Por títulos, vou com Cuca!

Gaaalooo! Saudações, massa!

E é Galo campeão das Américas. A taça é nossa. O grito foi nosso. E o Mineirão estava lindo... Que noite. Quarta-feira passada será uma noite guardada na história do Clube Atlético Mineiro. Clube este, que merece muito mais. Apesar da grande conquista, o time atleticano pode ir longe. Conquistar mais troféus, ainda neste ano. O foco é a Copa do Brasil. Que significa um bom futuro!

Agora que o time sagrou-se campeão, novos caminhos se abriram a ele. Brasileiro, Copa do Brasil e Mundial. E a questão é: qual deles merece a prioridade alvinegra? No Brasileiro, o Galo ainda não deslanchou e também não procurou deslanchar. Hoje na 13ª posição, o alvinegro segue a oito pontos do líder, com uma partida disputada a menos. Uma situação, sem dúvidas, reversível.

Pois bem, na Copa do Brasil, o Atlético ainda não conhece o adversário. Mas vai enfrentar vários times de peso se quiser nomear-se campeão. E vários, com força a máxima. Mais até que no Campeonato Brasileiro. É o caso de Corinthians, São Paulo, Santos, Coritiba, Fluminense, Flamengo. Times que preferem arriscar o caminho mais fácil rumo à Libertadores. A Copa do Brasil, escolhida por Cuca como 'prioridade', está em sua edição mais disputada.

Copa do Brasil: o sonho

Todavia, a Copa pode desgastar menos. São menos jogos em relação ao Brasileirão, para se alcançar o título. Mas, as equipes que disputaram a Libertadores estão na competição. Os times que não acreditam no título Brasileiro ou no G4, veem a Copa do Brasil como válvula de escape. Em breves palavras, a concorrência deve ser bem maior na Copa do que no Campeonato Brasileiro

Entre a concorrência e o desgaste, Cuca apostou no seu taco. Quer ver disputa, e terá. O caminho do Atlético rumo a mais um título em 2013 é muito difícil. Mas, se conseguirmos qualquer uma destas três conquistas, entraremos ainda mais para a história. Superando todos os rivais e todas as adversidades. É hora de apostar. Pelos três caminhos, vou com Cuca! Que a sorte nos acompanhe!

Caiu no Horto... tá morto!

Alexandre Oliveira

Nem o mais otimista dos americanos arriscaria um marcador tão elástico contra o Sport na noite desta terça: 5 a 0. Aliás, antes de ser morto, o Leão foi caçado, cercado e abatido. Poderia até dizer que o caçador tem nome: Rodriguinho. Mas ele não conseguiria derrotar o Leão sem a ajuda dos seus companheiros.

Um show de bola do time americano. Com total convicção, diria que foi a melhor exibição do Coelho nesse Campeonato Brasileiro da Série B. E não poderia vir em melhor hora. O América não vencia no Independência havia quatro meses.

Time de Paulo Comelli bateu o Sport
(Créditos: América-MG/Divulgação)

Logo no primeiro gol do América, percebeu-se uma troca de função dos laterais da equipe. O canhoto Danilo apareceu na direita, e cruzou para Rodriguinho abrir a contagem. A seguir, o Coelho teve boas chances de ampliar, com Nikão e Willians, servidos pelo dez Rodriguinho e pelo meia Kleber, que fez boa partida. O camisa 11 recompôs o meio de campo do time e, junto com os volantes Claudinei e Andrei Girotto, não deixou os atacantes do adversário, Felipe Azevedo e Marcos Aurélio, ameaçarem o goleiro Matheus

Bem atrás... melhor na frente!

O América começou o segundo tempo de maneira avassaladora. Com um minuto e meio de jogo, Rodriguinho acertou belo chute do meio da rua, e ampliou o placar para a equipe da casa. Já aos 29 minutos, Danilo, agora aparecendo pelo lado de origem, fez bom cruzamento rasteiro na área, e Willians completou para o gol.

O resultado estava excelente para o América e, com isso, Paulo Comelli mexeu no time, colocando o central Doriva no lugar de Willians. A mexida chamou o Sport para o ataque. E Roger, que entrou na etapa final, deu trabalho para o arqueiro Matheus. Mas, o camisa 1 foi bem debaixo das traves, e aos 40 minutos, depois de ótima jogada de Marcos Aurélio, fez grande intervenção.

Meia Rodriguinho marcou três vezes
(Créditos: América-MG/Divulgação)

A defesa parece ter motivado o time do América para os minutos finais. Aos 42', Rodriguinho recebeu cruzamento de Doriva, dentro da área, se livrou de Anderson Pedra, e estufou as redes, marcando seu terceiro gol na partida. Dois minutos depois, Leandro Ferreira, que havia acabado de entrar no lugar de Kleber, terminou de matar o Leão.

Quebra de tabus...

A vitória do América quebrou algumas sequências na noite de terça-feira. Além do fim do jejum de quatro meses sem vitórias no Horto, o América ainda não havia vencido após a pausa para a Copa das Confederações. Outra sequência interrompida foi a de vitórias do Sport. Depois da pausa para a Copa, o Leão da Ilha do Retiro havia triunfado em todos os jogos desta Série B.

A grande esperança...

Se grandes times do futebol do país já estavam interessados no camisa 10 do Coelho, agora, devem buscar, de fato, a contratação do meia do América. Inter, Grêmio e Santos parecem dispostos a tirar o atleta dos planos do técnico Paulo Comelli. A diretoria nega que Rodriguinho esteja disponível para negociações. O armador é peça fundamental do elenco, e tem se mostrado a grande esperança do torcedor, para voltar à elite do futebol brasileiro.

Pronto, e menos brasileiro!

Vinícius Dias

Há pouco mais de dois meses, Felipão apresentou a lista de convocados para a Copa das Confederações. Entre os 23 nomes, 11 jogadores que atuavam no Brasil - três destes, Paulinho, Neymar e Fred, foram titulares durante toda a campanha. O número de atletas da casa era o maior em competições oficiais, desde 2003, quando Parreira levou 14 à França. Na 'era Dunga', o recorde foram cinco, em 2009. Com Mano Menezes, sete, em 2011, na Argentina.

Fred: único titular que atua no país
(Créditos: Wagner Carmo/Vipcomm)

Mas, antes mesmo de sua estreia na Copa das Confederações, Neymar, posteriormente eleito craque da competição foi vendido ao Barcelona. O gremista Fernando, reserva, seguiu caminho parecido, deixando a equipe rumo ao Shakhtar Donetsk. A uma semana da final diante da Espanha, o Corinthians negociou Paulinho com o Tottenham. Do time titular, apenas Fred segue no Brasil.

Apenas cinco...

Nesta terça-feira, 30, Felipão voltou a convocar a seleção. Com apenas cinco atletas que atuam no Brasil. Uma novidade da Europa: Maxwell, do PSG. O trio: Diego Cavallieri (Fluminense), Réver (Atlético) e Jadson (São Paulo) não está na lista, que conta com 20 nomes. O alvinegro Bernard, mais uma vez entre os convocados, deve ser o próximo a rumar daqui. A proposta do Shakhtar, de € 25 milhões, agrada a Kalil. A despedida pode ocorrer hoje.

Felipão caminha rumo a 2014, com poucas dúvidas.
Com um time mais pronto. E bem menos brasileiro!

Reforço a caminho?

Vinícius Dias

Destaque do Villa Nova, de Nova Lima, na disputa do último Campeonato Mineiro, o volante Marcelo Rosa Moura, de 22 anos, pode deixar o clube alvirrubro, em breve. Conforme apurou o Blog Toque Di Letra, o atleta, que teve parte dos seus direitos econômicos adquirida por um grupo de investidores, pode ser reforço do Atlético para a disputa do Campeonato Brasileiro.

De forma oficial, o clube não confirma nem desmente. "Nós não falamos sobre negociação com nenhum tipo de jogador. É estilo nosso. A gente não confirma nem desmente nada", afirmou o diretor de futebol Eduardo Maluf, em contato com o Blog Toque Di Letra. O empresário do atleta, Éverton Oliveira, não foi encontrado para comentar esta possibilidade de transferência.

Na pauta do rival

Natural de Ponte Nova, Marcelo Rosa foi apontado como a revelação do Campeonato Mineiro, em 2013. Formado nas categorias de base do Villa Nova, o volante também estaria na pauta do Cruzeiro e teve sondagens da Europa. Marcelo possui vínculo com o Leão do Bonfim até agosto de 2015.

Minas Gerais no topo

A semana foi de alegrias para celestes e atleticanos. Na quarta-feira, a equipe alvinegra venceu o Olimpia, por 2 a 0, e, nos pênaltis, garantiu a inédita conquista da Copa Libertadores. Após o 0 a 0 na etapa inicial, o avante Jô abriu o marcador logo no primeiro minuto da segunda etapa. O gol decisivo foi anotado pelo zagueiro Leonardo Silva aos 42 minutos. Na decisão por pênaltis, Victor defendeu a cobrança de Miranda, e Gimenez parou na trave.

Neste domingo, o clube da Toca da Raposa levou a melhor no confronto estadual. O Cruzeiro derrotou o Atlético, por 4 a 1, e manteve 100% de aproveitamento no Mineirão. Mesmo atuando com equipe reserva, o Galo saiu à frente, com gol de Alecsandro. A reação da Raposa, contudo, não tardou. Ainda no primeiro tempo, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart deixaram o estrelado azul à frente. E na segunda etapa, Nilton e Ricardo Goulart, de novo, deram números finais.

Dia do camisa 10...

Principal reforço para a temporada de 2013, Júlio Baptista se apresentou aos torcedores neste domingo, minutos antes do clássico no Mineirão. O meia-atacante, que vai vestir a camisa 10, chegou ao estádio rotulado como patrimônio do sócio-torcedor, blindado por um carro forte. "O que mais quero aqui é ajudar o Cruzeiro a conquistar títulos, a crescer ainda mais na história. Com trabalho e dedicação, a gente pode chegar ao que se propôs", afirmou.

...e das promessas

Nem mesmo a derrota para o Cruzeiro, por 4 a 1, reduziu a confiança do treinador Cuca no elenco atleticano. Poupando vários atletas titulares, o comandante alvinegro aproveitou para usar promessas das categorias de base, e aprovou o resultado. "Lançamos quatro meninos em um clássico. Mais tarde eles serão grandes jogadores. Hoje, fizeram a estreia em um clássico. E isso valeu demais, para eles e para o Atlético, mesmo com a derrota", pontuou.

Goulart: o artilheiro

O meia-atacante Ricardo Goulart foi o destaque azul estrelado no triunfo ante o rival Atlético, por 4 a 1, neste domingo, no Mineirão. Armador de origem, o camisa 31 do Cruzeiro se apresentou como centroavante, para marcar duas vezes. "Um jogador não pode saber somente uma função. O futebol de hoje pede que você aprenda duas ou três funções diferentes. Então, fico feliz por ter atuado bem como atacante", destacou o atleta, após a partida.

Horizonte azul celeste

Douglas Zimmer

Prontos para mais um clássico ou prontos para mais um jogo como outro qualquer? O Cruzeiro parece ter criado raízes na parte de cima da tabela e não deve mais sair daquela zona até o fim do campeonato. É muito cedo para dizer isso, mas a sequência que se iniciou contra o São Paulo e termina ante o Coritiba era vista como fundamental mesmo antes do Campeonato Brasileiro começar e, agora, isso está mais claro que nunca.

Depois de tirar a barriga da miséria na última rodada, voltamos nossas atenções para o Atlético-MG e precisamos encarar o jogo como se fosse um adversário qualquer, buscando o ataque e marcando sob pressão sempre. O alvinegro, mesmo com um time misto, tem vocação ofensiva e toque de bola incisivo. Se o meio campo cruzeirense souber neutralizar bem essa virtude adversária, será meio caminho andado.

Em maio, Raposa bateu Galo: 2 a 1
(Créditos: Juliana Flister/Vipcomm)

A veia passional de um clube deve ser, e é, muito mais forte na torcida, mas uma dose de brio também é recomendada aos jogadores e comissão técnica. Como profissionais, eles defendem os interesses de uma empresa e, ao verem essa empresa atacada ou exposta a certas situações como as que presenciamos durante os últimos dias, podem e, mais que isso, devem dar a resposta com trabalho. E se o trabalho for feito justamente em cima de quem a expôs, melhor ainda.

100% no Mineirão

Por mais que torcidas de lado a lado tentem esconder o nervosismo, nunca nem jamais um jogo entre esses dois times será normal. Se Cruzeiro e Atlético se enfrentarem por um torneio municipal de sinuca, ainda assim haverá torcida, corneta e zoação. Isso torna o confronto diferente. Entretanto, mesmo com toda essa atmosfera subentendida, quem estiver lá dentro de campo precisa encarar a partida com sabedoria e ajudar o time a manter os 100% de aproveitamento dentro do Mineirão.

Cruzeiro tem 100% no Mineirão
(Créditos: Juliana Flister/Vipcomm)

Marcelo Oliveira não fez charminho, e confirmou o time que vai começar o jogo. Não tenho nenhuma ressalva, até porque estamos em vias de liberar o DM completamente e, apesar dos pesares, as opções feitas pelo treinador são as melhores. Luan continua sendo o mais questionável, mas ganhou créditos depois da bela atuação na última rodada.

Clubismo a parte, acredito que, se a defesa não cometer erros infantis, o Cruzeiro tem totais condições de sair de campo com três pontos e manter o time no caminho certo. Jogadas aéreas para cima deles, na defesa e no ataque. Sem expulsões. Sem pilha. Aí é só questão de tempo.

Força, Cruzeiro!

Presente mais-que-alvinegro

Alisson Millo

Chega o clássico, e o Galo vem no embalo total. Em lua de mel com seu torcedor, o time do Atlético pega o Cruzeiro em jogo pela 9ª rodada do Brasileirão. Porém, é fato que a cabeça de todo atleticano continua bem longe do Campeonato Brasileiro.

Há exatos três dias, o Clube Atlético Mineiro, sim, o time tão zoado, de torcedor tão fanático, mas diversas vezes tão humilhado, conquistava a Copa Libertadores da América, espantando de vez piadas, chacotas dos rivais. Ronaldinho adicionou mais um título à sua nobre galeria, o goleiro santo Victor foi beatificado e, a seguir, canonizado. Diego Tardelli e Jô mandaram "recado" aos críticos. Enfim, nós lavamos a alma. De uma vez por todas.

Atlético chega ao topo da América
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Quase deu para esquecer que este texto deveria falar do clássico. Mas, para dizer a verdade, o duelo vai ser um momento de transição: a festa vai sair da rua e invadir a casa do adversário, uma vez que o mando de campo é da Raposa. Se o Galo ganhar, a festa volta a tomar as ruas de Belo Horizonte.

Mais três pontos...

A importância do jogo? Para o Atlético, ter mais três pontos na tabela. Para o atleticano nenhuma. Se você perguntar para o torcedor do Galo, com certeza, ele vai afirmar que se preocupou muito mais com a vitória conquistada na madrugada de quarta para quinta do que com o jogo de domingo. Mas não se enganem! Se ganhar, vamos comemorar mais... Um motivo a mais para festa!

Em maio, clássico valeu o Mineiro
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

O time que vai para campo não é aquele que fez o atleticano explodir de alegria. Mas isso não quer dizer que ele seja ruim. E na verdade, o time reserva do Galo é bem melhor que muitos times que já vestiram o manto sagrado!

O Mineirão sempre foi nosso. Hoje a América também é nossa. O placar deste domingo pouco nos importa diante da magnitude da conquista que alcançamos na última semana. Mesmo assim, tremei Cruzeiro e, por que não, tremei Guardiola!


Relato inédito traz detalhes do dia em que Telê Santana
defendeu o arquirrival do 'clube do coração' em Itabirito

Vinícius Dias

Apontado como um dos técnicos mais talentosos de todos os tempos, o itabiritense Telê Santana, que hoje completaria 82 anos, também obteve destaque em sua curta carreira como jogador. O corpo franzino, que lhe rendeu o apelido de 'Fio de Esperança', foi também símbolo de um ponta-direita ágil e engenhoso. Talento que encantou Itabirito logo aos 16 anos. De forma até inusitada, mas que marcaria a trajetória de um dos maiores nomes do esporte.

LEIA MAIS: Mestre Telê: além do futebol-arte

A revelação foi feita ao Blog Toque Di Letra por Renê Santana, filho do mestre. "Por natureza, eu sou curioso, gosto muito de história. A história do meu pai, principalmente, me interessa demais. E a gente vai ouvindo, sabendo dos episódios", fala. Foi assim, por acaso, hospedado na cidade durante carnaval nos anos 1990, que ele soube da passagem do pai pelo União Sport Club.

Década de 1940: Telê no Itabirense
(Créditos: Arquivo Pessoal/Renê Santana)

Antes, Telê havia atuado nos rivais Itabirense Esporte Clube, o clube do coração de sua família, e no Usina Esperança Futebol Clube. "Ele foi se destacando a tal ponto que teve uma partida importante do União, e os dirigentes quiseram que ele jogasse", pontua. "Fizeram um acordo com o Itabirense e o contrataram. Para colocá-lo na equipe, o treinador tirou o Edmundo, o centroavante", acrescenta. Foi o próprio Edmundo Mesquita quem contou a Renê.

Telê foi o destaque

"O técnico avisou a ele: 'olha, Edmundo, tem uns dirigentes que querem colocar um jogador (Telê Santana) aqui para jogar. E eu tenho que fazer isso'", fala o filho do mestre, citando o diálogo com o ex-companheiro do pai. Antevendo uma atuação discreta de Telê, o técnico ainda garantiu a participação do centroavante. "Ele joga um pouco e eu tiro. Você entra no lugar dele e joga o seu jogo". Foi o combinado tecido para atender ao desejo da diretoria.

'Mestre Telê' em visita à cidade natal
(Créditos: Arquivo Pessoal/Silvestre Martins)

O bom rendimento do jovem de 16 anos ao atuar no time profissional, no entanto, mudou o roteiro. A promessa não foi cumprida. Edmundo seguiu entre os reservas. "Ele ficou um pouco nervoso, mas, ao mesmo tempo, bem impressionado com aquele jogador, que estava surgindo na cidade", pontua Renê Santana. Um ano depois, Telê figurava entre os juvenis do Fluminense. O clube que defenderia durante 12 temporadas, acumulando nove conquistas.

Elogios de Silvestre

A memória de Telê Santana traz, ainda hoje, boas recordações para seu amigo Silvestre Martins Fernandes, de 80 anos. "Bendizer, fomos criados juntos e jogando futebol. Nos dias em que não havia treinos, ficávamos brincando de gol a gol", explica. "Adiante, nos separamos. Ele foi para o Fluminense, ficou lá bastante tempo. Depois, ele me ajudou, me chamou para o time juvenil. Foi um bom jogador, bom amigo, bom companheiro", conclui Silvestre.

Atlético, o dono da América!

Tiago de Melo

Após 120 minutos de partida e uma disputa nos pênaltis, o Clube Atlético Mineiro chegou ao primeiro título de Libertadores em sua história. O script foi exatamente o que todos esperavam: nervosismo, sofrimento, jogadores correndo como nunca, torcedores cantando do início ao fim, a completa agonia da massa atleticana antes do gol salvador, participação decisiva de Victor. Uma final com a cara do time treinado por Cuca.

Não apenas a forma pela qual o Atlético colocou as mãos na taça foi previsível. A partida em si teve o desenho que se projetava. O Olimpia se defendia, marcava Bernard e Ronaldinho de perto, e buscava os contra-ataques. O Galo fazia prevalecer o mando de campo, marcava por pressão e tentava sufocar o adversário.

Na etapa inicial, empate por 0 a 0
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

No primeiro tempo a estratégia dos paraguaios funcionou melhor que a dos brasileiros. Apesar de ter esmagadora liderança na posse de bola, o Atlético não conseguia criar boas oportunidades e esbarrava na defesa rival. Na verdade a grande chance dos primeiros 45 minutos foi do Olimpia, com Bareiro concluindo mal um ataque de grande perigo que poderia ter dado ao Decano a vantagem na primeira etapa.

Esperança nos pés de Jô

O Galo voltou para o segundo tempo com Rosinei no lugar de Pierre. A ideia era óbvia: dar mais agressividade à equipe alvinegra. Só não se esperava que o resultado chegasse tão rápido. No primeiro minuto após Wilmar Roldán apitar o reinício da partida, Rosinei centrou, Pittoni furou de forma constrangedora e Jô fuzilou o bom goleiro Martín Silva. O Atlético abria o placar. Agora só faltava mais um para levar a partida para a prorrogação.

Mas o sofrimento estava longe de acabar. O Galo seguiu pressionando o adversário, mas a bola parecia não querer entrar. A trave e o ótimo Martín Silva impediam a explosão da massa, que não parava de cantar na arquibancada. Para piorar, o Olimpia seguia ameaçando nos contra-ataques. Até que Ferreyra driblou Victor e escorregou antes de empurrar para as redes e sepultar todos os sonhos atleticanos.

'Eu acredito' foi o lema alvinegro
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Todos os que acompanharam a trajetória da equipe comandada por Cuca em 2013 sabiam que era a sorte do campeão se manifestando mais uma vez. A mesma que permitiu que Victor salvasse, com o pé, o pênalti que eliminaria o alvinegro no confronto contra o Tijuana. A mesma que empurrou o tiro certeiro de Guilherme para as redes do Newell's no fim da partida e que levou a experiente equipe argentina a desperdiçar três cobranças de pênalti.

Com a marca do capitão

E se alguém duvidava disso, veio logo a seguir a expulsão de Manzur, por falta duríssima em Alecsandro. Não cabia discussão: o Atlético estava destinado a vencer a Libertadores de 2013. E quando, no apagar das luzes da grande final, Leonardo Silva escorou cruzamento para finalmente marcar o segundo gol, tudo ficou claro. A explosão atleticana mostrava que aquela equipe jamais perderia a chance de conquistar o maior título da história do clube.

O que veio depois foi apenas consequência. O Galo teve outras chances, Réver acertou a trave de Silva, Alecsandro perdeu ótima chance, e o jogo foi para os pênaltis. Que apenas confirmaram o que todos àquela altura já estavam cansados de saber: nada no mundo tiraria a taça do Atlético.

Capitão Réver comemorou título
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

O Clube Atlético Mineiro nunca deixou de ser um time grande. Mesmo nos piores momentos, nunca deixou de ter uma torcida gigantesca e apaixonada, uma camisa de peso e uma tradição tão grande que sequer se pode medir. Mas havia algo atravessado na garganta de todos os fanáticos torcedores: faltava a grande conquista. Uma taça que significasse a atualização da grandeza do gigante alvinegro.

Agora, os atleticanos podem dormir em paz. A conquista tão sonhada chegou. Grandeza, tradição e camisa são um diálogo entre passado e presente. A história constrói tudo isso, mas essa história nunca pode deixar de ser feita. E o Galo mostrou na Libertadores 2013 que segue grande como sempre. Ou melhor: maior do que nunca!


Envolvidos na cobertura do Málaga exaltam a participação de
Baptista na épica campanha na Liga dos Campeões 2012/2013

Vinícius Dias

É oficial! Depois da saída de Diego Souza, o meia-atacante Júlio Baptista vai vestir a camisa 10 da Raposa. Com boas passagens por Sevilla, Real Madrid, Arsenal e Roma, o atleta, de 31 anos, volta ao futebol brasileiro após 11 temporadas na Europa. As três últimas, no Málaga, da Espanha. Onde demonstrou bom futebol, mas acumulou lesões. Na bagagem, Júlio traz o sonho de retornar à seleção, e disputar a Copa do Mundo em solo brasileiro, em 2014.

Com o acordo oficial, o Blog Toque Di Letra consultou dois profissionais envolvidos na cobertura jornalística do clube espanhol, a fim de traçar o perfil do novo reforço cruzeirense. Em ambos os depoimentos, destaque para a participação do atleta na campanha história do Málaga, eliminado nas quartas de final da Liga dos Campeões 2012/2013. 'La Bestia', agora, veste azul celeste.

Júlio Baptista vai vestir a 10 azul
(Créditos: Málaga C.F./Divulgação)
"Baptista chegou ao Málaga ajudando o time a se livrar do rebaixamento, fazendo nove gols em 11 partidas. E levou o clube à Champions no ano seguinte", assegurou Gustavo Bitencourt, responsável pelo perfil Málaga Brasil no microblog Twitter. "No torneio, o Málaga chegou às quartas de final, com Júlio Baptista sendo o dez e impressionando com o seu porte físico e a sua garra, fazendo jus a seu apelido: La Bestia", acrescentou Gustavo Bitencourt.

Uma nova realidade

A saída de Júlio Baptista é apenas mais um capítulo da nova realidade do Málaga, contou Javi Martín, da Metroradio Málaga. O time não disputará torneios continentais na temporada 2013/2014 em razão de uma punição imposta pela Uefa. "Júlio é um dos últimos grandes heróis do Málaga da Champions, que abandonará o time após a reestruturação que tem como consequência a redução do orçamento, de 150 milhões para 45 milhões", avaliou Martín.

De acordo com o jornalista espanhol, o Málaga ofereceu a Júlio Baptista uma redução de 60% em seus vencimentos para permanecer na equipe. "Porém, ele já não confia nas promessas dos dirigentes do time da Costa do Sol e preferiu assegurar o último grande contrato em sua terra natal, o Brasil", pontuou.

Números no Málaga

Com a camisa do Málaga, Júlio Baptista disputou 33 partidas, válidas por Liga dos Campeões e Campeonato Espanhol. O meia-atacante anotou 14 gols pelo clube, todos na disputa nacional. À época de sua contratação, cerca de € 2 milhões (R$ 5,9 milhões) foram investidos pelos espanhóis para tirá-lo da Roma.

Uma vez... até morrer!

Gaaalooo! Saudações, massa!

"É hoje!". Depois de tantos anos lutando, estamos frente a frente com a vitória. Para o Galo, conquistar uma taça nunca representou tanto como desta vez. A luta pela Libertadores é mais do que a luta por um título. O grito, que está guardado na garganta há anos, pode se libertar hoje... É cara, hoje. O pote de ouro, tão esperado, está ali e, se a noite perfeita acontecer outra vez, ele veste alvinegro.

Será festa, será loucura, será imenso e será Galo. Mas enquanto não é, devemos lutar até o fim. Dar este apoio que já comove toda a comissão técnica e jogadores. Pressionar o adversário, para que sinta-se pequeno perto do nosso Galo. Torcer como nunca. Assistir, das duas formas, esta paixão! A massa merece o presente.

Massa que sempre esteve do lado do Atlético Mineiro, do Galo Doido. Em qualquer hipótese. Em duelos bons, em duelos ruins e, com certeza, nos grandes caldeirões que 'sacudiram' a Libertadores. Fica o agradecimento gigante à torcida. Que fez de tudo: explodiu, vibrou, fez o chão tremer! Nos fez dar graças a Deus, pelo fato de sermos atleticanos. Deu orgulho vestir esse manto.

O gigante acordou...

Dará ainda mais se o título vier. Não para ficar esbanjando história. Mas para se libertar... Para quebrar os 'tabus' do Galo, do Kalil, do Cuca, do Ronaldinho, do Tardelli, de todo o mundo. Hoje, temos o melhor time do Brasil. Amanhã podemos ter o melhor da América. E o que fica de lição é que o Atlético é grande, independente de disputar ou não. Este time de jogadores acordou um gigante. O time e torcida são de arrepiar qualquer apaixonado.

Logo, reverter um 'placar difícil' se tornou pequeno, perto de tudo o que podemos conquistar. Será, sim, difícil. Muito. Precisaremos dos 60 mil em cima o tempo inteiro. Queremos ver um time com raça, como vai ser, em toda a partida. E, se Deus quiser, que os nossos heróis sejam nomeados nesta quarta-feira.

Ao final, serão mais gritos de 'Atlético, gostamos muito de você'. Pois, o 'Galo é amor, não é simpatia'. E 'quem ficar parado', não é Galo. Quem é Galo, sabe que aqui é com 'raça e orgulho para vencer'. E para 'honrar o nome de Minas' é Clube Atlético Mineiro!

Uma vez... até morrer!

Na semana decisiva

A semana do clássico mineiro inicia com emoções distintas para os rivais Cruzeiro e Atlético. O time da Toca da Raposa celebra a vitória contra o São Paulo, por 3 a 0, no sábado, que pôs fim a um tabu de dez anos no Morumbi. Do lado oposto, o atleticano sabe a importância do duelo, mas mantém foco total na decisão da Copa Libertadores. Nesta quarta-feira, cerca de 60 mil vozes vão empurrar o Atlético, no Mineirão, em busca da inédita conquista.

Sob gritos de 'eu acredito', o clube mantém a expectativa de reverter a vantagem conquistada pelo Olimpia, no embate de ida. Em Assunção, os paraguaios bateram a equipe alvinegra, por 2 a 0, com gols de Alejandro Silva e Wilson Pittoni. Ausente do primeiro duelo, o jovem meia-atacante Bernard tem volta ao time titular garantida. Enquanto os laterais Marcos Rocha e Richarlyson, suspensos, são desfalques. No dia 22, a esperança terá tons alvinegros.

'Ele é o cara', diz Cuca

"É o cara que mais confiança tenho para nos dar o título. O torcedor tem que ter essa confiança nele. O craque é diferenciado nessas horas e, na quarta-feira, o jogo é dele", pontuou o técnico Cuca, sobre o camisa 10 Ronaldinho Gaúcho. Campeão da Copa do Mundo, em 2002, da Copa dos Campeões da Europa, em 2006, e duas vezes o 'melhor do planeta', R10 busca o inédito título da Copa Libertadores. "É nossa referência", avaliou Cuca, em coletiva.

Um, dois, três... Luan!

Três vezes Luan! Com boa atuação do atacante, o Cruzeiro bateu o São Paulo, por 3 a 0, no Morumbi. Dez anos após o último triunfo no estádio, em duelos válidos por Campeonatos Brasileiros. Substituto de Dagoberto, lesionado, Luan chegou a cinco gols com a camisa estrelada. E festejou. "Durante o trabalho, venho sempre treinando firme, para que na hora do jogo eu possa conseguir os objetivos", contou. O camisa 88 deve seguir como titular no clássico.

Botafogo na liderança

O Brasileiro tem novo líder! Com a vitória ante o Náutico, por 2 a 0, e 16 pontos somados em oito partidas, o Botafogo figura na ponta da tabela. No próximo domingo, o alvinegro carioca volta a campo, para enfrentar o rival Flamengo. E ainda mais motivado, de acordo com o atacante Rafael Marques. "Nada melhor que olhar pela manhã, e ver o Botafogo líder. É a resposta do nosso trabalho. É bom. Dá mais motivação e confiança para trabalhar", disse.

Atenção: vôo autorizado!

Gabriel Contin

Três gols do Luan, isso mesmo, do Luan! Quebra do tabu de nove anos sem derrotar o São Paulo pelo Campeonato Brasileiro - dez no Morumbi. Mesmo errando diversos passes e, muitas vezes, 'sonolento' durante a partida, o Cruzeiro mostrou ontem, na vitória por 3 a 0 ante o tricolor paulista, que possui um elenco de qualidade e um time bem encaixado para almejar uma conquista até o fim desta temporada.

Ainda desfalcado de seus principais avantes, Marcelo Oliveira mandou a campo um quarteto ofensivo inédito: Ricardo Goulart, destaque contra o Naútico, substituiu Diego Souza e jogou como armador ao centro. Luan, que retornava após suspensão, fez o lado esquerdo auxiliando Egídio na marcação. Evérton Ribeiro ocupando o lado direito e Vinícius Araújo, de centroavante, completavam o setor. A princípio, funcionavam bem. Mas, os erros de passe e a lentidão fizeram com que o São Paulo dominasse a posse de bola.

Luan: grande destaque da partida
(Créditos: Washington Alves/Vipcomm)

Deixo neste parágrafo o espaço, com merecimento, a Bruno Rodrigo, que tem calado a boca de muitos, e Mayke, que tomou conta do lado direito. Agora, tirá-lo será incoerência. Dedé, mesmo ainda 'vacilando' em alguns lances, é um ótimo zagueiro e deu muita qualidade à zaga. Egídio vem se destacando por boa participação ofensiva. A dupla de volantes, Nilton e Souza, faz um trabalho muito interessante, com harmonia na marcação e na saída de bola.

Rotatividade no grupo

Até o momento, o Cruzeiro faz uma boa campanha neste ano. O técnico Marcelo Oliveira vem sabendo dosar a "rotatividade" no elenco, entre os garotos e atletas mais experientes. O time vai tomando corpo, corpo de gente grande. Possui um dos elencos mais técnicos do futebol brasileiro, após um excelente trabalho da ousada diretoria. Se vai ganhar algo, não podemos cravar. Mas, não tenho dúvidas de que "o Cruzeiro voltou a ser Cruzeiro".

Willian: bom reforço...

Apresentado durante a última semana, Willian é um reforço interessante para o restante da temporada. O atacante tem um estilo muito parecido com o Dagoberto. Meu time, com todos os jogadores à disposição, seria: Fábio; Mayke, Dedé, Bruno Rodrigo e Egídio; Nilton, Souza, Éverton Ribeiro e Willian; Dagoberto e Borges.

Na estrada rumo ao tri

Salve, China Azul!

Todo bom motorista sabe que em dias de muita chuva é preciso ter muito cuidado ao trafegar em alta velocidade pelas pistas de asfalto devido à probabilidade de se protagonizar o fenômeno conhecido como aquaplanagem. É quando os pneus do carro perdem atrito com a pista e o veículo pode se desgovernar e se lançar perigosamente para os lados, sem que o motorista possa controlar sua direção.

Para evitar esse tipo de situação, ao atingir uma poça que possa causar tal transtorno, é recomendado que o motorista procure manter o carro na mesma velocidade, sem pânico. Frear ou acelerar pode trazer consequências drásticas. E eis que o Cruzeiro vem guiando seu carro razoavelmente bem e em uma velocidade até alta. Mas o Campeonato Brasileiro é uma pista traiçoeira que esconde vários perigos. Um desses perigos se chama São Paulo. Ele está disfarçado de poça d’água e se encontra exatamente no nosso caminho.

Metáforas à parte, o jogo deste sábado servirá para testar a casca do time criado por Marcelo Oliveira. Depois de sete meses de trabalho, com poucos testes realmente exigentes, é chegada a hora de ver se nosso motorista vai saber lidar com a estrada. Se o Cruzeiro tira o pé e cede ao esquema do SPFC, fatalmente será envolvido. Se quiser acelerar para aproveitar a má fase do adversário e forçar a barra, pode ir com muita sede ao pote e sair do caminho de maneira violenta.

Elenco é aprovado

Agora, se o time como um todo ainda não passou por muitas provações em 2013, o mesmo não pode se dizer do elenco. Independente da força e da qualidade técnica do adversário, a Raposa conseguiu manter ao longo destes sete meses certa regularidade quanto à desenvoltura em campo, apesar dos desfalques e testes feitos pelo treinador.

A estrada até a 38ª rodada do Campeonato Brasileiro ainda é longa, entretanto as próximas curvas serão decisivas para que o Cruzeiro defina suas pretensões. Uma sequência de jogos difíceis e a chance de se estabelecer no pelotão de frente. Mantendo o ritmo, contornando os obstáculos e não metendo o pé no freio na primeira poça d’água que aparecer.  

Força, Cruzeiro!

Três motivos para crer

Tiago de Melo

Há clubes que estão mais acostumados a sofrer do que outros. Não apenas o sofrimento das derrotas ou das vitórias dos rivais, pois isso é algo que todo torcedor conhece. Mas há agremiações que sofrem mesmo quando ganham. E assim tem sido a vida do Atlético. Sofre até quando ganha. A explosão da vitória coroa horas de desespero, como aconteceu nos confrontos contra Tijuana e Newell's pela Libertadores. E o Galo precisará repetir a façanha para chegar ao almejado título continental.

E a partida não começou mal para o alvinegro mineiro. Ronaldinho e Jô estavam apagados, mas Tardelli tinha boa atuação e levava perigo à meta adversária. A defesa atleticana também sofria, em particular com a vantagem que Salgueiro levava sobre Pierre. Mas o jogo era de muita correria, com ambas as equipes atacando e levando perigo.

Mas aos 22 minutos a situação mudou, quando Alejandro Silva passou por Richarlyson, entrou na diagonal sem ser marcado e bateu para vencer Victor. O Olimpia, mais que abrir vantagem no placar, se tornou senhor do jogo. A segunda metade do primeiro tempo foi completamente controlada pelo Decano. Perdido em campo, o Galo deu graças a Deus quando o primeiro tempo terminou com a vantagem mínima para o rival.

Olimpia derrotou o Galo por 2 a 0
(Créditos: Club Olimpia/Divulgação)

No segundo tempo, o time da casa voltou com um terceiro atacante: Ferreyra, sinal de que a expectativa era matar o confronto logo na primeira partida. Mas após um início forte, o Olimpia perdeu força. O Atlético começou a tocar a bola e atacar. Mas sofria muito com a falta de Bernard, e com as péssimas atuações de Jô e Ronaldinho. Tardelli era o único a levar perigo à meta paraguaia.

No fim, Olimpia marca

Nos dez minutos finais, o Decano voltou a crescer, impulsionado pela torcida e por ter um jogador a mais, graças à expulsão estúpida de Richarlysson. Ferreyra e Bareiro perderam chances inacreditáveis, ambas sem goleiro. E quando o jogo chegava ao fim veio o grande castigo. Pittoni cobrou falta com perfeição e ampliou a vantagem do Olimpia no último lance do jogo.

Certamente, o torcedor atleticano foi dormir decepcionado com o rendimento de sua equipe, e com medo de perder a Libertadores. Mas há ao menos três motivos para seguir acreditando no título: 1) o Atlético reverteu situação semelhante contra um rival mais forte na semifinal; 2) na final não há o critério de desempate pelo gol fora de casa; 3) a última vez que uma equipe perdeu a primeira partida da final da Libertadores por 2 a 0 e saiu campeã foi em 1989. O vencedor foi o Atlético Nacional, da Colômbia. O perdedor? O Olimpia.

OLIMPIA: Silva, Julio Manzur, Miranda e Candia; Silva, Aranda, Giménez (Ferreyra), Pittoni e Benítez; Salgueiro (Paredes) e Bareiro (Prono).

ATLÉTICO: Victor, Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva e Richarlyson; Pierre e Josué; Luan (Rosinei), Ronaldinho (Guilherme) e Diego Tardelli; Jô (Alecsandro).