Alisson Millo*
Na segunda-feira, antes do jogo contra o Ceará, conversando com um amigo eu prometi que se o Atlético sofresse gol de Éder Luis ou Ricardo Bueno largaria o futebol. Talvez fosse melhor que eles tivessem entrado logo de cara e feito gol, de preferência no início. Seríamos poupados de ver um jogo horroroso do ponto de vista técnico e revoltante no aspecto torcedor.
Na segunda-feira, antes do jogo contra o Ceará, conversando com um amigo eu prometi que se o Atlético sofresse gol de Éder Luis ou Ricardo Bueno largaria o futebol. Talvez fosse melhor que eles tivessem entrado logo de cara e feito gol, de preferência no início. Seríamos poupados de ver um jogo horroroso do ponto de vista técnico e revoltante no aspecto torcedor.
E nem
é questão de torcer contra o Galo. Jamais! É questão de não me desgastar mais assistindo
a um futebol medíocre, sem alma. É parar de passar raiva com um time que, em 30
dias, marca apenas um gol e soma apenas um ponto. Isso em quatro partidas, todas
contra adversários do meio para baixo da tabela. Isso depois de ser eliminado
das demais competições para focar exclusivamente no Brasileirão e ter a chance
de sobressair física e tecnicamente em relação aos concorrentes.
Atlético foi derrotado pelo Ceará (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
Nesse
aglomerado de gente incompetente, pior para o torcedor do Atlético. Pior para
as pobres almas que vão à sede e ao CT protestar achando que alguma coisa
mudará. Pior para os 20 e poucos mil que vão à Arena Independência a cada
partida. Pior para todos nós que acompanhamos pela TV quando o jogo é fora.
Pior para todos nós que, mesmo sem razões claras, ainda acreditamos em uma
guinada. Uma guinada positiva, que fique claro, porque a negativa já veio - inclusive
está aí até hoje.
Rumo à 2ª divisão da Libertadores
Atlético
e Paraná Clube eram os times mais regulares da Série A. O Galo sempre em sexto,
o time de Curitiba sempre em último. A lanterninha do Paraná continua acesa,
firme e forte, mas não se pode dizer o mesmo da gente. É bem verdade que ainda
estamos no G6, mas a diferença que chegou a ser de mais de dez pontos para o
sétimo colocado foi zerada. Na cola, o Santos, que outrora penava na parte de
baixo, mas que viu em Cuca sua solução. O mesmo Cuca que não servia por aqui.
Levir: chegada em meio a incertezas (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
Depois
da Copa do Mundo, o Atlético arrumou o que mesmo? Pois é. O time despencou na
tabela, perdeu destaques, contratou um monte de gente que ainda não se explicou
- abraço para Rea, Leandrinho, Nathan, Edinho -, perdeu o posto de melhor
ataque do Brasileirão - praticamente deixou de ter ataque, convenhamos - e
agora se arrisca a perder a vaga na Libertadores. Nessa toada, ficaremos só com
'a segunda divisão da Libertadores', como rotularam as mentes brilhantes.
Quem vai comandar? Até quando?
Mentes
que comandam clubes de futebol, mas não falam de futebol. Que nomeiam diretor
que entende de bola o mesmo tanto que eu entendo de física quântica, que
fracassou como treinador e também na carreira de dirigente. Mentes que apenas
depois de quase 11 meses de avaliação conseguem perceber o quão ruim era o
trabalho, mandam embora, mas decidem mais uma vez apostar para o cargo. Até
quando?
Marques e Sette Câmara: novo diretor (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
Ótimo!
No momento mais importante, que é planejar a temporada seguinte, o Atlético não
tem diretor de futebol. Marques é uma lenda dentro de campo, mas ainda não se
provou fora dele. É Marques quem vai comandar as negociações? Será o
presidente, falando de futebol? Quem será o dono do cargo no ano que vem? Esse
profissional está participando do planejamento? 2019 será tão sofrível quanto
2018? De todas essas perguntas, a única com resposta é a última. E, ao que tudo
indica, infelizmente é sim.
O
prognóstico feito em janeiro demorou um pouco, mas se cumpriu com bônus. Um
time fraco, que faria o torcedor passar raiva e que brigaria por pouca coisa no
ano. Tudo em nome da austeridade financeira proposta pelo presidente. Como se
não bastasse, as incertezas comprometem o trabalho que já era ruim. O time - e,
mais do que isso, o elenco - está confirmando a expectativa. O presidente,
diante das notícias de salário atrasado, nem tanto. Que venha um 2019 de mais
bola e mais comando.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
@amillo01 no Twitter, capitão da seção Fala, Atleticano!
Que eu saiba Cuca que recusou ir pro atletico e n vcs q acharam q ele n serve
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