pessoal" que foi citada, teve também presidente da CBF falando em fazer "uma grande festa" na última rodada nesse jogo...
ResponderExcluirInfelizmente Cazares já era. Não tem foco. É metido a crake, veja o o Otero, quando ficou sabendo que tinha fechado com o Galo pelo seu empresário o cara até chorou de emoção. Ele mesmo disse isso. O cara briga para ser titular. Já Cazares parece nem ligar.
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