Um Atlético incapaz de vencer no Horto

Vinícius Dias

O Atlético jogava melhor e já havia ameaçado pelo menos três vezes quando Egídio derrubou Alex Silva na área. Pênalti cobrado por Fred e defendido pelo goleiro Fernando Prass aos 27'. Seis minutos antes de o Palmeiras abrir o marcador em sua primeira chegada com perigo: contra-ataque puxado pelo volante Moisés, bola para Willian, que serviu a Deyverson. O empate saiu aos 43'. Penalidade cometida pelo zagueiro Luan, que recebeu o segundo amarelo na jogada, sobre Léo Silva. Gol de Fábio Santos, o único de um Atlético incapaz de vencer na Arena Independência.


No primeiro tempo, o 4-2-3-1 desenhado pelo técnico Rogério Micale funcionava a partir da mobilidade de Luan, Cazares e Valdívia, que fez boa apresentação, na terceira linha. Na etapa final, com um a menos, o time de Cuca se concentrava em primeiro marcar, reduzindo os normalmente generosos espaços oferecidos ao adversário, para, depois, tentar algo mais. A estratégia tirou a fluidez do jogo alvinegro, enquanto o Palmeiras ameaçava em contra-ataques e bolas paradas, como no lance que resultou em pênalti desperdiçado por Deyverson diante de Victor.

Atlético tropeçou diante do Palmeiras
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Aos 33 minutos, o alviverde ainda perdeu Willian, bem expulso depois de atingir Valdívia. Com Robinho mais uma vez improdutivo, a estratégia do Atlético de tentar a infiltração não deu resultado. No jogo de ataque contra defesa, a equipe empilhava erros em busca do segundo gol. Ora trocava passes ou acelerava sem objetividade, ora voltava a adotar o expediente das bolas levantadas na área, marca das derrotas no turno para Bahia, Atlético/PR, quando teve um a mais por 50 minutos, e Santos, que terminou a partida com o goleiro Vanderlei lesionado.

No discurso de Nepomuceno, G6 é obrigação para o Atlético.
Em campo, a incapacidade de vencer no Horto é a realidade.

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