Clássico da regularidade

Vinícius Dias

A noite de quarta-feira foi de comemoração no Mineirão. De dois lados, de dois campeões e de três cores. O branco prevaleceu. Somado ao preto na festa do Atlético, irretocável nas duas partidas da final, justo campeão da Copa do Brasil. Somado ao azul na festa do Cruzeiro, time mais regular da temporada, campeão brasileiro. Uma ode a dois anos inesquecíveis para o futebol mineiro.


Se após o apito final ambos tinham motivos para festejar, durante os 180 minutos de jogo, só o alvinegro sorriu, com justiça. Menos porque a sorte também sorria para ele. Muito mais porque lutou, correu, teve Jemerson e Leonardo Silva quase perfeitos, Marcos Rocha, bem com mãos e pés e, na frente, Dátolo, Diego Tardelli e Luan inspiradíssimos. Roteiro digno de um elenco campeão.

Tardelli comemora: Atlético é campeão
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Assim foi, quase de cinema. Com uma trilha também à altura, baseada no tradicional 'eu acredito'. Com duas viradas quase inacreditáveis diante de Corinthians e Flamengo, históricos algozes alvinegros, rabiscadas à luz do conceito de atleticano, que acredita, sofre, se entrega e, nos últimos dois anos, também aplaude, comemora. Copa Libertadores, Recopa e Copa do Brasil sabem bem disso.

O título se explica pela regularidade contra o regular Cruzeiro.
Foram sete jogos no ano, nenhuma derrota e quatro vitórias.

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