Alisson Millo*
Três pontos com futebol e gosto de derrota. A vitória magra, com dois a mais, sobre o lanterna Paraná expôs o que o Atlético tem de pior: a incapacidade de fazer gols. Depois do pênalti convertido por Fábio Santos, o outro lance de perigo do Galo foi uma joelhada de Denilson, que passou raspando a trave. Joelhada essa que era para ser um domínio. Mas as limitações do nosso matador impossibilitaram o sucesso na tentativa.
Três pontos com futebol e gosto de derrota. A vitória magra, com dois a mais, sobre o lanterna Paraná expôs o que o Atlético tem de pior: a incapacidade de fazer gols. Depois do pênalti convertido por Fábio Santos, o outro lance de perigo do Galo foi uma joelhada de Denilson, que passou raspando a trave. Joelhada essa que era para ser um domínio. Mas as limitações do nosso matador impossibilitaram o sucesso na tentativa.
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Levir
Culpi contemporizou, justificou que a falta de criação foi ordem dele para
preservar os atletas do desgaste e chamou para si a responsabilidade. Seria uma
desculpa bastante crível, não fosse o pouco, ou nenhum, futebol apresentado nas
últimas rodadas, com exceção do jogo contra o Palmeiras. Pelo histórico
recente, ficou mais parecendo ruindade e falta de compromisso do que uma
tentativa de se poupar em campo.
Atlético venceu, mas não convenceu (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
De
positivo mesmo, fica o saldo da rodada. O Atlético/PR tropeçou diante do Vasco,
o Santos ficou só no cheirinho contra o Flamengaço, classificadaço, deixou
chegar hummmm, e os três pontos finalmente vieram novamente. Com isso, a vaga
para a Libertadores voltou a ganhar uma gordurinha. Mas fico até receoso em
dizer. Vai que alguém lá dentro lê isso aí e volta a achar que está tranquilo,
que não precisa levar muito a sério. Porque, após a Copa do Mundo, parece que o
time acomodou. A vice-liderança, o melhor ataque e a certeza de que
ultrapassaríamos o então líder Flamengo a qualquer hora e de que os times que
vinham atrás estavam longe demais.
Há
pouco tempo, o discurso era mirar o título enquanto fosse possível, mas a luta
era pela vaga no G4. Uma realidade, agora, já muito distante. Hoje, o G6 é o
sonho que depende apenas do Atlético para se realizar. Pelo que estamos vendo,
é aí que mora o perigo. Perdão pelo pessimismo, mas ultimamente o Galo não anda
permitindo muito otimismo.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
@amillo01 no Twitter, capitão da seção Fala, Atleticano!
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