Raio-X: Club Lanús/ARG

Tiago de Melo

Nesta quarta, dia 16, o Atlético começa a decidir a Recopa Sul-Americana contra o Lanús, da Argentina. O Lanús um pequeno clube do entorno de Buenos Aires e pouco reconhecido internacionalmente. Antes do título da Copa Sul-Americana em 2013, os granates tinham apenas uma conquista importante: o Apertura 2007.


Mas é melhor não se iludir: o Galo não terá nenhuma 'galinha morta' pela frente. Um dos times mais bem administrados da Argentina, o Lanús tem feito uma sequência de boas campanhas. É treinado por dois novatos: os mellizos (gêmeos) Guillermo e Gustavo Barros Schelotto, ex-jogadores de clubes como o Gimnasia La Plata, onde se formaram, e do Boca Juniors de Carlos Bianchi.

Lanús: campeão da Sul-Americana 2013
(Créditos: Club Atlético Lanús/Divulgação)

Os granates tiveram, em 2013, um ótimo segundo semestre: venceram a Sul-Americana, e lutaram pelo título argentino até a última rodada. Neste ano, o primeiro semestre não foi tão brilhante. O Lanús priorizou a Copa Libertadores, mas foi eliminado nas quartas de final, na altitude boliviana. Após deixar de lado a liga local, figurou no pelotão de frente por um bom tempo, mas perdeu força no fim.

4-3-3 à moda alemã

Para o semestre que se inicia não houve grandes mudanças no plantel, à exceção da saída do excelente zagueiro Paolo Goltz, comandante do setor defensivo granate. A equipe joga em um 4-3-3 em que os dois atacantes pelos lados recuam para ajudar na marcação no meio-campo. Um sistema semelhante ao utilizado pela seleção alemã durante a Copa. O goleiro é o excelente Agustín Marchesín, que, antes da Copa de 2014, foi pedido por muitos na seleção.

Estilo alemão: hermanos atuam no 4-3-3
(Créditos: Club Atlético Lanús/Divulgação)

A defesa tem dois veteranos pelas laterais, Araujo e Velázquez, um ótimo atalho a ser explorado pelo ataque alvinegro. Sem o capitão Goltz, o time terá uma dupla de zaga inteiramente nova - com Braghieri e o paraguaio Gómez, ambos recém-chegados. O funcionamento do setor ainda é uma incógnita, uma vez que a partida marca a estreia oficial do novo miolo de zaga granate.

Experiência no meio

No meio-campo, o experiente volante Somoza, ex-Vélez Sarsfield e Boca Juniors, é o xerifão. À sua esquerda atua o paraguaio Víctor Ayala, mais marcador, enquanto na direita estará González, um meia mais ofensivo. Normalmente, os dois fazem o vai e vem entre o meio-campo e o ataque, enquanto Somoza é mais fixo à frente da zaga.

Santiago Silva: goleador do time granate
(Créditos: Club Atlético Lanús/Divulgação)

Por outro lado, o ataque deverá dar muito trabalho à defensiva atleticana. Pelos lados jogam Melano e Benítez, dois jovens bastante promissores e ofensivos. Todo cuidado será pouco pelos lados do campo, portanto. No comando do ataque, o inoxidável Santiago Silva. O Pelado (careca) segue atormentando os rivais com força física e oportunismo, marcando muitos gols, apesar da limitação técnica.

Lutar... para vencer!

Na Recopa Sul-Americana, o Atlético não enfrentará nenhuma máquina de jogar futebol. O Lanús é um clube pequeno e sem estrelas, embora muito equilibrado e organizado - dentro e fora do campo. Será um rival difícil que exigirá muito do Galo.

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