Vinícius Dias
Há seis dias, as capas dos jornais estampavam o vexame brasileiro diante da Alemanha. Ontem, dois dias depois do
revés na decisão do terceiro lugar, o destaque foi a saída de Felipão. A verdade é
que, se fora de campo o país saiu vencedor, dentro das quatro linhas a seleção
foi um fiasco. Culpa da fragilidade tática do esquema armado por Luiz Felipe
Scolari, mas também do péssimo gerenciamento da estrutura do futebol brasileiro
no decorrer dos últimos anos.
Felipão: uma despedida melancólica (Créditos: Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação) |
Por ora, discute-se o nome do
possível sucessor. Talvez a tão desejada renovação viesse pelas mãos de
Mourinho ou Pep Guardiola, consagrados na Europa. Também não se pode negar a
qualidade de Alejandro Sabella, Pékerman e Jorge Sampaoli, que fizeram mais -
com menos - à frente das seleções de países vizinhos. Mas é difícil crer que Marín e Del
Nero deixarão a zona de conforto para ousar e, mais ainda, que um desses
treinadores aceite um convite da débil CBF.
Pelo milagre brasileiro
Mais uma vez e, de novo acreditando
em milagre, a CBF deve apostar em um santo de casa. A mistura entre obediência tática, eficiência e solidez defensiva do Corinthians supercampeão
entre 2011 e 2013 credencia Tite a ser a principal opção nesse cenário.
Luxemburgo e Muricy Ramalho, ao melhor estilo Felipão, rimam com continuísmo. A
Alexandre Gallo falta experiência, à la Dunga.
Combalida, a CBF erra ao preterir um
técnico estrangeiro.
Mas pode acertar se confirmar Tite
como opção brasileira.
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