De R10 a R49, sempre Galo!

Ricardo Diniz

Foram dois anos, mais precisamente 25 meses. A história de Ronaldinho Gaúcho no Atlético Mineiro chegou ao fim. No clube alvinegro, Ronaldinho 'abriu mão' da camisa 10, sua companheira (quase) inseparável durante toda a carreira, para se tornar o R49, em 2012. Dali adiante, disputou 88 partidas, com 28 gols marcados e três títulos conquistados: Campeonato Mineiro e Copa Libertadores, em 2013, e Recopa Sul-Americana, na última semana; além do vice brasileiro em 2012.


Após deixar o Flamengo, de forma conturbada, o (futuro) ídolo chegou à Cidade do Galo, de surpresa, e, a partir daquele 04 de junho de 2012, se tornou notícia com a camisa do Atlético. Naquele ano, treinado por Cuca - amigo de Roberto Assis, irmão de R10 -, o time disputou o título nacional com o Fluminense, ponto a ponto. Nem mesmo a morte do padrasto ou o câncer da mãe, dona Miguelina, foram capazes de deter o ímpeto de R49, que, no momento mais difícil da vencedora carreira, encontrou apoio nos braços da massa.

R10 se curva à massa: invicto no Horto
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Ronaldinho, logo em seu primeiro clássico, fez um gol digno da época de Barcelona. Quando o placar indicava um a um, o craque partiu do meio de campo, deixou para trás todos os marcadores que tentaram interceptar a jogada e finalizou cruzado, no canto, sem chances para Fábio. Era o que faltava para ele assumir, de vez, a condição de ídolo: um gol de placa, no Independência, diante do rival.

Gênio do futebol...

Não há como definir toda a genialidade de Ronaldinho em um só adjetivo. Talvez o mais certo seja dizer que se trata de um 'mágico' da bola. Foram vários passes milimétricos para Jô, amigo inseparável nas comemorações. Até os zagueiros se beneficiariam dos cruzamentos precisos: Réver e Léo Silva se tornaram artilheiros. Perder no Horto? O camisa 10 não soube o que era isso. Afinal, nas 40 partidas em que atuou no estádio, somou 27 vitórias e 13 empates.

A despedida: diante do Lanús, no dia 23
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

A partida de quarta-feira, ante o Lanús, foi a última de Ronaldinho com a camisa preto e branca. Mas, certamente, ele guardará o clube no coração. Ou melhor, como cita o ditado, foi mais um a chegar como jogador e sair torcedor. Os atleticanos, com certeza, vão falar dos passes e gols de R10 ao contarem para filhos ou netos sobre o título da Libertadores. Sem ele, afinal, não haveria o grito de CAMpeão!

Valeu, Ronaldinho!

A massa agradece a Ronaldinho. Pelas glórias, pela amizade e pela magia. Aquele que já era um ídolo nacional, desde que vestiu a camisa da seleção, se tornou mais um atleticano. Que, hoje, não mais usará o manto preto e branco. Mas seguirá com o nome gravado no coração, nas memórias e na história do Clube Atlético Mineiro.

Por que o Cruzeiro é líder?

Douglas Zimmer

Líder do Campeonato Brasileiro após doze rodadas disputadas, com cinco pontos de vantagem para o vice-líder Corinthians, o Cruzeiro é, também, o clube que mais vezes esteve na primeira colocação da competição desde a adoção do sistema de pontos corridos. Muito além daquele velho papo de que o Brasileirão é, normalmente, nivelado por baixo, a diretoria estrelada investe em estabilidade, elenco e formação para manter a escrita e seguir em busca do quarto título.


Dizer que a atual fase do clube mineiro é um acaso é, no mínimo, falta de visão, para não dizer má vontade com o trabalho que tem sido executado no futebol azul estrelado. Os motivos são mais complexos do que pura e simplesmente sorte - e vêm dando tanto resultado que os mais exaltados já começam a fazer barulho para que o modelo de disputa da competição nacional seja revisto.

Líder, Raposa soma 28 pontos na Série A
(Créditos: Gualter Naves/Light Press/Textual)

Vejamos, então, alguns dos muitos motivos que levaram a equipe celeste ao atual nível de desempenho:

Atletas vencedores

Certa vez, o bom entendedor disse que, para ser campeão, um time deve contar com atletas que estão acostumados a serem campeões. A Raposa entendeu bem a mensagem e contratou atletas que, se não são titulares absolutos, incorporam muita experiência e qualidade técnica e psicológica. Trocando em miúdos, jogadores como Tinga, Dagoberto, Ceará e Borges podem até não estar no auge das condições físicas, mas com certeza são importantes para o elenco.

Reforços de qualidade

Ao contrário de outros períodos, a diretoria celeste apostou na política da qualidade, em detrimento da quantidade. Em vez de ter elenco 'inchado' e trazer para o clube atletas de qualidade questionável, Alexandre Mattos e Gilvan foram às compras de maneira consciente e acertada. Montaram um excelente grupo no ano passado, aliando experiência e juventude. 

Política de reforços é a chave do sucesso
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Textual)

Além disso, mantiveram o conjunto para a atual temporada. Os jogadores negociados ou dispensados eram reservas e já tinham substitutos dentro do próprio plantel. Não bastasse isso, ainda foram agregados ao elenco jogadores de qualidade ou com um potencial muito interessante. Manoel, Marquinhos e Neilton chegaram e já podem jogar caso haja necessidade, por exemplo.

Utilização da base

Desde 2013, é cada vez mais normal vermos em campo nomes vindos da base, casos de Lucas Silva, Alisson e Mayke. Além deles, Vinícius Araújo e Wallace também tiveram oportunidades antes de deixarem o clube. Esses atletas são a resposta que a torcida esperava, já que por muitos anos a equipe viveu um período em que vencia torneios de base, mas dificilmente emplacava um jogador no time profissional. A transição vem sendo muito bem feita e a expectativa é de que os frutos continuem a aparecer nesses próximos anos.

Cria da base, jovem Lucas Silva é destaque
(Créditos: Marcello Zambrana/Light Press/Textual)

Grupo em vez de estrelas

Se o torcedor cruzeirense for questionado sobre qual o principal nome do clube, com certeza, as respostas devem ser bem variadas. Na atual fase, especialmente pela artilharia do torneio, Ricardo Goulart seria um dos mais citados. Contudo, ainda assim, não seria unanimidade. E isso se repete desde o ano passado. O Cruzeiro não tem um astro que seja responsável por quase tudo. Por exemplo: o principal jogador do Brasileirão em 2013, Éverton Ribeiro, viveu uma fase 'não tão boa' no primeiro semestre, nem por isso o desempenho coletivo caiu.

A distribuição dos 28 gols entre os jogadores do elenco e as variações na escalação comprovam que o comandante Marcelo Oliveira sabe muito bem conduzir os individualismos, dosar as participações e manter o grupo azul celeste nas mãos.

Mineirão é trunfo do fortíssimo Cruzeiro
(Créditos: Netun Lima/Light Press/Textual)

Volta do Mineirão

Como fez bem ao Cruzeiro o retorno a casa. Desde que voltou a atuar no Mineirão, a Raposa tem causado calafrios nos adversários que viajam até BH. O estilo veloz e incisivo voltou com tudo e a torcida vem abraçando a equipe com boa presença durante os jogos. Entretanto, a equipe celeste também ganhou a fama de ser um visitante pouco agradável. O Cruzeiro dificilmente é coadjuvante nos jogos e sempre dificulta as ações do rival, mesmo atuando longe de casa.

Até aqui, no Brasileirão de 2014, a Raposa fez seis partidas fora de seus domínios e venceu quatro. Como não poderia ser diferente, o trajeto para permanecer no topo é tão ou mais árduo do que o que leva até lá - e as variáveis que levam ao sucesso são muitas.

R10 na terra do Tio Sam?

Vinícius Dias

A partida contra o Lanús, válida pela decisão da Recopa Sul-Americana, na última quarta-feira, deve ficar registrada na história como capítulo final da relação entre Ronaldinho Gaúcho e o Atlético. Depois de 87 jogos, com 28 gols marcados, o meia-atacante deve deixar o clube nos próximos dias. A tendência é de que haja a rescisão amigável, embora, nos bastidores, Kalil defenda a sequência de R10.

Segundo apurou o Blog Toque Di Letra, o staff do craque descarta, por ora, a possibilidade de aposentadoria do meia. Na Argentina, nos últimos dias, especulou-se o interesse do Boca Juniors. Mas o destino do Gaúcho deve ser os EUA. Por lá, o New York Red Bulls, equipe do francês Thierry Henry, é o principal candidato.

Interesse antigo

Pela segunda vez, um clube da terra do Tio Sam demonstra interesse em Ronaldinho, que defendeu a seleção brasileira em duas Copas. Em 2011, o Los Angeles Galaxy, onde, à época, atuava o inglês David Beckham, havia tentado contratá-lo.

100 vezes Diego Tardelli

Ricardo Diniz

Quando o atacante Diego Tardelli chegou a Minas Gerais, no ano de 2009, depois de uma passagem de altos e baixos no Flamengo, era iniciada uma sequência de gols que seguirá para sempre na história do Atlético. Nessa quarta-feira, contra o Lanús, na partida final da Recopa Sul-Americana, o ídolo da massa atleticana balançou as redes pela 100ª vez com a camisa preto e branca.


A contagem começou justamente contra o rival Cruzeiro, que, ao lado do Santos, é a maior vítima do atleta, com sete gols sofridos. Em janeiro de 2009, durante o Torneio de Verão, no Uruguai, o Galo foi derrotado pela Raposa por 4 a 2, mas Tardelli marcou duas vezes. Naquele ano, o 'Dom Diego' anotou 42 gols, foi o artilheiro do Brasileirão e ainda conquistou o Prêmio Friedenreich, da TV Globo, como maior goleador da temporada no futebol brasileiro.

Tardelli deixou números e rivais para trás
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

No ano de 2010, fez mais 25 gols e, nos primeiros meses de 2011, antes de concluir a transferência para o Anzhi, da Rússia, Diego Tardelli anotou outros seis gols. Em 2013, ele retornou ao Atlético como principal reforço para a Copa Libertadores, balançando as redes 18 vezes, sendo seis na campanha do título na competição continental. Em 2014, com o marcado ontem, já são nove gols.

Ao som das homenagens

Essa centena de gols valeu, rapidamente, o status de ídolo e homenagens feitas pela torcida e por jornalistas. Logo no primeiro ano de Tardelli como jogador atleticano, o narrador Mário Henrique, da Itatiaia, passou a narrar os gols do atacante imitando o som do disparo de uma metralhadora: tá, tá, tá. Foi a senha para que, ao balançar as redes, Tardelli incorporasse a comemoração. As homenagens não param por aí. Ele inspira os versos de 'Tardelli é Gol'. A canção, gravada pela Galo Rock Band, é paródia de 'Era um Garoto', de Engenheiros do Hawaii.

Tá, tá... 100 gols com a camisa alvinegra
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Da primeira centena, alguns gols seguirão na memória dos torcedores. O mais decisivo, marcado no empate por 2 a 2 contra o Tijuana, no México, nas quartas de final da Libertadores de 2013, por exemplo. Quando se fala em belos gols, a lista é extensa. Mas tudo começou ante o Atlético/PR, no Mineirão, no Brasileirão de 2009. Depois de um lançamento em que a bola percorreu quase todo o campo, Diego aproveitou o quique no gramado e completou, de primeira, para o gol.

Tardelli: para a história

Entre as exibições mais brilhantes estão a do clássico do Mineiro de 2011, vencido pelo Atlético por 4 a 3, na Arena do Jacaré. E no trinfo diante do Santos, por 3 a 2, no Mineirão, na Copa do Brasil de 2010. Em ambas as partidas, Tardelli marcou três vezes. Ontem, ele deixou o campo e entrou para a história.

Os maiores goleadores:

1º) Reinaldo - 255 gols
2º) Dadá Maravilha - 211 gols
3º) Mario de Castro - 195 gols
4º) Guará - 168 gols
16º) Diego Tardelli - 100 gols

Vai ter (Re)copa, Galo...

Alisson Millo

A partida invadia a madrugada de 25 de julho de 2013. Gimenéz acerta a trave da meta defendida por Victor. Entre lágrimas, sorrisos e festejos, o Atlético comemorava o título da Copa Libertadores pela primeira vez. Mais do que um troféu, a inédita conquista continental representou uma nova página gloriosa na história do clube mineiro. E, de quebra, garantiu o time em três competições.


Em duas delas - Mundial e Libertadores -, o Atlético não se deu bem, e é melhor esquecer. A última foi iniciada na semana passada, quando o clube alvinegro foi a Buenos Aires e venceu o Lanús, por 1 a 0, seguindo firme rumo ao título da Recopa Sul-Americana. O 99º gol de Diego Tardelli pelo Galo deixou a equipe com uma mão na taça, visto que, agora, um simples empate garante o título.

Tardelli: herói atleticano na Argentina
(Créditos: Daniel Teobaldo/soulgalo.com.br)

A histórica e, às vezes sangrenta, rivalidade entre Brasil e Argentina está registrada na história do confronto entre Atlético e Lanús. Especialmente em razão da final da Conmebol de 1997. A noite do duelo de ida, vencido pelo Atlético, por 4 a 1, terminou em violência na casa do clube hermano. Treinador da equipe mineira na época, o polêmico Emerson Leão precisou ser submetido a uma cirurgia depois de se envolver na confusão, em que jogadores também ficaram feridos.

Ano novo, vida nova!

Neste ano, o cenário foi diferente. Não houve goleada nem confusão em campo. Mas, de diferente, basta isso. Em 1997, a volta foi no Mineirão, e o Galo levou a taça para Lourdes. Hora de repetir a boa atuação do jogo de ida, não se render à velha catimba e, depois, festejar. Os ingressos estão quase esgotados. Os artistas não são Doriva ou Sérgio Araújo, mas, sim, Ronaldinho, Victor e Tardelli. Mas o final promete ser o mesmo, com festa em preto e branco.

Oito anos, e nenhum critério!

Vinícius Dias

Existia a expectativa por um treinador estrangeiro, embora fosse (quase) impossível crer que José Maria Marín e Marco Polo Del Nero renunciariam à zona de conforto e, mais ainda, que nomes como Mourinho, Guardiola ou Manuel Pellegrini trocariam projetos vitoriosos por um convite da CBF. Por todo lado, também foram citados Tite, Muricy e Luxemburgo. Mas o novo comandante, apresentado hoje, é Dunga. De novo, a CBF erra. Como em 2006 e em 2010.


Coincidência (com o placar da vexatória derrota para a Alemanha) ou não, pelo menos sete motivos explicam a péssima fase do futebol nacional. Um deles atende por CBF. É prudente, ao se pensar o projeto de renovação, vislumbrar novos conceitos e nova filosofia. Talvez justifique a predileção por um técnico estrangeiro, alheio ao círculo vicioso. O sucesso tático do Corinthians rotulava Tite como melhor nome caseiro. Ou melhor, o menos distante do padrão europeu.

Dunga: oito anos entre idas e vindas
(Créditos: CBF TV/Ao Vivo/Reprodução)

Em 2010, Dunga deixou a seleção após perder para a Holanda, por 2 a 1, nas quartas de final da Copa. Aquele foi o sexto revés em 60 jogos sob o comando do treinador, que alcançou 76,7% de aproveitamento. Números superiores aos da 2ª era Telê Santana, entre 1985 e 86, e à trajetória de Carlos Alberto Parreira, iniciada em 1991, e que culminou no tetra, em 1994, nos Estados Unidos.

Trabalho de altos e baixos

O trabalho, entre 2006 e 2010, foi de altos e baixos. Pode-se lembrar do bronze olímpico em 2008 como novo fracasso ou como melhor resultado desde Atlanta, em 1996. Pode-se citar o toque envolvente, que levou aos títulos da Copa América e da Copa das Confederações, ou as opções por Grafite, Kléberson e Nilmar, em 2010, quando havia nomes como Neymar, Ganso e Diego Tardelli.

Por que saiu em 2010? Por que voltou? Nem Dunga saberá.
O vai e vem percorre oito anos e a falta de critérios da CBF.

Passado, presente e futuro

Vinícius Dias

Voltemos ao século XX. Mais precisamente, às décadas de 1940 e 1950. Uma viagem pelo tempo, remontando à fase áurea do futebol de Itabirito, que outrora reuniu atletas como Telê Santana, Nilson Cardoso e Silvestre Martins, é a proposta da reportagem que assino na 6ª edição da Revista Vitrine Itabirito.


No decorrer das páginas 17 e 18, a matéria ainda percorre a relação entre as glórias alcançadas no passado, os projetos de memória nas escolas de Itabirito e as iniciativas visando à formação de futuros talentos no futebol da cidade mineira.


Ou seja, um raio-x do futebol local: ontem, hoje e amanhã, sob os signos do sucesso de Telê Santana, Nilson Cardoso e Silvestre Martins, três dos maiores ídolos de Itabirito.

Contra o Vitória pela vitória

Alexandre Oliveira

O Cruzeiro entrará em campo nesta quinta-feira, às 21h, para enfrentar o Vitória, em partida válida pela 10ª rodada do Brasileirão. Poderia ser mais uma frase cotidiana que vemos durante o longo e, às vezes, desgastante Campeonato Brasileiro. Porém, não é apenas mais uma rodada. A partida desta noite vai marcar o recomeço para ambas as equipes. E, para alguns jogadores, o reencontro.


A Copa de 2014 serviu para dividir a temporada em: a.C e d.C, sendo o C de Copa. O sucesso pré-Copa, por exemplo, não é garantia de resultados no período pós-Mundial. O Cruzeiro é um dos clubes que aproveitaram a pausa para se preparar. Como no ano passado, no período da Copa das Confederações, a Raposa fez uma intertemporada nos EUA, onde realizou cinco amistosos - e venceu todos.

Ricardo Goulart: o artilheiro azul nos EUA
(Créditos: Andres Leighton/Light Press/Textual)

Na partida contra o Vitória, a torcida celeste verá de perto, no Mineirão, o que esperar do líder do Campeonato Brasileiro na segunda metade deste ano. Porém, mesmo na 18ª posição, o Vitória parece pronto para reagir e deixar a zona de rebaixamento.

Rivais conhecidos

O rubro-negro conhece bem duas das opções ofensivas celestes: Marcelo Moreno e Marquinhos. O último deixou o Vitória pouco antes do início da Copa do Mundo, e pode ser fundamental na partida contra os baianos. A princípio, Marcelo Oliveira julgou que seria desnecessária a contratação de Marquinhos, em razão do grande número de opções para o setor. Porém, hoje, o meia-atacante será um trunfo decisivo, por saber bem os detalhes do adversário.

Dinei: goleador a serviço do clube baiano
(Créditos: Felipe Oliveira/EC Vitória/Divulgação)

Um dos pontos fortes do Vitória é o atacante Dinei. Alto e dono de ótimo cabeceio, o camisa 9 baiano não vive uma boa fase, mas nada como uma Copa de muitos gols para inspirar um artilheiro. Para segurar o ímpeto do Leão, Manoel, titular nos amistosos nos EUA, fará dupla de zaga com Léo. No meio-campo, Henrique joga ao lado de Lucas Silva. Lesionado, Nilton é desfalque. Ricardo Goulart, artilheiro da intertemporada, faz companhia a Marcelo Moreno e Marquinhos.

No ritmo da Copa

Em suma, é torcer para que a Copa do Mundo tenha inspirado alguns dos ótimos nomes que temos em Minas Gerais e pelo Brasil afora, e que essa sequência de Campeonato Brasileiro seja tão legal de assistir como foi o Mundial de 2014.

Raio-X: Club Lanús/ARG

Tiago de Melo

Nesta quarta, dia 16, o Atlético começa a decidir a Recopa Sul-Americana contra o Lanús, da Argentina. O Lanús um pequeno clube do entorno de Buenos Aires e pouco reconhecido internacionalmente. Antes do título da Copa Sul-Americana em 2013, os granates tinham apenas uma conquista importante: o Apertura 2007.


Mas é melhor não se iludir: o Galo não terá nenhuma 'galinha morta' pela frente. Um dos times mais bem administrados da Argentina, o Lanús tem feito uma sequência de boas campanhas. É treinado por dois novatos: os mellizos (gêmeos) Guillermo e Gustavo Barros Schelotto, ex-jogadores de clubes como o Gimnasia La Plata, onde se formaram, e do Boca Juniors de Carlos Bianchi.

Lanús: campeão da Sul-Americana 2013
(Créditos: Club Atlético Lanús/Divulgação)

Os granates tiveram, em 2013, um ótimo segundo semestre: venceram a Sul-Americana, e lutaram pelo título argentino até a última rodada. Neste ano, o primeiro semestre não foi tão brilhante. O Lanús priorizou a Copa Libertadores, mas foi eliminado nas quartas de final, na altitude boliviana. Após deixar de lado a liga local, figurou no pelotão de frente por um bom tempo, mas perdeu força no fim.

4-3-3 à moda alemã

Para o semestre que se inicia não houve grandes mudanças no plantel, à exceção da saída do excelente zagueiro Paolo Goltz, comandante do setor defensivo granate. A equipe joga em um 4-3-3 em que os dois atacantes pelos lados recuam para ajudar na marcação no meio-campo. Um sistema semelhante ao utilizado pela seleção alemã durante a Copa. O goleiro é o excelente Agustín Marchesín, que, antes da Copa de 2014, foi pedido por muitos na seleção.

Estilo alemão: hermanos atuam no 4-3-3
(Créditos: Club Atlético Lanús/Divulgação)

A defesa tem dois veteranos pelas laterais, Araujo e Velázquez, um ótimo atalho a ser explorado pelo ataque alvinegro. Sem o capitão Goltz, o time terá uma dupla de zaga inteiramente nova - com Braghieri e o paraguaio Gómez, ambos recém-chegados. O funcionamento do setor ainda é uma incógnita, uma vez que a partida marca a estreia oficial do novo miolo de zaga granate.

Experiência no meio

No meio-campo, o experiente volante Somoza, ex-Vélez Sarsfield e Boca Juniors, é o xerifão. À sua esquerda atua o paraguaio Víctor Ayala, mais marcador, enquanto na direita estará González, um meia mais ofensivo. Normalmente, os dois fazem o vai e vem entre o meio-campo e o ataque, enquanto Somoza é mais fixo à frente da zaga.

Santiago Silva: goleador do time granate
(Créditos: Club Atlético Lanús/Divulgação)

Por outro lado, o ataque deverá dar muito trabalho à defensiva atleticana. Pelos lados jogam Melano e Benítez, dois jovens bastante promissores e ofensivos. Todo cuidado será pouco pelos lados do campo, portanto. No comando do ataque, o inoxidável Santiago Silva. O Pelado (careca) segue atormentando os rivais com força física e oportunismo, marcando muitos gols, apesar da limitação técnica.

Lutar... para vencer!

Na Recopa Sul-Americana, o Atlético não enfrentará nenhuma máquina de jogar futebol. O Lanús é um clube pequeno e sem estrelas, embora muito equilibrado e organizado - dentro e fora do campo. Será um rival difícil que exigirá muito do Galo.

Tite é a chance de a CBF acertar

Vinícius Dias

Há seis dias, as capas dos jornais estampavam o vexame brasileiro diante da Alemanha. Ontem, dois dias depois do revés na decisão do terceiro lugar, o destaque foi a saída de Felipão. A verdade é que, se fora de campo o país saiu vencedor, dentro das quatro linhas a seleção foi um fiasco. Culpa da fragilidade tática do esquema armado por Luiz Felipe Scolari, mas também do péssimo gerenciamento da estrutura do futebol brasileiro no decorrer dos últimos anos.

Felipão: uma despedida melancólica
(Créditos: Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação)

Por ora, discute-se o nome do possível sucessor. Talvez a tão desejada renovação viesse pelas mãos de Mourinho ou Pep Guardiola, consagrados na Europa. Também não se pode negar a qualidade de Alejandro Sabella, Pékerman e Jorge Sampaoli, que fizeram mais - com menos - à frente das seleções de países vizinhos. Mas é difícil crer que Marín e Del Nero deixarão a zona de conforto para ousar e, mais ainda, que um desses treinadores aceite um convite da débil CBF.

Pelo milagre brasileiro

Mais uma vez e, de novo acreditando em milagre, a CBF deve apostar em um santo de casa. A mistura entre obediência tática, eficiência e solidez defensiva do Corinthians supercampeão entre 2011 e 2013 credencia Tite a ser a principal opção nesse cenário. Luxemburgo e Muricy Ramalho, ao melhor estilo Felipão, rimam com continuísmo. A Alexandre Gallo falta experiência, à la Dunga.

Combalida, a CBF erra ao preterir um técnico estrangeiro.
Mas pode acertar se confirmar Tite como opção brasileira.

Vexame: as capas da Copa!

Vinícius Dias

Sete gols, um vexame. Ou melhor, o vexame, o mais duro da história da seleção. A eliminação na semifinal da Copa de 2014, com a derrota para a Alemanha, por 7 a 1, na tarde dessa terça-feira, foi um golpe duríssimo para os brasileiros que sonhavam em, enfim, comemorar o hexa. Entre a indignação e falta de palavras, o revés foi manchete nos principais jornais brasileiros - e do mundo.

LEIA MAIS: Um jogo dos sete erros...

Luzes apagadas e, ao fundo, placar aceso. Registro da goleada histórica. Faltaram palavras ao Metro.

(Créditos: Divulgação/Jornal Metro)

Afinal, o Maracanazzo foi, ou não, um vexame? Para o Extra, vexame, de fato, os brasileiros viram ontem.

(Créditos: Divulgação/Extra)

No Meia Hora, não teve capa. Com um fundo preto, o jornal descreveu a vergonha por... mais um gol da Alemanha!

(Créditos: Divulgação/Meia Hora)

Uma página - quase - em branco, seguida por sugestões de sentimentos. Foi a capa do Lance! pós-derrota.

(Créditos: Divulgação/Lance!)

Um jogo dos sete erros...

Vinícius Dias

Mais do que o desigual duelo entre o pior Brasil e a melhor Alemanha - na fiel caminhada rumo a seu quarto título mundial, no próximo domingo, no Maracanã - que a Copa do Mundo de 2014 viu, a goleada por 7 a 1 expôs as fragilidades do futebol local e de sua arcaica estrutura. Não se pode, a exemplo do que fez Felipão, rotular a derrota como acaso. Há 12 anos, o Brasil não é mais o país do futebol e, pelo menos, sete motivos ajudam a explicar nossa derrocada.

1) Paixão do torcedor - África do Sul, Canadá, Estados Unidos, China e Coreia do Sul. Exceto os jogos da reta final de preparação para o Mundial de 2014, nos últimos anos, a CBF tem optado por disputar a maior parte dos amistosos no exterior. Distanciar do torcedor por melhores cotas de patrocínio pode parecer acerto na teoria. Mas, na prática, significa a perda da relação afetiva.

Torcedor chora: sonho do hexa acabou
(Créditos: Jefferson Bernardes/Vipcomm)

2) O fator CBF - Com que critério a CBF escolhe seus técnicos? Por que Dunga teve a sua primeira experiência logo no cargo mais cobiçado deste país? O que motivou a aposta em Felipão depois de seu total fracasso no Palmeiras? De Ricardo Teixeira a Marco Polo Del Nero - sucessor de José Maria Marín, a partir de abril de 2015 - é impossível imaginar que cartolas retrógrados farão as mudanças necessárias para impedir novos vexames. Não, não foi acidente.

3) Peso emocional - Como cita a canção de Gonzaguinha, "um homem também chora". Mas as lágrimas de boa parte do grupo do Brasil, após a vitória ante o Chile, nos pênaltis, traduziram uma seleção suplantada pela pressão gigantesca. As feridas da derrota em 1950 continuam abertas no imaginário nacional. Bem mais do que chegar ao hexa, parecia ser preciso superá-las a todo custo.

Uma derrota no gramado e emocional
(Créditos: Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação)

4) Esquema tático - Chave do sucesso na Copa das Confederações, em 2013, o 4-2-3-1 se tornou o esquema preferido de Felipão. Ou melhor, o único. Nem mesmo a má fase de Fred ou a falta de confiança em Jô foram capazes de motivar a busca por alternativas. Dependente do sucesso de Neymar, que foi bem, mas esteve distante de ser incontestável, a seleção recorreu várias vezes à transição direta entre defesa e ataque. Enquanto isso, os adversários inovam.

5) Jovem craque - Maradona, aos 25 anos, foi o símbolo da Argentina, bicampeã em 86. Zidane (França), Ronaldo e Iniesta (Espanha) tinham 26 anos quando levaram suas seleções aos títulos mundiais de 1998, 2002 e 2010, na sequência. Pirlo, ídolo da Itália, tinha 27 anos em 2006. Neymar era o grande nome do Brasil nesta edição. Aos 22 anos, cabia a ele ser o mais jovem protagonista da história e, logo na estreia em Copas, liderar a seleção rumo ao hexa.

Marín: símbolo de uma CBF estagnada
(Créditos: Ricardo Stuckert/CBF/Divulgação)

6) Geração de coadjuvantes - Em 1970, a seleção tinha Pelé, Tostão e Rivellino. Em 1994, Bebeto, Romário e Raí. Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho formavam o trio de 2002. Em 2014, a seleção teve Neymar. Hulk atua em um mercado periférico, Fred foi mal no Brasileiro de 2013, Oscar terminou na reserva do Chelsea e Bernard é reserva no Shakhtar. Valia apostar em Ronaldinho e Kaká? Talvez. Mas a certeza é de que essa geração - quase - não tem protagonistas.

7) Fator Neymar - Quatro gols, 18 finalizações, pelo menos 13 chances criadas nos cinco jogos em que esteve em campo. Neymar deixou a Copa do Mundo com saldo positivo. Mas, afinal, o Brasil não podia ser campeão sem ele? Enquanto Felipão lamentava a ausência do camisa 10, nas redes sociais, milhares de torcedores condenavam Zuñiga por um lance no qual, ao primeiro olhar, era impossível ver má intenção. O culpado, em caso de derrota, estava eleito.

Raposa mira revelação

Vinícius Dias

Eleito revelação do último Campeonato Brasileiro, o atacante Marcelo Silva deve deixar o Atlético/PR nos próximos dias. Embora o Corinthians seja o destino mais provável do jogador, que tem 22 anos, outras duas equipes seguem interessadas em contar com Marcelo, que vestiu a camisa 7 do clube rubro-negro do Paraná na Copa Libertadores desta temporada: São Paulo e Cruzeiro.

Segundo o Blog Toque Di Letra apurou, um grupo de investidores que, recentemente, esteve à frente de uma negociação com desfecho favorável ao Cruzeiro, trabalha para colocar Marcelo na Toca. O Atlético/PR planeja receber, no mínimo, € 5 milhões por 50% dos direitos do jogador. No dia 09, quarta-feira, se encerrará o prazo de preferência dado ao Corinthians pela cúpula atleticana.

Situação a definir

Pela manhã, o Blog Toque Di Letra entrou em contato com o presidente do Atlético/PR, Mário Celso Petraglia. Porém, quando questionado sobre a situação do atleta, Petraglia encerrou a ligação. Há pouco, a assessoria de comunicação do Furacão informou que Marcelo tem treinado normalmente com o elenco do clube.

Veloz e driblador

Com dois gols em cinco jogos na Série A, o atacante é tido como um dos principais nomes do time. "Joga pelos lados do campo, é veloz, driblador. Não é exímio goleador, mas finaliza bem", disse um jornalista paranaense. Seu vínculo vai até dezembro de 2016.

Entre lágrimas e sorrisos...

Vinícius Dias

Na partida de estreia, contra a Croácia, lágrimas e sorrisos se misturaram nos rostos de milhares de brasileiros. E também no de Neymar. Após 12 anos, um atleta marcava um gol - neste caso, dois - com a camisa 10 da seleção brasileira. Naquele dia, a alegria do jovem craque, de 22 anos, era também a alegria de um povo que, por mais de seis décadas, sonhou em voltar a receber a Copa do Mundo. E, por que não, em apagar o fiasco da edição de 1950.


Na última noite, lágrimas e sorrisos de novo se misturaram na expressão dos brasileiros. Sorrisos e alegria pela classificação à fase semifinal - após três edições. Tristeza pela lesão de Neymar, o principal nome do elenco e símbolo da reconstituição do espírito brasileiro no time canarinho. A lesão na terceira vértebra lombar representou um duro final de Copa do Mundo para o garoto.

Neymar na maca: última imagem na Copa
(Créditos: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A terça-feira e o confronto contra a (ótima) Alemanha se aproximam, e o Brasil tem somente uma certeza: Thiago Silva e, em especial, Neymar não estarão em campo. Dante deve substituir Thiago. Para a vaga de Neymar, Felipão pode optar por Bernard ou Willian, para manter o esquema tático, ou pode reforçar o meio-campo com um terceiro volante. Tecnicamente, o Brasil perde muito.

O craque em números

Nesse cenário de dúvidas, é tão difícil assegurar a eliminação no Mineirão, quanto imaginar que o substituto de Neymar se transforme em um 'novo' Amarildo, que superou a desconfiança e se tornou herói ao substituir Pelé na campanha do bicampeonato, em 1962 - marcando três gols em quatro partidas. De Neymar, restarão as lembranças e um saldo positivo. Foram quatro gols, 18 finalizações e, pelo menos, 13 chances criadas nas cinco partidas disputadas.

Neymar, um vencedor na vida, sai de cena lacrimejando.
A Copa segue, e o sorriso dos brasileiros serão os dele!

Raio-X: a Colômbia da Copa

Tiago de Melo

Que sobra talento ao futebol da vizinha Colômbia, todos sabemos. O país tem revelado jogadores talentosos em profusão nesses últimos 25 anos. Mas isso pouco se refletiu na seleção nacional, que colecionou insucessos nesse mesmo período. Mas a Colômbia que o Brasil enfrenta, na sexta, é muito diferente. O talento dos jogadores está muito bem mesclado com a competitividade.


Essa mudança tem muito a ver com seu treinador. José Pékerman foi um jogador sem brilho na década de 1970, mas comandou brilhantemente as seleções argentinas de base, ao lado de Hugo Tocalli, conquistando três Mundiais sub-20. Assumiu o posto de Marcelo Bielsa à frente da seleção principal de seu país em 2004, e viu a sua equipe ser eliminada de forma invicta pela Alemanha no Mundial de 2006, após uma disputa de pênaltis nas quartas de final.

Colômbia chega às quartas e faz história
(Créditos: Edson Rodrigues/Secopa-MT)

Pékerman aceitou a oferta de treinar a Colômbia, assumindo a seleção no início de 2012. Seu desempenho à frente dos cafeteiros é impressionante: 18 vitórias, três empates e três derrotas. Além da classificação tranquila à Copa, onde mantém, até aqui, um aproveitamento de 100%. Que o Brasil se prepare, afinal enfrentará uma seleção muito forte - e que não deverá jogar na retranca.

Na defesa, experiência

No gol, a Colômbia tem Ospina, competente - embora não excepcional. O experiente Mario Yepes comanda a zaga, na qual vale ressaltar a enorme agressividade ofensiva da dupla de laterais: Zuñiga e Pablo Armero. Essa característica deve fazer com que Felipão escale Oscar e Hulk novamente pelos lados do campo, deixando Neymar livre, já que os alas colombianos são essenciais na estratégia da equipe.

Ospina: sinônimo de segurança no gol
(Créditos: J. P. Engelbrecht/PCRJ)

A dupla de volantes tem Aguilar, mais marcador, e Sánchez, que merece atenção especial. 'La Roca' Sánchez é o responsável pela saída de bola da equipe. É frequente ver o volante do Elche/ESP voltando até os zagueiros quando a Colômbia retoma a posse de bola, para iniciar a distribuição de jogo. Esse é o jogador a ser marcado tão logo o Brasil perca a bola, pois todas as jogadas começam com ele.

No meio, os destaques

Os outros dois meio-campistas são os nomes a serem temidos. Na direita joga Cuadrado. Destaque da Fiorentina/ITA e pretendido pelo Barcelona, o meia é talentosíssimo e deve dar muito trabalho a Marcelo. Na esquerda, a situação é ainda pior: por ali atua James Rodríguez, um dos destaques do Mundial até aqui. O excelente James frequentemente vai para o meio, para realizar suas grandes jogadas, e é especialmente perigoso em um jogo no qual não teremos Luís Gustavo.

James: destaque da Colômbia e da Copa
(Créditos: 
Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Na frente devem jogar Teo Gutiérrez, do Ríver Plate, que tem talento, mas vem fazendo um Mundial sofrível, e o perigoso Jackson Martínez, artilheiro do Português pelo Porto. Dupla sem a classe dos meias, mas que merece muita atenção. Mas a titularidade dos avantes não é garantida. Pékerman tem feito treinos fechados, e se especula que um deles - principalmente, Martínez - possa perder a vaga para Bacca, outro atacante, ou para um meia, como Guarín ou Ibarbo. Nesse caso, o sistema voltaria ao 4-2-3-1 dos primeiros jogos, com James mais centralizado, no setor ocupado por Fernandinho.

Adversário 'perigoso'

Em suma, a Colômbia que o Brasil enfrentará é um adversário perigoso e que não deve renunciar ao protagonismo. Que os jogadores e a comissão técnica se preparem, pois terão um rival dificílimo pela frente. Mas o time cafeteiro está longe de ser invencível. Há pontos fracos, como as 'costas' dos laterais, bem como a capacidade de marcação do meio-campo, que às vezes deixa a desejar.