2º maior artilheiro da história alvinegra, ex-atacante diz
que
rival é o melhor time do país, mas coloca título como certeza
Vinícius Dias
Desde o último jogo de Dario José dos
Santos com a camisa atleticana, já se passaram três décadas e meia. Mas,
seguindo o ditado que afirma que "quem foi rei, nunca perde a
majestade", o longo tempo é apenas detalhe nesse caso de amor. Em 290
partidas pelo clube mineiro, Dadá Maravilha marcou 211 vezes. Números que o
colocam como 2º maior da história do Galo quando o assunto é bola na rede -
atrás somente de Reinaldo. Mas que, ainda assim, não são suficientes para
expressar o compasso entre o ídolo e a massa. Sua massa!
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Aos 68 anos, o eterno camisa 9 do
título brasileiro de 1971 será mais um entre os milhares de atleticanos na
torcida pelo título inédito. "Esse jogo, para mim, é um jogo cheio de
coincidências", fala Dadá. O ex-atacante se remete à vitória sobre o Cruzeiro,
por 2 a 1, em jogo pela 11ª rodada do Mineiro de 1970. Em um Mineirão com mais
de 106 mil torcedores, os dois gols marcados pelo centroavante abriram caminho
para o título do Atlético depois de sete anos.
Dadá: mais um entre a massa alvinegra (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
"Foi nessa época que eu lancei o
apelido Dadá. Dario não era comercial, e resolvi começar a usar Dadá... A
torcida do Cruzeiro pegou muito no pé, alguns jogadores do Atlético queriam
(que eu usasse) Dario", rememora. Insistente, viu a Raposa abrir o placar,
mas manteve a promessa de fazer dois gols. "O torcedor do Cruzeiro estava
me vaiando. Eu fui à beirada do campo e disse: 'esperem um pouco'".
O primeiro tento veio ainda na etapa inicial: 1 a 1.
Em 1970: ali surgia Dadá
Na segunda etapa, Dario recebeu
lançamento de Vantuir, venceu os dois zagueiros celestes, driblou Raul e
decretou a virada. "Vocês podem falar o que quiserem, a partir de hoje
será Dadá". Foram as palavras do camisa 9 após o clássico, que classifica
como o mais especial. "Marcou o fato de eu ter feito dois gols contra
aquele Cruzeiro, que era uma máquina de jogar futebol e não perdia para o
Atlético (em jogos pelo Mineiro) há seis anos", justifica o ex-jogador.
Dadá ao lado de Ronaldinho Gaúcho (Créditos: Ana Carolina Fontana/Secopa MG) |
A situação, hoje, é bem diferente. Em
seis clássicos disputados na atual temporada, o Atlético ganhou três e outros
três terminaram empatados. Nos últimos duelos, três vitórias do Atlético: por 2
a 1, 3 a 2 e 2 a 0, respectivamente. Números que fazem o antigo ídolo ter
certeza do título alvinegro. "Eu tenho certeza... Porque o Cruzeiro, se a gente
analisar, é o melhor time do país, todo mundo sabe. Só que o Cruzeiro treme
contra o Atlético", opina Dadá.
Esperança em 'Rei Carlos'
A confiança faz o ex-atacante
apontar, inclusive, o possível herói. "Hoje, o nome mais famoso do
Atlético não é Victor nem Tardelli. É Luan. Mas eu aposto na estrela do
Carlos, a quem eu chamo de 'Rei Carlos'", observa. "Desde a base ele sempre
foi muito bem contra o Cruzeiro". Na opinião de Dadá Maravilha, o Atlético
entra em campo 'vencendo por 3 a 0'. "Os dois gols marcados na ida, mais o
gol do Carlos no Mineirão, que, para mim, é garantido", acrescenta.
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