Douglas Zimmer
Salve, China Azul!
Começou na última quarta-feira a Libertadores da
América para o Cruzeiro. Depois de uma série de mudanças no elenco e no time
principal, finalmente o torcedor poderá ver como a equipe de Marcelo Oliveira
vai se comportar diante de desafios maiores do que os que o Campeonato Mineiro
tende a proporcionar. E a primeira parada foi logo na altitude de Sucre, na
Bolívia, onde a Raposa enfrentou o Universitário.
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Se o empate foi um tanto quanto frustrante, o
mesmo não podemos dizer da atuação da equipe. Sempre achei esse lance de
altitude um pouco de lenda, mas, mesmo assim, dizem que o efeito sobre o corpo
humano é realmente forte. Portanto, gostei de ver que o time se comportou bem
quanto a isso. Tirando um ou outro jogador, a maioria, aparentemente, estava
dosando o ritmo e conseguiu 'dar o gás' quando preciso. A única coisa que ficou
clara foi a falta de tato para bater na bola. Vários passes errados abortaram
diversas chances de ataque.
Raposa teve apoio da torcida na Bolívia (Créditos: Freddy Perez/Light Press) |
No geral, o Cruzeiro igualou o jogo de maneira
tranquila e só não saiu com os três pontos porque faltou um pouco de capricho
nas finalizações e no chamado 'último passe'. A defesa, quando exigida, foi
segura. Quando o Universitário arriscou de longe ou por cima, Fábio desempenhou
um papel impecável. A primeira impressão é de que o time está mais focado, mais
compenetrado.
'Ajustes'
no meio-campo
De Arrascaeta foi quem mais sentiu o ar rarefeito
e, muito marcado, não conseguiu repetir as grandes atuações que fez até aqui.
Nada que seja motivo de crítica mais severa. Somente observação pontual. O que
leva a crer que, quando o entrosamento estiver mais apurado, o uruguaio terá mais ajuda na hora de armar, com Willian e Marquinhos acompanhando as jogadas e
encostando, ora no meia, ora em Leandro Damião, para que o time chegue com mais
gente à área adversária.
Henrique conduz a bola no meio-campo (Créditos: Freddy Perez/Light Press) |
Marcelo Oliveira fez as alterações seguindo sua
linha de trabalho, mas o resultado delas não foi mais eficiente porque Joel, 'o
Cruel', entrou com vontade demais e acabou acertando de forma perigosa o
jogador do time boliviano quando estava há apenas seis minutos em campo.
Resultado: expulsão e a mudança nos planos. O Cruzeiro passou a cadenciar mais
o jogo e a valorizar o ponto conquistado fora de casa.
Estreia
em Belo Horizonte
O próximo compromisso pela Libertadores será na
próxima terça-feira, diante do Huracán, da Argentina, no Mineirão. O Cruzeiro
tem chances enormes de conquistar a primeira vitória e abrir vantagem na busca
pela classificação para a próxima fase.
Força, Cruzeiro!