Tiago de Melo
Após 62 partidas
disputadas, finalmente a Sul-Americana começa a fazer sentido. Sobraram 16
equipes, que representam seis países do continente (Brasil, Argentina, Chile,
Paraguai, Colômbia e Equador). Nada de equipes irrelevantes ou regulamentos
incompreensíveis. Apenas 16 equipes se enfrentando segundo as conhecidas regras
do mata-mata.
Na luta pela
taça, três países se destacam. O Brasil mandou equipes que não se qualificaram
para a Libertadores nem para as fases finais da Copa do Brasil, mas tem a
grande vantagem de ter seus representantes já no auge da temporada, ao
contrário dos países vizinhos. A Argentina, que mandou algumas de suas melhores
equipes. E a Colômbia, que teve a impressionante performance de classificar
seus quatro representantes para as oitavas de final.
São Paulo volta a encarar chilenos (Créditos: São Paulo F.C./Divulgação) |
Juntos, os três
países respondem por 12 dos 16 clubes que ainda sobrevivem na competição. E as
equipes brasileiras não terão vida fácil no torneio. O São Paulo enfrentará a
Universidad Catolica, líder da liga local, onde se mantém invicta, tendo marcado
12 gols em cinco partidas. Eliminou o Emelec marcando nada menos do que sete
gols na somatória dos confrontos, tendo vencido ambos.
Nordestinos vivos...
Situações
igualmente difíceis vivem os representantes nordestinos que sobreviveram. O
Sport enfrentará um Libertad renovado, que prioriza o torneio e que fez
contratações importantes, como Bareiro, que foi titular na campanha que levou o
Olimpia ao vice-campeonato da Libertadores. Já o Bahia terá pela frente o duro
Nacional, que está a apenas quatro pontos do Santa Fé, líder do colombiano, mas
com três jogos a menos.
Sport eliminou o arquirrival Náutico (Créditos: Wágner Damásio/Site Oficial) |
Coritiba e Ponte
Preta tampouco terão vida fácil. Ambos enfrentarão equipes
colombianas com potencial para trazer dificuldades. O Coxa terá pela frente o
Itagui, que não tem jogadores de alto nível, mas que possui um time organizado
e difícil de ser batido. A Macaca irá para os 2.600 metros de altitude de
Pasto, onde uma equipe bem organizada, e comandada pelo talentoso e jovem
Villota, deverá oferecer resistência ao centenário clube campineiro.
Hermanos favoritos
Os confrontos sem
brasileiros envolvem argentinos, que tendem a ser favoritos. O Vélez é favorito
contra os colombianos do La Equidad, o mesmo valendo para o vencedor de River
Plate x San Lorenzo contra a LDU de Loja. São encontros indefinidos, mas com um
favorito indiscutível.
A grande
incógnita é o confronto entre Lanús e Universidad de Chile. Teoricamente os
granates deveriam ser os favoritos, por seu elenco e treinador, mas a equipe do
Sul de Buenos Aires ainda não se acertou, de modo que é mais um confronto
aberto na Sul-Americana. Tanto mais que La U está a apenas três pontos do líder
da liga local.
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