Vinícius Dias
Existia a expectativa por um
treinador estrangeiro, embora fosse (quase) impossível crer que José Maria
Marín e Marco Polo Del Nero renunciariam à zona de conforto e, mais ainda, que
nomes como Mourinho, Guardiola ou Manuel Pellegrini trocariam projetos
vitoriosos por um convite da CBF. Por todo lado, também foram citados Tite,
Muricy e Luxemburgo. Mas o novo comandante, apresentado hoje, é Dunga. De novo,
a CBF erra. Como em 2006 e em 2010.
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Coincidência (com o placar da
vexatória derrota para a Alemanha) ou não, pelo menos sete motivos explicam a péssima fase do futebol nacional. Um deles atende por CBF. É prudente, ao se
pensar o projeto de renovação, vislumbrar novos conceitos e nova filosofia.
Talvez justifique a predileção por um técnico estrangeiro, alheio ao círculo
vicioso. O sucesso tático do Corinthians rotulava Tite como melhor nome caseiro. Ou melhor, o menos distante do padrão europeu.
Dunga: oito anos entre idas e vindas (Créditos: CBF TV/Ao Vivo/Reprodução) |
Em 2010, Dunga deixou a seleção após
perder para a Holanda, por 2 a 1, nas quartas de final da Copa. Aquele foi o
sexto revés em 60 jogos sob o comando do treinador, que alcançou 76,7% de
aproveitamento. Números superiores aos da 2ª era Telê Santana, entre 1985 e 86,
e à trajetória de Carlos Alberto Parreira, iniciada em 1991, e que culminou no
tetra, em 1994, nos Estados Unidos.
Trabalho de altos e baixos
O trabalho, entre 2006 e 2010, foi de
altos e baixos. Pode-se lembrar do bronze olímpico em 2008 como novo fracasso
ou como melhor resultado desde Atlanta, em 1996. Pode-se citar o toque
envolvente, que levou aos títulos da Copa América e da Copa das Confederações,
ou as opções por Grafite, Kléberson e Nilmar, em 2010, quando havia nomes como
Neymar, Ganso e Diego Tardelli.
Por que saiu em 2010? Por que voltou? Nem Dunga saberá.
O vai e vem percorre oito anos e a falta de critérios da CBF.
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