Douglas Zimmer
Golaço, resultado da primeira partida e
eliminação do rival à parte, o Cruzeiro precisava entrar em campo no Maracanã e
fazer sua parte. Começou o jogo se classificando e não poderia entrar em
correria, se desesperar nem se jogar para cima como um bando de loucos. Pois
acabou que o Cruzeiro não fez nada. Nem o mínimo!
O jogo começou muito nervoso com os dois
times tentando marcar sob pressão e explorar as falhas das defesas adversárias.
O Flamengo chegava de maneira desorganizada, sempre mais na vontade do que na
técnica. O Cruzeiro procurava Borges, que jogava isolado, e se defendia como
podia. Fábio não foi exigido, mas a equipe rubro-negra rondou a meta celeste
perigosamente por duas ou três vezes sem conseguir a finalização.
Na 1ª etapa, Borges atuou isolado (Créditos: Cruzeiro E.C./Divulgação) |
Na melhor chance do primeiro tempo,
Willian desviou um chute cruzado, e Felipe fez uma defesa estranha, quase
jogando a bola pra dentro do próprio gol. Fora isso, jogadas de costas para o
gol e poucos arremates perigosos. Um primeiro tempo que já demonstrava a
insistência cruzeirense em não jogar. A bola ficava ou com o Flamengo, ou
voando depois de um balão executado pelos mineiros.
Na etapa final
O segundo tempo veio e confirmou que os
celestes haviam abdicado de jogar. Sem criatividade. Sem velocidade. Sem
explosão. O Flamengo tomou conta do meio campo e passou a mandar ainda mais no
jogo. Ainda faltava jeito, mas a pressão rubro-negra já dava sinais de que
poderia ser fatal a qualquer momento. As bolas chegavam cada vez mais frequentemente
e não fosse a total incapacidade de Carlos Eduardo (que nem parece o mesmo que
jogou no Grêmio), talvez o placar já teria sofrido alterações mais cedo.
Entretanto, apesar de todo o cenário
desfavorável, foi o Cruzeiro que chegou com mais perigo por duas vezes.
Primeiro, em gol bem anulado, quando Vinícius Araújo estava projetado à frente
da linha da bola depois de cruzamento rasante. Em seguida, em contra ataque
veloz, o mesmo Vinícius Araújo recebeu uma bola em que ficou cara a cara com
Felipe, driblou o arqueiro carioca, mas adiantou muito a bola, que acabou
saindo pela linha de fundo antes de conseguir concluir a jogada. Um desperdício
que custou caro.
Éverton Ribeiro foi destaque azul (Créditos: Cruzeiro E.C./Divulgação) |
Aos 42 minutos do segundo tempo, da
maneira mais cruel possível, o Flamengo, na milésima jogada pelo lado esquerdo
da defesa do Cruzeiro conseguiu encontrar Elias, o jogador mais lúcido da partida,
que bateu de chapa e não deu chances para Fábio. Bola na rede, e 1x0 no placar. Três
ou quatro minutos para tentar achar um gol que, logicamente, não iria acontecer.
O castigo azul...
Cruzeiro eliminado. Foco total no
Brasileiro e a sensação absurda de que a classificação era tão tranquila que
parece mentira. Foi uma eliminação precoce, de um elenco que tem potencial para
alçar voos muito maiores que uma oitava de final.
Toma jeito, Cruzeiro!
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