Douglas Zimmer*
Salve, China Azul!
Salve, China Azul!
Entra
ano, sai ano, o tom da reclamação por parte dos treinadores e jogadores é quase
unânime: falta tempo no futebol brasileiro. Praticamente todos, em algum
momento da temporada, se queixam da falta de espaços no calendário para
treinamentos, ajustes, adaptação de jogadores contratados, entre outros. Bom,
Mano Menezes ainda terá pela frente seis rodadas para fazer o que bem entender
com a equipe sem maiores prejuízos para o resultado do ano celeste. Como
aproveitar esse tesouro?
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Com a
taça da Copa do Brasil novamente acondicionada na sala de troféus, a vaga na
Libertadores de 2019 assegurada e todo e qualquer risco de rebaixamento dissolvido
no Brasileirão, o Cruzeiro tem um excelente período para planejar o ano que
está por vir. Entretanto, a meu ver, não é hora para testes. Por que digo isso?
Porque creio que as experiências necessárias já foram realizadas durante a
temporada. Talvez alguns atletas até tivessem desempenho razoável nos próximos
jogos. Mas sem pressão a coisa muda de figura completamente e não teríamos
certeza de nada.
Hexacampeão, Cruzeiro mira 2019 (Créditos: Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.) |
Tenho convicção de que será mais útil aproveitar esse tão precioso e reclamado tempo
que teremos nas próximas semanas para aparar arestas e dar ainda mais
entrosamento ao time-base. Melhorar variações táticas, posicionamento defensivo
e ofensivo, tentar usar os jogos que nos restam para impor um ritmo que o
Cruzeiro teve certa dificuldade de manter - seja por lesões, seja por
necessidade de revezamento de atletas - e fortalecer ainda mais a já forte equipe titular. Convenhamos que nenhum jogador pode se queixar de falta de
oportunidades em 2018.
Chances - de sobra - para todos
Ao
longo deste ano, Mano Menezes deu espaço a alguns jogadores para que outros
pudessem descansar e se preparar para duelos decisivos nas frentes de batalha
em que tínhamos mais chances de título. Quem ainda precisava mostrar a que veio
e brigar por uma vaga no plantel do próximo ano já teve oportunidades de sobra
para fazê-lo. Alguns, de fato, aproveitaram. Outros, infelizmente, já deixaram
claro, pelo menos para mim, que não têm condições de fazer parte de um grupo
que entra em todos os campeonatos para ganhar. Em vários momentos deixamos de
conquistar resultados melhores porque algumas peças do time 'alternativo'
destoaram.
Time festejou dentro e fora de campo (Créditos: Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.) |
Não
vou citar nomes, mas creio que o torcedor que acompanhou a temporada celeste
sabe as lacunas que devem ser analisadas com carinho pela direção e pela
comissão técnica. A corrente é tão forte quanto seu elo mais fraco. Ela até
pode aguentar a pressão por um tempo, mas em algum momento cederá se houver um
ponto mais sensível que os demais. Nosso ano novo precisa começar desde já. E a
primeira atitude é definir quem merece e quem não merece permanecer. Não vejo
vantagem alguma em ter na reserva ou no elenco em si peças que deixam a desejar
quando acionadas.
Força,
Cruzeiro!
*Gaúcho, apaixonado pelo
Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa
10 da seção Fala, Cruzeirense!
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