Douglas Zimmer*
Salve,
China Azul!
Uma
temporada resumida em dois jogos. Dois jogos separados por 20 dias. Não
bastasse a ansiedade que já toma conta de mim desde a classificação contra o
Grêmio, sofro por antecipação pensando no tempo que teremos que esperar até o
dia 27. O dia em que decidiremos o ano. Sim! 2017 renasceu das cinzas na
memorável noite de 24 de agosto e, pelo menos de maneira simbólica,
provavelmente terminará quando o árbitro apitar o fim da partida de volta da
decisão da Copa do Brasil.
Superando
todos e, principalmente, a si mesmo, o time celeste surpreendeu muita gente e
chega, no mínimo, em condição de igualdade com seu adversário para a disputa do
título que pode salvar a temporada. Quando digo condição de igualdade, me
refiro ao contexto geral. Se o Flamengo tem uma equipe mais técnica, mais cara
e mais badalada, o Cruzeiro, por sua vez, tem um time mais entusiasmado, mais
aguerrido e mais consciente dos seus limites. Tudo isso, levando em conta única
e exclusivamente desempenho e elencos que disputam a Copa do Brasil.
Raposa buscará penta ante o Flamengo (Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro) |
Não
há muito que especular ou prever. Antes do confronto de volta da semifinal, bati
muito na tecla de que o futebol, embora tenha muita ciência por trás do jogo,
no fim das contas é um jogo. E o jogo, meus amigos, é jogado. Estará tudo nos
pés, nas mãos e, especialmente, nas cabeças dos nossos jogadores. Não existem
cálculos, teorias, previsões, superstições, hashtags ou estatísticas que
substituam a preparação nos treinamentos e o empenho em campo durante a
partida.
Entre empolgação e apreensão
Tive
- e continuo tendo - os mais variados motivos para manter a calma e não me
deixar levar pela empolgação. Senti um clima diferente depois do apito final na
Arena do Grêmio, quando os torcedores cruzeirenses lá presentes, apesar do
revés, ficaram na arquibancada por mais um tempo entoando cantos de apoio aos
jogadores, deixando claro que apoio não faltaria no Mineirão. Não faltou, e o
resultado todos sabem. Apoio não faltará desde o primeiro minuto do jogo desta
quinta-feira. Aliás, a torcida abraçou e está fechada com o time antes mesmo de
a bola rolar.
No Brasileirão, jogo terminou empatado (Créditos: Mauricio Farias/Light Press/Cruzeiro) |
Confesso
que sinto um pouco de apreensão, ainda que misturada com o entusiasmo pela
presença em mais uma grande final. Natural. Nesta quinta-fera, a apreensão logo
dará lugar à ansiedade, que dará lugar ao frio na barriga, que dará lugar à
empolgação, que por sua vez sairá de cena para que a calma volte por uns
instantes e assim consequentemente, em uma sucessão de sentimentos misturados.
Depois disso, até o dia 27, cada dia demorará quatro e ficaremos mentalizando
jogadas, gols, defesas e mais um turbilhão de emoções. Isso é o futebol.
Força,
Cruzeiro!
*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!
Lindo texto. Vamos!Vamos!Cruzeirooooo!Nossa equipe é forte e nosso time é copeiro. Confio no penta.
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