Abril: a hora da verdade para o Cruzeiro

Douglas Zimmer*

Salve, China Azul!

O Cruzeiro é, agora, o último invicto entre os 20 clubes da Série A. O que isso significa? Nada. Ok! Para não ser tão injusto, digamos que vale pouco. E, se ainda não podemos exaltar todo esse período de invencibilidade, a principal razão é o fato de termos sido pouco desafiados até agora. Isso não significa que o time não passou por dificuldades. Pelo contrário: as dificuldades são muitas e, o quanto antes forem percebidas, melhor. O que quero dizer é que o Cruzeiro ainda não foi testado à vera. À exceção do clássico pela Copa da Primeira Liga, não enfrentou adversários à altura ou que tenham os mesmos objetivos nesta temporada.


Pois, se o problema era esse, abril certamente virá para resolvê-lo. O quarto mês do ano reserva, entre outras coisas, a disputa da quarta fase da Copa do Brasil contra o São Paulo; o confronto de ida diante do Nacional, do Paraguai, pela Copa Sul-Americana; e o segundo clássico do ano contra o Atlético, agora válido pelo Campeonato Mineiro, além dos mata-matas do estadual. Não faltarão oportunidades para que Mano Menezes e a torcida observem e, enfim, descubram o real potencial do elenco celeste.

Rafael Sóbis: artilheiro azul em 2017
(Créditos: Washington Alves/Cruzeiro)

Elenco que, por sinal, será cada vez mais necessário daqui para frente. Com lesões musculares, Henrique e Robinho desfalcarão a equipe por várias semanas. A meu ver, é o preço do desgaste natural do calendário, aliado à pouca rotatividade adotada pelo treinador. Embora tenha bastante material humano, Mano vem escalando os mesmos nomes e, com frequência, fazendo as mesmas substituições. Sinto falta de Lucas Silva, Romero, Marcos Vinícius, Mayke, Hudson, Ábila e Bryan. Jogadores que, dadas as circunstâncias, poderiam receber mais oportunidades, poupando outras peças. No entanto, não quero dar uma de engenheiro de obras prontas. Bola para frente.

Dedé: retorno após 387 dias

Na contramão dessas duas baixas, o retorno de Dedé foi uma excelente notícia. O zagueiro voltou a campo na noite dessa terça-feira, no empate com o Joinville, em Santa Catarina. Com a tradicional camisa 26, Dedé foi o capitão celeste na partida válida pela Copa da Primeira Liga, que serviu para dar ritmo a alguns jogadores que serão muito importantes durante a temporada e, também, para testar outros que não se mostraram tão bem com o manto celeste.

Dedé fez bom jogo contra o Joinville
(Créditos: Geraldo Bubniak/Cruzeiro)

O Cruzeiro tem tudo para superar os desafios que abril e o restante do ano nos reservam. Mas acredito que esteja faltando um pouco de agressividade à Raposa. Vejo a equipe dominando os jogos, marcando bem os adversários, criando diversas oportunidades, mas pecando na hora de concluir as jogadas. Isso pode custar muito caro quando do outro lado estiver um time mais qualificado do que os enfrentados até agora. Contra o Tombense, por exemplo, apesar de insistir de várias formas, dois pontos ficaram pelo caminho. Dependendo das circunstâncias, dois pontos podem ser a diferença entre uma classificação ou não, um título ou não.

Mas vamos com tudo. A hora é de união e confiança no trabalho. Terminar março e chegar o mais preparado possível para abril, maio, junho e, até, quem sabe, com mais algumas faixas de campeão no peito em dezembro. Força, Cruzeiro!

*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!

2 comentários:

  1. O que me deixa incomodado é que o time (péssimo, por sinal) que vinha jogando, com Ezequiel, Léo, Henrique, Cabral, Alisson e com o técnico promovendo as mesmas substituições de sempre. O técnico se aferrou a algumas figuras que pode levá-lo a morrer na praia (mineiro, 1ª liga, copa brasil, brasileirão) junto com eles se ele não acordar a tempo e fizer algumas mudanças no time.
    No meu modo de ver, Ezequiel é muito fraco, assim como o Léo, o Manoel é apenas esforçado e será um bom reserva para o Caicedo em breve, o meio de campo não existe, Henrique e Cabral quando muito conseguiriam jogar em timinhos de segunda divisão do futebol paulista.
    No ataque, só Arrasca.
    Na defesa tem o Mayke, o Dedé e o Caicedo.
    No meio de campo, temos Romero, L. Silva, Hudson e Thiago Neves. Precisamos de alguém pra jogar com o Arrasca.
    Essa, é a minha opinião sobre esse time.

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    1. Concordo plenamente eu nao consigo entender o que acham no Henrique jogador pra compor elenco pior ainda o Cabral.

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