Nova obra de Anderson Olivieri destaca 20 jogos históricos
que se eternizaram no imaginário do torcedor azul celeste

Vinícius Dias

De Joãozinho ao craque Alex, passando por personagens históricos como Palhinha e Elivélton. Da vitória sobre o Santos, que valeu a conquista da Taça Brasil de 1966, à tríade de goleadas ante o rival Atlético, em 2008, 2009 e 2011. São momentos mágicos que, em alusão ao hino do clube, o escritor Anderson Olivieri eterniza nas 'páginas heróicas e imortais' de 20 Jogos Eternos do Cruzeiro.

A narrativa, conforme Anderson destaca ao Blog Toque Di Letra, ainda explora detalhes do cenário das partidas. "O jogo Cruzeiro 3 x 2 Santos, em 7 de dezembro de 1966, por exemplo, ocorre no mesmo dia em que o AI-4 é instituído no Brasil. Então, trouxe esse contexto do país, para dar clima ao jogo", observa. "Minha intenção foi sempre trazer aspectos pré e pós-jogo. Há, portanto, muitos aspectos dos bastidores e extracampo", destaca.

De Série A: 6 a 1 é capítulo do livro
(Créditos: Douglas Magno/Vipcomm)

Para selecionar as 20 partidas, o autor teve o auxílio de cruzeirenses notáveis, como Alberto Rodrigues, Fernando Rocha, Samuel Rosa e Bruno Vicintin. "Certamente ficaram 'partidaças' do clube de fora da lista. Já fui cobrado por alguns ex-jogadores, sobre jogos épicos que não entraram. Nonato foi um deles. Reclamou ao não ver o Cruzeiro 5 x 3 Botafogo, de 1995, na lista dos vinte. E dou razão a ele", fala Anderson. "Mas posso garantir que todos os 20 jogos eleitos são, de fato, eternos na memória dos torcedores", diz.

Uma obra para a história...
(Créditos: Divulgação/Maquinária)
Depois de publicar o livro Anos 90: Um Campeão Chamado Cruzeiro, em 2011, o autor voltou a viver emoções especiais na produção do novo livro. "Além de conhecer, eu pude passear por décadas áureas do Cruzeiro e desfrutar da história de conquistas e vitórias", explica Anderson.

Fase de pesquisa

Antes mesmo de ganhar forma no papel, a história fora construída em sua mente. Após várias entrevistas, consultas a DVD's e jornais. "Ouvi, por exemplo, Dona Salomé e César Masci, além de ex-jogadores", conta.

O livro, que também traz um caderno especial de fotos e caricaturas de ídolos da Raposa, faz parte da coleção 'Memória de Torcedor', da Editora Maquinária. O prefácio é de autoria do renomado jornalista Paulo Vinícius Coelho, da ESPN. Alex, camisa 10 do time campeão brasileiro em 2003, assinou a contracapa. As orelhas ficaram a cargo de Cláudio Arreguy, do Estado de Minas.

Lançamento em BH

O lançamento oficial do livro vai acontecer no próximo sábado, dia 30 de novembro, no Boi Lourdes da Savassi, a partir de 11h30. Editado em 176 páginas, 20 Jogos Eternos do Cruzeiro chega às livrarias ao preço de R$ 36,00.

Campeões... do mimimi?

Douglas Zimmer

Não sei o que encheu a paciência primeiro. Se foi a mídia tentando, a todo custo, sacramentar a meia dúzia de palavras ditas pelo Júlio Baptista, que foram captadas completamente fora de contexto, se foi o burburinho causado pelo pedido de "folga" do Dedé ou se foi a própria torcida do Cruzeiro, "caindo de pau" para cima de todo mundo sobre os dois assuntos. Repentinamente o tão sonhado e conquistado TÍTULO brasileiro foi para segundo, terceiro plano, e só se falava desses assuntos que, me desculpem a sinceridade, não têm a menor importância nessa hora.

Ora, bolas. Já pararam pra pensar no tamanho do estrago que essas rusgas podem trazer para o próximo ano do Cruzeiro? Não? Pois deveriam pensar! Agora não é hora de reclamar porque jogador está tirando o pé em dividida, porque jogador prefere não enfrentar ex-clube - onde tem história e, por consequência, carinho recíproco -, porque o time não ataca mais como antes, porque jogador isso, porque jogador aquilo… Gente, esses jogadores, que estão sendo injusta e covardemente questionados, honraram e suaram o manto celeste ao máximo. Nos deram o TRI! Contenham-se.

Jogadores e torcida comemoram
(Créditos: Gualter Naves/Textual)

Eu não estou aqui para defender ninguém, a não ser o Cruzeiro. Não ganho para isso, não recebo incentivo de ninguém do clube para isso. Mas acontece que se tem uma coisa que une todos nós, corneteiros, apoiadores incondicionais, céticos, religiosos, fanáticos e realistas, é o Cruzeiro Esporte Clube. É elem acima de tudo. Não vou comemorar derrota nunca. Agora, não posso exigir que essa rapaziada que suou sangue durante o ano todo queira dar a vida num jogo que não vale mais nada.

Campeão! Recordes? 

Há a possibilidade de quebrar o recorde de pontos na era dos pontos corridos com 20 participantes? Ok. Mas arriscar a integridade física e até moral, vide o caso de Júlio Baptista no último jogo, não vale a pena. Já cansei de falar que, por mim, colocava o sub-15 pra jogar, dava as merecidas férias para todo o elenco profissional e, se houvesse acordo entre as partes, quem sabe, até daria pra voltar para a pré-temporada mais cedo. 

China Azul: da festa às dúvidas?
(Créditos: Gualter Naves/Textual)

Amigos e amigas cruzeirenses espalhados por Minas, pelo Brasil e pelo mundo: somos campeões. Somos TRI-campeões. Não se esqueçam. Não deem ouvidos àqueles que parecem fazer de tudo para manchar nosso triunfo e criar turbulências antes mesmo do próximo voo ser alçado. Ano que vem promete. Mas o que pouca gente percebeu é que o ano que vem já começou.

Força, Cruzeiro!
Juízo, China Azul!

Valeu, Horto!

Alisson Millo

Na reta final rumo ao Mundial de Clubes, o Atlético volta a campo neste sábado, às 21h, na Arena Independência. O jogo contra o Goiás marca a despedida do Galo do local em que viveu um ano especial. Se os troféus foram erguidos no Mineirão, é impossível contar a história das conquistas sem o estádio do Horto.

Desde a reabertura, apenas uma derrota. Em 2012, a conquista do título mineiro e o vice do Brasileiro. Bom? Sim! Suficiente? Não! Veio dois-mil-e-Galo, e o estádio foi ainda mais importante. O troféu do estadual não foi levantado lá. Porém, um três a zero diante do rival praticamente selou a conquista. E sobre a Libertadores, faltam palavras para descrever tudo o que aconteceu ali.

Show alvinegro em dois-mil-e-Galo
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Vamos à lista. Goleada acachapante frente ao Arsenal de Sarandí, e com direito a revolta dos atletas argentinos. Eliminação do antes temido São Paulo, com vitória por 4 a 1, em noite inspirada de Jô. Ante o Tijuana, o susto, as (quase) malditas máscaras e a "canonização" do santo Victor, dono do pé de Deus.

Santo atleticano...

Diante do Newell's, o misterioso (porém, divino) 'apagão' e um gol depois dos 50 minutos na segunda etapa. Na disputa de pênaltis, o misto de emoção, tristeza e alegria, com as três cobranças desperdiçadas pelo adversário. Uma classificação e um duelo antológico. Talvez o mais emocionante da história do estádio.

'Festa no Horto': 83,3% no estádio
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Teve o "choro" de Bernard, um garoto tratado como craque, de maneira merecida, que mostrou amor e gratidão a sua origem. A redundância da 'genialidade' de um dos maiores jogadores de toda a história: Ronaldinho Gaúcho. As lágrimas de um técnico que o torcedor atleticano aprendeu a valorizar, a querer bem.

R10: gênio gaúcho

Vamos, mas voltamos. E voltamos com o título do Mundial de Clubes, de preferência... Em 2014 nos reencontramos, Independência! Vamos ali, ao Marrocos, e, a partir de janeiro, voltamos a 'matar' vítimas e adversários em seu gramado, em nosso 'cemitério'. Porque, caiu no Horto, tá morto! Caiu em Marrakech... A gente pensa em dezembro! Valeu, Horto! Valeu a Libertadores!


Símbolo da raça e da disposição, e vivendo a melhor fase
da carreira, volante Nilton 'caiu nas graças' da China Azul

Vinícius Dias

Enquanto Willian caminha para cobrar o escanteio, Nilton se movimenta. Quando a bola chega à área, o camisa 19 completa de voleio, estufando as redes de Jefferson. Das arquibancadas, os torcedores, em êxtase, se rendem ao camisa 19. O gol, que abriu caminho para a vitória da Raposa diante do então vice-líder Botafogo, por 3 a 0, foi o registro mais fiel de um ano especial.

O bom momento deu ao volante status de artilheiro. Em 52 partidas, ele marcou oito gols. De falta, de fora da área, de cabeça e até de placa. A receita é simples. "É muito trabalho e muito suor", destaca. Sucesso que Nilton faz questão de compartilhar com o grupo celeste. "Não é trabalho individual, e sem os companheiros não teria chegado onde estou agora", justifica o volante.

Gols e raça: marcas do ano mágico
(Créditos: Denilton Dias/Vipcomm)

A nova fase, a melhor de toda a carreira, trouxe consigo o velho sonho. "Joguei na (seleção) sub-20 e em outras divisões. Meu sonho, mesmo, é defender a seleção principal", pontua. Para o torcedor cruzeirense pouco importa. Em suas memórias de 2013, e no time campeão brasileiro, Nilton seguirá como titular.

Bate-papo:

1) Sete dos onze titulares do Cruzeiro, inclusive você, chegaram à Belo Horizonte em 2013. A seu ver, qual o segredo para o clube ter alcançado bons resultados em tão pouco tempo?

Acho que o entrosamento e o bom relacionamento entre os jogadores. Foi montado um grupo muito forte, que o Marcelo não tem dificuldades quando perde um ou outro atleta.

2) Desde o momento em que você foi anunciado, em dezembro, o torcedor cruzeirense já demonstrava aprovação a seu nome. De alguma forma, você acredita que o apoio tenha influenciado o seu bom rendimento?

Com certeza. O apoio do torcedor é fundamental para o jogador de futebol. Receber o carinho deles é algo gratificante e nos motiva a correr e lutar para retribuir. Eles ajudaram não só a mim, mas todos do elenco.

3) O melhor momento da equipe nesta temporada coincidiu com a eliminação na Copa do Brasil, diante do Flamengo. Para você, qual foi a grande lição daquele jogo?

Foi uma eliminação que não esperávamos. Era também um objetivo que tínhamos, mas por infelicidade acabamos eliminados. Sem a Copa do Brasil nós colocamos todas as forças no Brasileiro e acho que isso pode ter ajudado.

Cuca 'na mira' da CBF

Vinícius Dias

O ótimo trabalho do treinador Cuca no Atlético, coroado com o título da Libertadores neste ano, despertou a atenção da CBF. A entidade, que é responsável por gerir a seleção brasileira, planeja manter um observador técnico na Europa em 2014. A intenção é acompanhar os brasileiros que atuam no "Velho Continente", além de mapear a preparação de possíveis adversários.

Conforme apurou o Blog Toque Di Letra, Cuca conta com a preferência da cúpula da entidade. Ainda sem definir a permanência no Atlético para 2014, o treinador deve receber, logo após o Mundial, um convite para ocupar o cargo. Tite, que vai deixar o Corinthians ao fim da Série A, é outro nome comentado.

Galo quer mantê-lo

O possível convite da CBF teria, no entanto, a concorrência do Atlético. Em entrevista ao Blog Toque Di Letra na última quarta-feira, dia 13, o diretor de futebol Eduardo Maluf revelou que a intenção do clube é ter o treinador em 2014.


Com uma mescla do jogo bonito ao futebol de resultados,
treinador conquistou a confiança do torcedor cruzeirense

Lucas Borges

Bastaram 56 partidas no comando da Raposa para Marcelo Oliveira fazer história. O treinador que chegou a Minas sob desconfiança, mesmo após bons trabalhos no sul do país, confirmou a expectativa da diretoria azul, superou a rejeição inicial de 60% e se tornou um campeão. "Eu dependia só do meu trabalho, do meu profissionalismo e do meu comprometimento com o Cruzeiro", observou o técnico, em agosto, em entrevista ao Blog Toque Di Letra.


O aproveitamento de quase 79% e a média de 2,27 gols por partida são meros números, que representam a ótima campanha celeste em 2013. O tão sonhado título, agora realidade, sela o trabalho de Marcelo Oliveira e confirma que o profissionalismo do treinador foi colocado à frente de seu passado, transformando a desconfiança inicial do torcedor em apoio total ao trabalho.

Discreto, Marcelo levou time ao tri
(Créditos: Washington Alves/Vipcomm)

A filosofia vitoriosa de Oliveira mesclou jóias da base azul celeste, como Vinícius Araújo, Mayke e Lucas Silva, aos experientes, como Dagoberto, Borges e Júlio Baptista. Ratificando a fala de agosto. "Tem que haver um planejamento, a filosofia de aproveitamento de base, porque o Cruzeiro é uma das boas equipes do Brasil, e que forma bons atletas", observou, na época, ao Blog.

Enfim, reconhecido!

Se antes Marcelo Oliveira vinha de um bom trabalho no Coritiba com dois vices da Copa do Brasil, 2013 foi o ano da consolidação. Que chamou a atenção de todo o Brasil, baseado na filosofia de trazer para o seu lado 'velhos' conhecidos, de qualidade comprovada, como o trio Nilton, Dedé e Éverton Ribeiro.

Treinador 'com a bola' toda em BH
(Créditos: Washington Alves/Vipcomm)

Bom para os jogadores e para a equipe. Melhor para os atletas: "eu acho que para eles facilitou e, talvez, os jogadores conversam muito entre si", destacou, em agosto, ao Blog Toque Di Letra. Um dos pontos altos do trabalho foi, também, o bom ambiente criado pelo técnico cruzeirense na relação com o elenco.

E que venha 2014...

O ano de 2013 e o grito de campeão marcam a consolidação do técnico antes rotulado por formar bons times, fazer bons trabalhos, mas ficar no quase. Para 2014 fica a expectativa por novos capítulos vitoriosos e por glórias que voltem a fazer 'explodir' de alegria o horizonte azul da capital mineira.


No time estão craques como R10, Júlio Baptista e Dadá
Maravilha, que fala em estado como o 'primeiro mundo'

Vinícius Dias

Depois do sucesso nos gramados em 2013, Belo Horizonte se movimenta para fazer bonito na Copa do Mundo de 2014. Na quarta-feira, dia 06 de novembro, a capital das Alterosas apresentou, no estádio do Mineirão, a seleção de craques embaixadores. Eles serão responsáveis por promover, de maneira simbólica, a cidade em eventos nos períodos pré e durante a Copa do Mundo no país.

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Entre os 11 escalados, nomes de peso como o dos alvinegros Ronaldinho Gaúcho e Gilberto Silva, campeões do Mundo, em 2002, e do cruzeirense Júlio Baptista. A lista ainda tem oito ex-atletas, que fizeram sucesso nos gramados da capital. Casos de Reinaldo, do ex-lateral Sorín, de Piazza e Dadá Maravilha.

Embaixadores escalados em Minas
(Créditos: Carlos Alberto/Imprensa MG)

Ao Blog Toque Di Letra, Dadá comentou a escolha. "Representar Minas para o mundo, para mim, vai ser uma honra muito grande", afirmou. Para ele, a Copa em 2014 será uma ótima chance de o estado se afirmar em nível internacional. "Nós vamos mostrar que Minas Gerais hoje é primeiro mundo. No futebol, nós já demos um grito de independência e provamos que os dois melhores times do Brasil são Atlético e Cruzeiro", disse o ex-atacante alvinegro.

Na trilha do hexa

A capital mineira vai receber seis jogos da Copa de 2014. O primeiro, na rodada de abertura do Grupo C, no dia 14 de junho. Além de outros três confrontos pela fase de grupos, o Mineirão ainda vai sediar um jogo das oitavas de final e outro das semifinais. Caso a seleção brasileira avançar como 1ª no Grupo A, o caminho rumo ao hexa mundial vai passar por BH duas vezes.

Fechado com o tri!

Vinícius Dias

Tricampeão! Poucas horas depois de o Cruzeiro confirmar, oficialmente, o título do Campeonato Brasileiro 2013, milhares de torcedores coloriram as ruas de Belo Horizonte de azul e branco, para saudar os ídolos celestes. Foguetes, cânticos e hinos de apoio aos campeões foi a trilha sonora da quinta na capital.

O Blog Toque Di Letra reuniu, em uma galeria de imagens, os principais momentos desta comemoração. Nathalia Cassiolato registrou a festa nas ruas da Savassi. Ricardo Torres foi ao Barro Preto, e Vinícius Dias esteve na Praça Sete.

VEJA MAIS: Galeria de fotos

No clima da conquista azul celeste, o Blog Toque Di Letra inicia neste domingo, 17 de novembro, a série exclusiva "Fechado com o Tri". Muita informação, contando a trajetória do tri brasileiro, com a participação de jogadores, membros da diretoria do Cruzeiro e torcedores. Você é nosso convidado!

Cuca de saída?

Vinícius Dias

A pouco mais de um mês do início do Mundial de Clubes, os torcedores atleticanos dividem as atenções entre o sonho da inédita conquista e a preocupação com os boatos que dão conta da possível saída do técnico Cuca depois da competição. Informação que a diretoria do clube mineiro desmente.

"Não temos conhecimento disso. Daqui até o Mundial, cada dia vão falar uma coisa, e todo dia vamos desmentir", pontuou o diretor de futebol do Atlético, Eduardo Maluf, em entrevista ao Blog Toque Di Letra. Segundo afirmou Maluf, o interesse do clube é contar com o treinador também na próxima temporada.

Plano de renovação

No entanto, a situação segue indefinida até o momento. "Não há nenhum tipo de decisão", argumentou Eduardo. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, as tratativas visando à possível renovação do contrato, que se encerra no mês de dezembro, devem ocorrer somente após a disputa do Mundial no Marrocos.

Longevidade em BH

No clube desde agosto de 2011, Cuca comandou a equipe alvinegra em 146 duelos, e conquistou dois estaduais e a Copa Libertadores, em julho último. Os 27 meses à frente do Galo fazem do treinador o segundo mais longevo do Brasileirão, atrás somente de Tite, desde outubro de 2010 no Corinthians.

No ritmo do Mundial

André Castro

Dois times com objetivos diferentes. Neste sábado, às 19h30, na Arena Fonte Nova, o Atlético encara o desesperado Bahia, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe comandada pelo técnico Cuca entra em campo visando dar continuidade à preparação para o torneio Mundial de Clubes, no Marrocos.

Já a equipe baiana sonha encerrar o jejum de vitórias, que já dura cinco jogos. O Bahia é o 15º colocado, e está a apenas dois pontos do Vasco, primeiro time da zona de rebaixamento. Mas, engana-se quem crê que o jogo será fácil. A expectativa é de casa cheia. A promoção nos bilhetes e o vídeo dos jogadores convocando a torcida deram certo. Mais de 30 mil ingressos já foram vendidos.

Lucas Cândido segue como titular
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Para o jogo deste sábado, Cuca não faz mistério e vai repetir o time que derrotou o Náutico, por 5 a 0, no ultimo final de semana. Lucas Cândido segue na lateral-esquerda, e Guilherme ocupa a posição no meio-campo. Embora recuperado de lesão na panturrilha, o argentino Dátolo não está entre os relacionados.

Mistério à baiana

Do outro lado, Cristovão Borges faz mistério quanto ao time que vai atuar frente ao Atlético. De certo é que Demerson deve seguir na zaga, na vaga de Titi, barrado.

No 1º turno, Galo venceu o Bahia
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Mesmo atuando sem pressão, o Atlético busca a vitória para melhorar o retrospecto jogando fora de casa. Dono do quarto pior rendimento como visitante neste Brasileiro, o Galo conquistou 11 pontos de 48 disputados. Foram somente duas vitórias longe do Independência. Uma delas, no primeiro turno, diante do Corinthians, e a outra já no returno, no confronto contra o Grêmio.

Aproveite cada minuto

Douglas Zimmer

Todo mundo já sabe que o Cruzeiro pode ser campeão antecipadamente neste domingo, contra o Grêmio, no Mineirão. Não se fala em outra coisa. Não se respira outro ar senão o deste duelo, que promete ser o mais emocionante do ano para a torcida celeste. Então, faça-me um favor, e aproveite. Sim. Aproveite o clima sensacional criado por todo o trabalho deste ano e aproveitem os 90 minutos, ao máximo.

Você, que vai terá a honra de ir ao Mineirão acompanhar o jogo de pertinho, faça festa como nunca! Cante, torça, apoie, vaie o rival. Antes, durante e depois do jogo. Você é um privilegiado por conseguir ir ao jogo de maior procura na temporada. A Toca 3 vai voltar a pulsar no ritmo alucinado da torcida, espalhada por toda a arquibancada lotada. Leve bandeira, faixa, estrela, camisa e, acima de tudo, o espírito de campeão para fechar ainda mais com esse time que já nos deu tanta alegria durante o campeonato. 

Torcida: mãos que 'jogam' junto
(Créditos: Juliana Flister/Vipcomm)

Já você que vai ao bar, faça sua festa do mesmo jeito. Manere na bebida, para ter condições de comemorar o título, caso ele venha, e, por favor, vá de taxi ou de carona com alguém sóbrio. Esse domingo precisa ser só de festa. Junte a galera, faça um bolão com o resultado do jogo, fique ligado na telinha esperando pintar a bolinha anunciando gol no jogo entre Atlético-PR e São Paulo - o único, além do nosso, que interessa para o caneco.

Fechado, onde estiver!

Mas se, apesar de todo esse clima espetacular envolvendo toda a nação cruzeirense, preferir assistir ao jogo do conforto do seu lar, não economize na energia positiva que vai ser canalizada diretamente para o gramado do Estádio Governador Magalhães Pinto. Já é sabido que cada grito de apoio e cada almofada que você chuta do seu sofá se transformam em energia extra para os nossos guerreiros, que estarão debaixo de muito sol lutando para trazer esse título de volta para casa.

Cruzeiro: nos braços da China Azul
(Créditos: Washington Alves/Vipcomm)

Quanto à partida, nem vejo a necessidade de se fazer previsões ou de comentar escalações. O Cruzeiro vai com o que tem de melhor. O Grêmio joga com o único e exclusivo objetivo de jogar água de chuva no nosso chopp, além de precisar manter um ritmo razoável nessa reta final, caso ainda quiser se fixar no G4 - ou G3. Tem tudo para ser um jogão, mesmo esquecendo que pode ser o jogo do título.

Força, Cruzeiro!
Mais força do que nunca, meu Cruzeiro!

Santa Cruz: a força do amor

Tiago de Melo

Há anos a torcida do Santa Cruz impressiona o país. É difícil compreender como pode um clube levar tantos torcedores ao estádio, mesmo estando nas divisões mais inferiores do Brasileiro. A resposta não é simples e está em muitos lugares.

Primeiramente, é importante entender o contexto do Recife. Uma cidade historicamente apaixonada por futebol, onde duas torcidas sempre buscaram a hegemonia: Sport e Santa Cruz. Clube associado à elite, o Náutico sempre foi a terceira torcida da cidade, ainda que muito fiel.

Arruda: mais de 26 mil por partida
(Créditos: Jamil Gomes/Santa Cruz-PE)

Em um período de 20 anos a situação mudou. Entre 1991 e 2010, o Sport venceu 14 estaduais, contra três do Santa e outros três do Náutico. Sua torcida se consolidou como a maior do estado e, graças ao clube dos 13, o rubro-negro se consolidou como o clube mais rico da cidade, o de maior torcida e o de mais títulos.

A força do coração

A situação era difícil para o rival histórico. Com menos títulos, torcida e dinheiro, o que sobrava? A paixão. E a torcida coral entendeu isso perfeitamente. Isso mudaria a história do clube, tornando-o querido pelo restante do país.

Tudo começou em 2009. Naquele ano, a equipe nem conseguiu chegar perto de disputar o título estadual. E não passou da primeira fase da Série D. Mesmo assim, teve a segunda média de público entre todas as divisões do Brasileirão. O Brasil começou a desconfiar que algo acontecia nas arquibancadas do Arruda.

Santa: de fé se construiu a paixão
(Créditos: Jamil Gomes/Santa Cruz-PE)

Em 2010, outro fracasso em nível regional e nacional. Mas os 55 mil torcedores na partida contra o Guarany de Sobral, pela quarta divisão, mostravam mais uma vez que havia algo muito sério acontecendo entre os tricolores.

Novo rumo tricolor

Veio 2011 e, conduzido por sua torcida, o Santa finalmente venceu o pernambucano e conseguiu o acesso à Série C. A essa altura todos os torcedores que se sentiam cansados com os rumos elitizantes do futebol brasileiro já haviam elegido o Santa Cruz como alvo de sua paixão.

2012 viu um inacreditável bi do Santa numa decisão contra o Sport, capaz de matar do coração os cidadãos mais saudáveis do Recife. O acesso à Série B nacional não veio, apesar de o torcedor seguir abarrotando as desconfortáveis arquibancadas do Arruda.

Mas, em 2013, o sonho tricolor se tornou realidade. O Santa venceu as duas partidas da final contra o Sport, chegou ao tri estadual e, no fim do ano, voltou à Série B, em uma partida agonizante contra o Betim, com direito a estádio lotado com 60 mil pessoas e gol da classificação no fim do jogo.

Tricolor retorna à Série B em 2014
(Créditos: Jamil Gomes/Santa Cruz-PE)

O acesso do Santa tem múltiplos significados. Representa a dignidade de uma torcida e de um clube que conheceram o 'fundo do poço' como ninguém mais. Mostra que o amor de uma torcida pode fazer milagres. E também aponta que há muitos brasileiros insatisfeitos com o projeto que muitos têm para o futebol nacional. Afinal, todos os que não querem saber de estádios lindos para poucos que podem pagar fortunas torceram para o Santa como forma de resistir a esse modelo.

De beleza e poesia

Nesse contexto, cada um dos 60 mil torcedores que vibraram pelo acesso do Santa representou um pouco do que cada brasileiro sente. Que futebol não é um negócio como qualquer outro. Qualquer brasileiro que acha que futebol é amor se sentiu no Arruda no último domingo. Nesse sentido, a vitória do Santa foi uma vitória de todos os que ainda acreditam que há beleza e poesia no futebol.

É de Minas, é campeão!

Ricardo Diniz

O ano de 2013 tem sido especial para o torcedor de Atlético e Cruzeiro. Isso porque os dois "gigantes" do futebol de Minas superaram o fato de receberem menos dinheiro dos patrocinadores e cotas de TV e de terem torcidas menos numerosas, para colocar fim à hegemonia dos títulos dos paulistas e cariocas.

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Campeão Mineiro e da Copa Libertadores, o Atlético mantém o sonho de festejar o inédito título do Mundial Interclubes, no Marrocos. Enquanto o Cruzeiro, dez anos depois, deve, novamente, comemorar a conquista do Campeonato Brasileiro.

Em 2013, América ficou alvinegra
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

No dia 25 de julho, o Atlético alcançou a maior glória de sua história, ao bater o Olimpia, do Paraguai, e conquistar a América. A conquista não só acabou com o rótulo negativo do alvinegro, mas também foi combustível para o arquirrival buscar o Brasileirão. Coincidentemente, o Cruzeiro foi a última equipe de fora do "eixo" Rio de Janeiro e São Paulo a conquistar o troféu nacional.

Além dos gramados

A rivalidade entre Galo e Raposa não se resume aos dias de clássico. O bom momento de um dos times, por exemplo, incomoda aos torcedores e dirigentes rivais. O sucesso do "lado de cá" é convertido em cobranças e ainda motivação do "lado de lá", que logo tentará ofuscar a boa fase do velho vizinho.

Cruzeiro já prepara a festa do tri
(Créditos: Juliana Flister/Textual)

Os atleticanos começaram o ano com o estadual, que, apesar de pouco comemorado, ganha sabor especial quando festejado diante do rival. Em julho, foi a vez da Libertadores. Sonho que se tornou realidade. Agora, o Cruzeiro prepara a festa do tri nacional. Enquanto isso, o Galo pensa no Mundial, que será disputado em dezembro, no Marrocos. Se o ditado diz que "quem ri por último, ri melhor!", a verdade é que Minas teve motivos para sorrir em 2013.

Tempero à mineira!

Fato é que, neste ano, as equipes de Rio de Janeiro e São Paulo fizeram papeis de 'figurantes', enquanto Atlético e Cruzeiro dominaram o cenário nacional e sul-americano. 2013 foi um ano em que o Brasil, a América do Sul e, por que não, o planeta bola aprenderam a falar "uai", "sô", e "trem bão". Dá-lhe, Minas!

A seis pontos do paraíso

Douglas Zimmer

Que semana conturbada! Pelo menos, nos bastidores. Durante os últimos dias, pouco se ouviu falar sobre futebol, sobre jogadores e sobre o jogo de logo mais contra o Santos, de Montillo e Cícero. As principais notícias foram sobre o entrave entre Cruzeiro/STJD/CBF, que, até o momento, confirmou o jogo da 33ª rodada, contra o Grêmio, para o Mineirão.

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Não me preocupo com a falta de foco da equipe. Até porque, a essa altura, o grupo de jogadores e a comissão técnica já devem estar blindados e com instruções óbvias de não cair em conversas paralelas nem opinar sobre um assunto que diz respeito apenas ao setor jurídico do clube. Eu mesmo não entendo bulhufas de direito esportivo e prefiro não opinar sobre o cumprimento da perda do mando ou não. 

No Mineirão, empate por 0 a 0
(Créditos: Juliana Flister/Vipcomm)

Aliás, se há alguma coisa errada nessa história, é justamente punir um clube, independente de qual seja, por causa de brigas entre torcedores nos estádios. Por mais que a medida tenha como intenção educar e fazer com que os clubes policiem seus torcedores, é praticamente inconcebível que isso ocorra a curto prazo. A responsabilidade deve ser estendida e os tumultuadores identificados e banidos dos estádios. Ok. Fecha parênteses.

Por nova história!

Ainda bem que o Cruzeiro volta a campo neste domingo e a torcida pode se preocupar de novo com os 90 minutos do confronto ante o time do Santos. A equipe santista, aliás, deve vir para o jogo com uma postura mais aberta do que aquela que enfrentamos no primeiro turno, e não saímos do 0x0. Atualmente, o alvinegro praiano não tem muito que disputar neste campeonato, já que suas chances de alcançar o G4 são remotas.

Nilton retorna à formação titular
(Créditos: Washington Alves/Textual)

Já o Cruzeiro tem todos os motivos do mundo para entrar na Vila Belmiro voando, e não tirar o pé de nenhuma dividida. Com a reta final do Brasileiro se aproximando, a ansiedade pode atrapalhar, mas precisa ser controlada e os ânimos serem ajustados jogo a jogo. Esqueçam o STD, o Grêmio, a CBF e tenham atenção total no Santos.

Time reforçado...

Marcelo Oliveira conta terá os retornos de Nilton, que cumpriu suspensão diante do Criciúma, e de Ricardo Goulart, que se recuperou de lesão. A baixa da semana é o atacante Willian que sentiu um desconforto muscular devido à sequencia de jogos e dará lugar a Dagoberto no time titular. No mais, a equipe que vai a campo é a mesma que vem fazendo excelente campanha no Brasileirão e está a um par de vitórias do título.

Força, Cruzeiro! 


Presença da taça do Mundial de Clubes em Belo Horizonte
agita alvinegros, inspirando sonhos e o novo 'Eu acredito!'

Vinícius Dias

Por meio dos olhares, uma profusão de sonhos. Em gestos e vozes ainda tímidos, a certeza de estar cada vez mais perto do topo. Neste sábado, dia 02, centenas de atleticanos ficaram lado a lado com a taça que será entregue ao campeão do Mundial Interclubes 2013. Taça que, imaginam eles, será erguida pelo zagueiro Réver, na final, que ocorre no dia 21 de dezembro, em Marrakech.


Antes de traçar seu destino final, o objeto, que já esteve em Yokohama, no Japão, e Auckland, na Nova Zelândia, ainda vai percorrer as cidades-sede dos outros cinco participantes do torneio. A passagem pela capital mineira se encerra hoje. A visitação ocorre das 13h às 20h, no Shopping Boulevard.

Presença da taça agitou alvinegros
(Créditos: Arquivo/Humberto Carneiro)

Ao longo de todo o sábado, a exposição teve a presença dos torcedores alvinegros, que dividiram a atenção entre os painéis informativos sobre o torneio e as poses para as fotos ao lado do troféu. "É um orgulho para a cidade de BH receber o troféu do Mundial", falou Paulo Vitor Cardoso. "Os torcedores têm muita curiosidade de poder ver de perto essa taça que o Galo tanto quer", completou.

De Marrocos a BH...

Paulo Vitor já tem o palpite de qual será o destino final do troféu. "Acho que o Galo vem se preparando muito bem, o time está focado no Mundial querendo trazer a taça para a sede", afirmou. Ciente das dificuldades, o torcedor tem a receita para o título do time mineiro. "Acho que, se tiver concentração, jogar com muita raça, acredito que dá para levar a taça", concluiu Paulo.

Taça: sonho e realidade, lado a lado
(Créditos: Arquivo/Paulo Vitor Cardoso)

Depois da goleada contra o Náutico, por 5 a 0, neste sábado, o Atlético chegou a 48 pontos, e ocupa a sexta posição no Campeonato Brasileiro. No Mundial, a estreia alvinegra ocorre no dia 18 de dezembro, diante do mexicano Monterrey ou do vencedor do duelo entre Raja Casablanca, do Marrocos, e Aukland, da Nova Zelândia.