Itabiritense ilustre, Telê Santana é
reverenciado por ex-time,
o primeiro dos tricolores, durante o
carnaval em cidade natal
Vinícius Dias
A carreira do ex-técnico e ponta-direita Telê Santana foi povoada por tricolores. O carioca Fluminense, em que atuou por cerca
de uma década antes de assumir o comando técnico, ao fim dos anos 1960. O gaúcho Grêmio, por ele dirigido na década de 1970. O paulista São Paulo, que,
entre 1990 e 1996, acumulou dez conquistas sob a regência do mestre. Antes desses, o mineiro Itabirense. Seu primeiro clube, ainda na cidade natal, Itabirito.
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O tricolor que, cerca de sete anos após seu falecimento, o
homenageou neste carnaval. O bloco do Itabirense Esporte Clube, que Telê defendeu por cinco anos, foi às ruas da cidade na noite de domingo e na tarde de terça levando uma escultura do ilustre conterrâneo no carro-chefe. "Foi uma ideia minha. Desde o ano passado, temos a intenção de resgatar a tradição dos carros alegóricos", conta o
presidente do clube e secretário municipal de Esportes, Alessandro Massaini.
Telê é destaque na alegoria principal (Créditos: Vinícius Dias/Toque Di Letra) |
O conjunto alegórico, que teve mais de 40 integrantes,
desfilou para um público de aproximadamente 35 mil foliões, segundo estimativa
da Polícia Militar. E trouxe samba-enredo elencando os maiores feitos da
carreira de Telê. "Em 2012, trouxemos a história, o porquê de a traíra ser
símbolo do clube. Nesse ano, contamos um pouco da carreira do Telê, que jogou
no clube por cinco anos", completou.
APROVADO - O associado Jorge Pedrosa, de 58 anos, exaltou a importância de
Telê para o clube. "É o principal ídolo do Itabirense, foi uma
referência nacional e teve os primeiros passos aqui na cidade, nesse clube. Acho
a homenagem mais do que justa. O público gostou muito, essa foi a minha
impressão. Eu gostei muito do carro e da referência aos clubes pelos quais ele
passou", afirmou.
Atrás, carro simula campo de futebol (Créditos: Vinícius Dias/Toque Di Letra) |
Entusiasta do carnaval local, Gilberto Alves, de 49 anos,
elogiou a magia da apresentação. "Achei o desfile muito bonito. O carro
estava bonito e bem enfeitado, e a escultura em homenagem ao Telê é uma
homenagem muito justa pelo que representa para Itabirito e para o Itabirense. Foi uma ideia brilhante", analisou. "Porém, acho que faltou
uma maior divulgação. Poderia, até, ser mais prestigiado. O Telê é um símbolo
dessa terra", pontuou.
Família se emociona
Tão logo soube da homenagem ao pai, Renê Santana se mostrou emocionado. "É com muito orgulho que a
gente, da família, vê uma manifestação dessa na cidade. Apesar de ele ter
jogado pelo (Usina) Esperança e de também ter feito uma partida pelo União, o
Itabirense foi o clube em que por mais tempo o Telê jogou em Itabirito",
destacou.
Santana ainda fez questão de mencionar a relevância da
passagem pelo clube itabiritense para a vitoriosa trajetória do pai no futebol.
"Ele fez a sua história jogando pelo Itabirense e depois foi para a
Seleção Mineira. Partindo dessa instituição, ficamos muito emocionados e
comovidos com essa homenagem, pois a história do Telê se confunde com a
história do Itabirense", concluiu.
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