Neste
fim de semana começa o Final, como agora se denomina o torneio nacional argentino
disputado no primeiro semestre do ano. Se a liga do país não vive seu melhor
momento, a edição que está prestes a começar tem atrações que despertaram a
expectativa dos torcedores locais.
As grandes novidades estarão sentadas no
banco de reservas. Boca Juniors e River Plate trouxeram Carlos Bianchi e Ramón
Díaz, os treinadores mais vencedores da história dos gigantes argentinos. No
Independiente quem tentará salvar o clube do descenso é o histórico Americo Gallego,
último treinador a levar o Rojo ao
título nacional.
Os outros grandes do país apostam em
treinadores jovens e promissores: o Racing vai de Luis Zubeldía, e o San
Lorenzo terá no banco Juan Antonio Pizzi. O Vélez manteve a vencedora comissão
técnica comandada por Ricardo Gareca. O Newell’s manteve o ótimo Gerardo
Martino, de grande sucesso à frente da seleção paraguaia.
O mercado de jogadores não esteve tão
aquecido. A grande novidade foi a chegada de Fernando Gago ao Vélez, que espera
que o jogador da seleção nacional faça a equipe se fortalecer para a
Libertadores. Outra chegada de impacto foi Juan Manuel Iturbe, contratado pelo
River. O jogador, que chegou a ser chamado de "Messi paraguaio" não viu sua
carreira deslanchar no Porto, e espera aproveitar a oportunidade para chegar
onde se esperava.
Apontar favoritos na liga argentina é
difícil. O nível do futebol local caiu nos últimos anos, e tudo ficou mais
nivelado. Os últimos 12 torneios tiveram nove campeões diferentes. Ninguém
imaginaria que os pequenos Arsenal e Tigre disputariam o título do último
Clausura, ou que o Vélez venceria o Inicial no semestre passado, após se
desfazer de jogadores importantes.
Entre os jornalistas do país há a
tendência a crer que Boca, Vélez e Newell's terão dificuldades, já que vão
priorizar a Libertadores. Se avançarem no torneio, podem deixar o título local
num segundo plano. O Independiente está envolvido na luta
contra o rebaixamento, e não parece ser um candidato ao título.
Assim, pode ser a grande chance para o
Racing quebrar o jejum de títulos que já alcança 11 anos. Com jogadores
promissores, a equipe chegou a disputar o título do Inicial, e se os atletas
mais experientes (Camoranesi, Villar, Sand) finalmente renderem o que se
espera, a Academia pode chegar lá.
San Lorenzo e Lanús também podem surpreender, em especial se as equipes que
disputam a Libertadores avançarem no torneio e deixarem a liga doméstica num
discreto segundo plano.
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