Sai Kalil, entra Nepomuceno

Vinícius Dias

A cerca de três meses das eleições que indicarão o presidente do Atlético para o triênio 2015/2017, o grupo político de situação, que é comandado pelo presidente Alexandre Kalil, já definiu seu candidato. Será o advogado Daniel Nepomuceno, que, desde 2008, ocupa a vice-presidência alvinegra. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, a tendência é de que não haja chapa de oposição.


Com a definição de Nepomuceno como cabeça de chapa, três conselheiros disputam a indicação para a vice-presidência. O favorito, por ora, é Manuel Saramago, desembargador do TJMG, que mantém bom trânsito com Kalil. Correm por fora os nomes de Adriana Branco e Rodolfo Gropen, que, no entanto, devem ser mantidos nas diretorias de planejamento e executiva, respectivamente.

Daniel Nepomuceno: o sucessor de Kalil
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Daniel, 36 anos, é bacharel em Direito, pós-graduado em Ciência Política e vereador (PSB) em Belo Horizonte. Presidente municipal do partido, Daniel era um dos principais incentivadores da candidatura de Kalil à Câmara dos Deputados e chegou a se inscrever como candidato a deputado estadual. Ambos, porém, desistiram de concorrer.

Palestra sem italianos...

Vinícius Dias

Palestra Itália até 1942, o Cruzeiro seguirá sem italianos na alta cúpula. Último presidente ítalo-brasileiro e um dos personagens mais influentes da bancada italiana, César Masci, que esteve à frente do clube entre 1991 e 1994, afirmou ao Blog Toque Di Letra que sugeriu o nome de Anísio Ciscotto, presidente do Conselho Fiscal, para ocupar a segunda vice-presidência no triênio 2015/2017.

Anísio presenteia embaixador italiano
(Créditos: Arquivo Pessoal/Anísio Ciscotto)

A vaga, que hoje cabe a Márcio Rodrigues, no entanto, deve ser herdada por José Francisco Lemos, atual vice-presidente administrativo do clube. Rodrigues seria alçado ao cargo de primeiro vice, que há três anos é de José Maria Fialho. A despeito disso, Masci, Ciscotto e a bancada italiana apoiam Gilvan nas eleições do dia 09.


Sucesso do presidente celeste une famílias históricas, como
Perrella, Brandi e Masci, nas eleições do dia 09 de outubro

Vinícius Dias

A boa fase do Cruzeiro nos gramados é confirmada, fora deles, pela união em prol da reeleição de Gilvan de Pinho Tavares. Nos últimos dias, o Blog Toque Di Letra contatou 12 conselheiros do clube azul - entre os quais dois ex-presidentes -, que foram unânimes em garantir total apoio ao atual presidente. A dois dias do fim do prazo para registro de chapas, a chance de haver uma candidatura de oposição nas eleições do dia 09 de outubro está praticamente descartada.


A chapa encabeçada por Gilvan será oficializada na segunda-feira, dia 29. Nos bastidores, comenta-se que a composição das vice-presidências será alterada para o triênio 2015/2017. O atual segundo vice, Márcio Rodrigues, deve ocupar a posição de primeiro vice. "Primeiro a gente é Cruzeiro, depois somos Gilvan. É parceria total", disse, sem confirmar a informação. Márcio revelou que deseja seguir à frente da base azul. "São três anos de experiência e queremos aprimorar o trabalho".

Márcio, à esquerda, deve ser o 1º vice
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Divulgação)

O posto, atualmente, é de José Maria Fialho, que deve ser comunicado da mudança nas próximas horas. "Ainda não conversei com o presidente. Ele me procurou nesta semana, mas, pelo fato de eu estar viajando, não tive tempo de falar com ele. Não sei o assunto", pontuou ao Blog. "A ideia é somar, não dividir", disse, garantindo apoio irrestrito a Gilvan. Atual vice-presidente administrativo do clube, José Francisco Lemos deve herdar de Márcio a vaga de segundo vice.

Zezé Perrella: 'Esperava isso'

Principal apoiador de Tavares no pleito de 2011, Zezé Perrella é só elogios ao antigo aliado. "Eu esperava isso e fico muito orgulhoso de ter indicado uma pessoa que está tendo sucesso. No momento, acho que (Gilvan) é o melhor candidato para o Cruzeiro", disse o senador. "Não existe oposição quando o trabalho está sendo bem feito", acrescentou Rafael, filho do ex-presidente Felício Brandi.

Gilvan seguirá à frente do clube celeste
(Créditos: Pedro Vilela/Vipcomm)

O título em 2013 e a liderança no Brasileiro de 2014 foram os argumentos que minaram possíveis concorrentes. "Conversei com Gilvan sobre isso há poucos dias. Não justifica (a candidatura). O trabalho dele é espetacular e tem total apoio", assegurou Antônio Claret, candidato a vice na chapa de oposição em 2011. O ex-presidente César Masci adotou o tom de Claret, a quem apoiou na eleição anterior. "O Dr. Gilvan está muito bem. Não tenho nenhuma intenção de disputar (eleição) nem de interferir na formação de chapa nenhuma".

Gilvan de A a Z no Conselho

Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, no início de 2013 foi citada a possibilidade de o ex-presidente Alvimar Perrella voltar à cena política ao lado de José Maria Fialho, que, meses antes, havia deixado o posto de vice-presidente de futebol. "Hoje não há espaço para isso. Alvimar é tão cruzeirense quanto eu. Nós queremos o bem do Cruzeiro, então Gilvan vai ter o nosso apoio. No futuro, se o clube necessitar, podemos até voltar", afirmou seu irmão Zezé. "(A oposição) seria um mal enorme para a instituição, e não é o que queremos", completou Fialho.

Perrella descartou ser oposição a Gilvan
(Créditos: Washington Alves/Vipcomm)

O presidente para o triênio 2015/2017 será definido em reunião ordinária, no dia 09 de outubro. Ao todo, 495 conselheiros estão aptos a participar do pleito, sendo 264 natos (vitalícios), 217 associados conselheiros (têm mandato por um triênio, em vigor até 31 de dezembro) e 14 beneméritos (ex-presidentes do clube e Conselho), que possuem peso único. Caso não haja chapa de oposição, Gilvan será reeleito por aclamação, a exemplo da vitória de Zezé Perrella em 1999.

Punição a quem merece!

Vinícius Dias

Cinco gols, heróis, vilões e emoção até os minutos finais. Foi o clássico do garoto Carlos, autor de dois gols e peça-chave na vitória do Atlético, e de Alisson, fundamental para a reação celeste. Quem foi ao Mineirão assistiu, de perto, a mais uma tarde inspirada do ótimo Diego Tardelli. Viu ainda a melhor exibição do brilhante Éverton Ribeiro, seu companheiro de seleção brasileira, diante do rival.


Mas foi, também, um clássico que começou com o registro de pelo menos três atleticanos feridos enquanto esperavam o transporte para o estádio. De confronto entre torcedores e policiais militares, com registro de uso de bombas, 11 prisões e 60 feridos.

Levir pede calma ao torcedor alvinegro
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Depois de quase dez meses - em dezembro, a festa do título brasileiro foi cancelada depois de um embate entre organizadas do Cruzeiro ao final da partida contra o Bahia -, o futebol mineiro volta a ser assunto em páginas policiais. Abaixo, reproduzo o questionamento publicado, neste blog, dois dias após aquele incidente.

"O futebol deveria ser diversão, um raro motivo para deixar o conforto de casa aos domingos. Deveria! Pois o cenário desanima. Está tudo errado. Claro, escrevendo parece fácil. Mas, tenho certeza, algo pode (e deve) ser trabalhado e discutido. Mãos cruzadas, impunidade e crime, mesmo não literalmente, rimam. Até quando?"

E, agora, completo:

Quem se sente no direito de agredir o outro simplesmente por vestir uma camisa de cores diferentes, seja ela de equipe A ou B, não é torcedor. É criminoso. E deve ser punido!


Torcedor que acompanha o dia a dia do clube celeste há 24
anos recorda histórias de amizade com atletas e dirigentes

Vinícius Dias

Quase sempre, ele é um dos primeiros a chegar à Toca da Raposa II. Em sua relação de amigos e conhecidos, figuram nomes como os de Ronaldo Fenômeno, Ricardo Goulart e Fábio. Apesar da proximidade física, Rodrigo Antônio dos Santos Freitas, de 32 anos, desconhece o luxo que marca a vida dos jogadores de futebol. No visual do popular Buiú, glamour e belas chuteiras dão espaço a roupas desgastadas pela ação do tempo. "Quando não venho aqui na Toca, parece que eu perdi o dia, porque o meu lugar é aqui", observa.


O cruzeirense, que acompanha o dia a dia da equipe desde 1990, quando ainda tinha oito anos, teve o braço direito amputado em 1994. "Fui subir num ônibus, o motorista arrancou, e caí no degrau. A roda veio na minha cabeça. Graças a Deus, eu consegui desviá-la, mas, na hora que ia tirar o braço, a roda passou por cima", relembra. Aposentado por invalidez, Buiú trata o CT do clube como sua segunda casa. "Quando o pessoal viaja, fico sem saber para onde vou", conta.

Buiú faz da Toca a sua 'segunda casa'
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

Em dias de treinos, alegria é sentimento estampado no rosto do torcedor, que reside em um bairro na Região da Pampulha. "Já entrei (no CT), mas prefiro ficar aqui, do lado de fora, porque gosto de auxiliar para ninguém fazer 'bagunça'", conta. Mesmo com uma vida sem regalias, Buiú costuma frequentar o Mineirão. Para driblar o alto preço dos ingressos, recorre aos velhos amigos da Toca. "Às vezes, eles me dão. Valdir Barbosa, diretoria", conta, com o bom humor tradicional.

Fábio: ídolo e companheiro

Dono de uma lista de amigos invejável, o torcedor destaca a ótima relação com o goleiro Fábio, que, durante dois anos, o ajudou a custear o aluguel do cômodo onde mora. "Hoje, cheguei perto dele e falei que não precisava mais, mas sempre que eu preciso ele me dá a mão, ele me ajuda". Com o avançar do diálogo, ainda surgem nomes como o do atacante Dagoberto. Para Buiú, mais do que ídolos, parceiros. "A alegria deles é minha alegria", conta, confiante no tetra nacional.

Capitão é tratado por Buiú como amigo
(Créditos: Gualter Naves/Light Press/Textual)

No embate deste domingo, a paixão pelo Cruzeiro vai colocar Buiú no lado oposto ao de um de seus grandes amigos no futebol: o diretor de futebol atleticano Eduardo Maluf. "O Malufão é meu pai", diz, antes de minimizar o cenário de rivalidade. "A amizade é assim. Eu sou cruzeirense, ele está no Atlético. Não gosto dessa história de torcidas brigarem, por que isso gera muitos crimes. Tenho amigos no Atlético, América. Em geral, quem passa por aqui é amizade que se faz".

Homenagem de Maurinho

Os trejeitos de Buiú já valeram de inspiração para a comemoração de gol. Depois de abrir o placar no duelo contra o Juventude, pela 37ª rodada do Brasileiro de 2003, o lateral-direito Maurinho homenageou o torcedor. "Ele pôs o braço para dentro da camisa para comemorar aquele gol. Quando perguntaram a ele para quem tinha sido o gol, ele falou que era para mim", lembra. "Eu estava no Mineirão e fiquei emocionado. Tenho muita saudade do Maurinho", acrescenta.

'O negócio é viver o Cruzeiro', diz Buiú
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

A saudade entrecorta o tempo. Contempla de Ronaldo Fenômeno, que ele conheceu quando começou a frequentar o clube, Paulinho McLaren e Célio Lúcio ao ex-goleiro Andrey. "São todos amigos que fiz", registra. E ainda comenta a oportunidade que teve, em agosto, de rever o ex-goleiro Paulo César Borges, que defendeu o clube nos anos 1980 e 1990. "O negócio é viver a vida, vivendo o Cruzeiro Esporte Clube sempre", conclui, um tanto quanto esperançoso.


Com 171 partidas com a camisa do Galo, camisa 3 se aproxima
de recorde que, atualmente, pertence ao companheiro Réver

Ricardo Diniz

A princípio, ele quase se tornou vilão na campanha da conquista da Copa Libertadores, em 2013, depois de ter cometido pênalti nos acréscimos da partida contra o Tijuana. Um gol àquele momento confirmaria a eliminação alvinegra. Mas o goleiro Victor defendeu a cobrança de Riascos e permitiu que o Atlético avançasse no torneio. Depois, na decisão diante do Olimpia, Leonardo Silva se transformou em herói, marcando o gol mais importante de sua carreira.
                                                 

Quando o placar do Mineirão mostrava 1 a 0 para o Galo - que havia sido derrotado no duelo de ida, em Assunção, por 2 a 0 -, o camisa 3 marcou, de cabeça. Com o resultado, o jogo foi para a prorrogação e, na sequência, para a disputa por pênaltis. Na memorável noite de 24 de julho de 2013, Leonardo Silva entraria, para nunca mais sair, para a história do campeão Clube Atlético Mineiro.

Leonardo Silva: em busca de recorde
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Desde que chegou ao clube, vindo do arquirrival Cruzeiro, Leonardo Silva disputou 171 partidas com a camisa alvinegra e fez 18 gols. Número que coloca o atual capitão na lista de defensores que mais marcaram gols pelo clube mineiro. À frente de Leonardo aparecem o recordista Réver, com 22 gols, Luizinho, que marcou 21 vezes; e William de Assis, que balançou as redes em 19 ocasiões.
                   
Foco no coletivo

Aos 35 anos, ele põe o sucesso coletivo à frente do recorde. "Não estou preocupado com isso, não. Estou preocupado em sempre, devagarzinho, ajudar o Atlético quando ele precisar. Esse é meu interesse. Acho que as coisas vão acontecendo naturalmente, sem pressão", afirmou o camisa 3, deixando claro o desejo de renovar seu vínculo com o clube. "Ficarei mais tempo no Atlético".


Empresário do atleta garante já ter mantido contato com o
Libertad em busca de reempréstimo; Cruzeiro não comenta

Vinícius Dias

Mesmo abalado pela lesão no joelho esquerdo, que vai deixá-lo longe dos gramados por cerca de seis semanas, o paraguaio Samúdio não pensa em deixar a Toca da Raposa tão cedo. Emprestado ao Cruzeiro pelo Libertad, do Paraguai, até dezembro, o lateral-esquerdo tem despertado o interesse de vários clubes brasileiros. A preferência, no entanto, é seguir vestindo a camisa celeste em 2015.


"Ele está muito satisfeito e quer ser campeão da Copa Libertadores e do Brasileiro pelo Cruzeiro, que é um clube fantástico", pontuou o agente do jogador, Miguel González Zelada, ao Blog Toque Di Letra. Samúdio tem vínculo com o Libertad até dezembro de 2015. A ideia, segundo Zelada, é renovar com a equipe paraguaia por mais um ano e, assim, reemprestá-lo ao clube celeste. "Nós já falamos com o Libertad e pedimos a renovação", revelou o agente.

Samúdio: por títulos, lateral quer renovar
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Divulgação)

Apesar de, nas últimas semanas, Flamengo, Santos e Grêmio terem feito contatos em busca de Samúdio, o empresário sinalizou a proximidade do acordo com o Cruzeiro. "Se o Alexandre (Mattos) disser que sim, (vamos renovar)", revelou Zelada. A boa relação entre o agente e Horacio Cartes, presidente do Paraguai e do Libertad, deve facilitar a negociação. "Esta é a ideia", confirmou.

Foco no Brasileirão

Em meio à disputa do Brasileiro, o Cruzeiro evita comentar a situação. "O contrato termina no final deste ano, e nós vamos aguardar", observou o gerente de futebol Valdir Barbosa. "Nós não vamos tomar decisão sobre nenhum jogador no meio da temporada", acrescentou. Em 18 jogos pelo clube, Samúdio marcou dois gols.

Seleção cinco estrelas...

Douglas Zimmer

Após o fracasso de Felipão na Copa do Mundo, Dunga voltou ao comando da seleção brasileira e, com ele, novamente, as promessas de renovação e de um planejamento mais focado no futuro. Muito além da (ultrapassada) metodologia de 'famílias', a ordem, por ora, parece ser a da meritocracia, descartando velhas fórmulas que, aparentemente, não têm mais o mesmo efeito de outrora.


Na sua primeira convocação, o técnico da Copa de 2010 mostrou algumas novidades que, se não são a certeza de renovação, pelo menos dão novo ânimo àqueles que têm potencial para brigar por uma vaga nas próximas partidas e competições. Antes, eles sabiam que, mesmo que 'comessem a bola', não atingiriam os medalhões preferidos. Dois símbolos da nova fase estão bem aqui, no Cruzeiro!

Éverton vestiu a amarelinha na sexta
(Créditos: Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação)

As convocações de Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart não só premiaram o desempenho individual dos atletas, mas também o excelente trabalho que tem sido realizado na Toca da Raposa II. Talvez, não fosse a permanente busca por títulos, Dunga poderia ter convocado mais jogadores celestes, como Fábio, Mayke ou Dedé. Mas, por enquanto, a boa notícia é suficiente para confirmar que é, de fato, possível ir além, mesmo atuando no quase esquecido futebol tupiniquim.

Elenco selecionável

Antes da dupla Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart, o último atleta celeste a vestir a amarelinha havia sido o zagueiro Dedé, em 2013, na disputa dos amistosos contra Coréia do Sul e Zâmbia - quando, inclusive, marcou um gol. Antes dele, no ano de 2011, o volante Henrique fora convocado pelo então treinador, Mano Menezes, para a disputa de um amistoso contra a seleção escocesa.

Dedé: zagueiro foi convocado em 2013
(Créditos: Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação)

Com a participação de Éverton Ribeiro no amistoso diante da Colômbia, na última sexta-feira, no Sun Life Stadium, em Miami, a equipe celeste esteve representada em campo pela 441ª vez em partidas da seleção. A história teve início em 1936, quando Niginho foi o primeiro jogador do Cruzeiro a vestir a camisa da seleção.

Histórico estrelado

Ao todo, 59 atletas atuaram pela seleção nacional enquanto jogadores do Cruzeiro. O meio-campista Piazza foi quem mais vezes envergou o manto pentacampeão mundial: 57 partidas. Tostão contabiliza 36 gols vestindo a amarelinha - todos eles como jogador da Raposa - e é, até hoje, o atleta estrelado que mais balançou as redes a serviço da seleção, sendo o nono maior goleador geral.

Tostão: artilheiro a serviço da seleção
(Créditos: Curta Circuito/Divulgação)

Clubismo à parte, gostei bastante do pouco tempo que Ribeiro esteve no gramado. Ele entrou no jogo aos 26 minutos da etapa final, substituindo Oscar e, prontamente, deu mais mobilidade ao meio-campo. Uma de suas principais características, o drible incisivo e agudo, foi muito explorada e o jogador conseguiu boas e belas jogadas, sempre buscando o ataque. Foi dos pés dele que surgiu a falta que culminou no gol marcado por Neymar, aos 38 minutos.

Na trilha do sucesso

Além da nítida valorização que os jogos pela seleção brasileira trazem, a motivação e a busca para que isso se torne uma constante dão novo gás aos atletas. Sinto, especialmente no caso de Éverton Ribeiro, que a gana por desafios cada vez maiores está latente na forma como atua. Goulart, embora ainda não tenha sido utilizado, também possui características que podem ser úteis a Dunga.

Goulart: destaque do líder do Brasileirão
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Textual)

O jogador, que surpreende a todos com o seu desempenho ofensivo no Cruzeiro, costuma 'cair pra dentro', como se diz na gíria dos boleiros, e é capaz de criar chances quando o adversário marca forte e não permite o toque de bola.

Nova oportunidade

Resumindo, espero que a dupla receba chances no amistoso desta terça, ante o Equador. Não penso nisso pelo lado financeiro, até porque espero que ambos permaneçam no time mineiro pelo maior tempo possível, mas sim pelo que isso representa para os dois e para o trabalho realizado pelo técnico Marcelo Oliveira, cujos resultados, no dia a dia, mostram estar no caminho certo.

Força, Cruzeiro!
Boa sorte, Ribeiro e Goulart!


Segundo empresário, Atlético tem preferência até 25 de
setembro, quando o jogador poderá assinar pré-contrato

Vinícius Dias

Embora parecesse próxima depois da rescisão de Ronaldinho Gaúcho, em julho, a renovação do contrato do meia-atacante Guilherme tem ganhado contornos de novela nos bastidores alvinegros. "O interesse dele, hoje, é permanecer no Atlético", assegura o representante do camisa 17, Sérgio Suárez, ao Blog Toque Di Letra. As primeiras reuniões entre o staff do jogador e a diretoria do clube mineiro, no entanto, foram encerradas sem qualquer avanço.


Suárez revela que o Atlético tem a preferência para a renovação até 25 de setembro, data a partir da qual o jogador poderá firmar um pré-contrato com qualquer clube. "Se o Atlético não voltar a nos procurar até esse dia, vamos entender que eles não têm interesse e, a partir daí, ouvir o que os outros clubes têm a oferecer", explica.

Guilherme: 118 jogos, 21 gols pelo clube
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

A favor da permanência pesam a estabilidade encontrada por Guilherme na capital mineira e as declarações do presidente Alexandre Kalil, que trata a renovação como prioridade. "Porém alguns clubes do Brasil e também do exterior, de países que ainda estão com janela aberta, nos procuraram", antecipa o empresário. "Por ora, não negociamos com ninguém", observa Sérgio ao Blog.

Números no clube

Segundo reforço mais caro da história do Atlético, o atacante custou US$ 8,5 milhões aos cofres alvinegros em 2011. Desde então, fez 118 jogos, marcando 21 gols.


Em exclusiva ao Blog Toque Di Letra, ex-presidente comenta
boa fase do clube, mandato no Senado e não descarta retorno

Vinícius Dias

Durante quatro mandatos - entre 1995 e 2002 e de 2009 a 2011 -, Zezé Perrella conquistou 17 títulos à frente do Cruzeiro. Os últimos 32 meses, porém, marcaram o distanciamento do dia a dia do clube. "Fiz essa opção quando fui para o Senado, eu queria fazer um mandato de acordo com as expectativas dos mineiros". De Brasília, o ex-presidente tem aprovado o trabalho de Gilvan de Pinho Tavares, que assumiu em 2012, depois de ter seu apoio nas eleições de 2011. "Deixei o Cruzeiro em boas mãos", afirma ao Blog Toque Di Letra.


Pela primeira vez desde que deixou o comando, contudo, Zezé hesita em descartar a possibilidade de retornar ao cargo. "Tenho mais quatro anos e meio como senador. No futuro, pode ser que eu volte". Perguntado sobre as eleições do clube, que acontecem em outubro, garante apoio ao velho aliado. "No momento, eu acho que o melhor candidato para o Cruzeiro é o próprio Gilvan, que está indo bem", pontua Perrella, dizendo ser do grupo político do atual presidente.

Perrella: mandato até 2018 no Senado
(Créditos: José Cruz/Agência Senado)

A avaliação de Zezé Perrella é balizada, em especial, pelo longo período de convívio com o atual mandatário, que, além de vice-presidente, foi diretor-jurídico do clube azul estrelado durante sua gestão. "Gilvan é um homem que tem uma história junto ao clube e é apaixonado por futebol, o que é mais importante. Eu esperava isso e fico muito orgulhoso de ter indicado uma pessoa que está tendo sucesso", observa.

Cruzeiro rumo ao tetra

Desde que assumiu a presidência da Raposa, Gilvan de Pinho Tavares fez poucas mudanças nos bastidores. A maior novidade foi a troca de Dimas Fonseca por Alexandre Mattos na diretoria de futebol, ainda em 2012. Em campo, o dirigente tem alcançado resultados positivos. Confiante, Perrella acredita em uma nova conquista ao fim desta temporada. "O Cruzeiro vai ser campeão brasileiro neste ano, tenho certeza disso, graças ao trabalho que ele (Gilvan) vem fazendo".

Zezé: 17 títulos à frente do Cruzeiro
(Créditos: Washington Alves/Vipcomm)

Na opinião do senador, um dos pontos-chave para o bom momento foi o aumento na arrecadação do clube celeste. "Na minha época, tínhamos um contrato de R$ 20 milhões com a Globo. Esse contrato, hoje, é de R$ 60 milhões", analisa. "Tivemos o período em que o Mineirão ficou fechado. Em Sete Lagoas, as rendas praticamente não existiam. E um ano antes disso, havíamos lançado o sócio-torcedor e chegamos a ter 17 mil sócios. Com o advento do Mineirão novo, o clube alcançou, hoje, mais de 60 mil sócios", completa Zezé.

SAUDADES - Ver o Mineirão cheio em dias de grandes duelos. Para o ex-presidente, sinônimo de ótimas lembranças. "A torcida do Cruzeiro é uma coisa fantástica... Se eu tenho, hoje, saudade de alguma coisa de futebol, é dessa torcida apaixonada, a quem devo muito, inclusive minha projeção política", afirma o senador mineiro. "Hoje, o Cruzeiro é referência no Brasil, graças à sua torcida".

A fase positiva da Raposa, prestes a confirmar participação em mais uma edição da Copa Libertadores, possibilita a Zezé Perrella sonhar com voos mais altos. "Nós já temos quatro Copas do Brasil e vamos para o quarto Campeonato Brasileiro, que tenho certeza de que o Cruzeiro vai ganhar, mas ainda falta o Mundial, o único título que o clube não possui", diz. "É o sonho de todo cruzeirense".

No Galo, rumo à seleção!

Ricardo Diniz

Quando a seleção brasileira adentrar o gramado para os amistosos contra Colômbia e Equador, nos dias 05 e 07 deste mês, o Atlético estará, mais uma vez, representado. O atacante Diego Tardelli será o terceiro atleta do clube a vestir a amarelinha na temporada. Antes dele, o goleiro Victor e o atacante Jô estiveram entre os 23 que disputaram a Copa de 2014. Com isso, o Galo vem mantendo, há anos, a tradição de jogadores convocados para a seleção pentacampeã.


Diego Tardelli volta a ser chamado, justamente, pelo técnico que lhe deu a primeira chance na seleção. Nos últimos dois anos, o Atlético cedeu nada mais, nada menos que oito jogadores para a seleção. Além desses três já citados, também foram lembrados os zagueiros Réver e Leonardo Silva, o lateral-direito Marcos Rocha e os meias Ronaldinho Gaúcho e Bernard, que disputou a Copa das Confederações de 2013, logo antes de se transferir para o Shakhtar, da Ucrânia.

Diego Tardelli: a serviço da amarelinha
(Créditos: Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação)

No passado, vários jogadores do clube disputaram Copas do Mundo. Em 1970, o artilheiro Dadá Maravilha foi lembrado por Zagallo. Oito anos mais tarde, outro goleador: Reinaldo. Para o Mundial de 82, três jogadores do time foram chamados: o zagueiro Luizinho, o volante Toninho Cerezo e o ponta Éder Aleixo. Em 86, Edivaldo e Elzo representaram a equipe. Depois de 12 anos, o Atlético voltaria a ter um convocado em 1998: Taffarel. Em 2002, foi a vez de Gilberto Silva.

Histórico verde e amarelo

A lista de selecionáveis (e ex-selecionáveis) do atual elenco alvinegro ainda conta com os nomes do volante Josué, que disputou a Copa do Mundo de 2010, e do atacante André. Ambos, contudo, foram convocados antes de chegarem ao Atlético.

Dia do fico: Éverton Ribeiro

Vinícius Dias

Craque do Brasileiro de 2013, o meia Éverton Ribeiro, de 25 anos, seguirá na Toca da Raposa II pelo menos até dezembro. "O presidente (Gilvan de Pinho Tavares) pensa que, após a (convocação para a) seleção, ele vai se valorizar e fez a promessa para a torcida de que não venderia o jogador agora", explicou o representante do camisa 17, Róbson Ferreira, ao Blog Toque Di Letra.

Proposta da França

Com essa justificativa, Gilvan rejeitou proposta do Monaco, da França, no valor de € 10 milhões. "A parte do jogador já estava fechada", antecipou. Éverton tem vínculo com o time celeste até dezembro de 2016. A Raposa detém 60% de seus direitos econômicos. Os outros 40% estão divididos entre a RF Sports, de Róbson, e um investidor.


Time francês fará nova reunião nesta tarde e pode aumentar
valor ofertado ao Cruzeiro; clube pede € 10 milhões por 60%

Vinícius Dias*

Mesmo depois de o Cruzeiro ter recusado a oferta inicial, no valor de € 10 milhões - incluindo € 1 milhão como bônus - o Monaco, da França, segue interessado na contratação do meia Éverton Ribeiro, que se apresentou à seleção brasileira pela manhã. "Veja bem, o Cruzeiro quer € 10 milhões na parte dele (60% dos direitos)", afirmou o empresário do jogador, Róbson Ferreira, ao Blog Toque Di Letra.

Éverton Ribeiro: na mira dos franceses
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Textual)

Após nova reunião, o time francês pode apresentar, ainda nesta segunda, uma contraproposta à Raposa. "Nós estamos fazendo uma reunião com o representante do clube na Europa e vamos ver como vai ser", observou o empresário. Segundo ele, a venda será concluída caso a oferta atinja € 10 milhões por 60% dos direitos. Os outros 40% estão divididos entre a RF Sports, de Róbson, e um investidor.

Oferta rejeitada

Até o momento, o clube mineiro não foi comunicado sobre a possibilidade de receber a nova oferta e, por isso, vê a negociação como encerrada. "O valor que foi apresentado não interessou ao presidente. Foi a única coisa que ele me falou", disse o diretor de comunicação, Guilherme Mendes, ao Blog Toque Di Letra.

*Atualizada às 16h08