Vinícius Dias
É hora de separar o joio do trigo. O adulto da criança. E o bem do mal. Com boa dose de subjetividade, é claro, os relatos acerca de Cruzeiro e Bahia trazem a construção da narrativa de outra tarde em que o futebol foi derrotado pela violência. De cenas sangrentas, infelizmente cada vez mais comuns.
É hora de separar o joio do trigo. O adulto da criança. E o bem do mal. Com boa dose de subjetividade, é claro, os relatos acerca de Cruzeiro e Bahia trazem a construção da narrativa de outra tarde em que o futebol foi derrotado pela violência. De cenas sangrentas, infelizmente cada vez mais comuns.
Em
campo, o Cruzeiro fora derrotado por uma equipe bem posicionada e, por que não,
mais motivada. Algo normal. Talvez, simples confirmação da tese de que, no
futebol, melhor e pior são impressões desconstruídas no minuto inicial da
disputa. No fim, o resultado pouco importaria. Campeão, de fato e direito, o
clube azul receberia o troféu e, adiante, daria início à comemoração.
Pois
é, daria... Ações praticadas de modo inconsequente mancharam, ou melhor,
impediram a realização da esperada festa. Por não estar em Belo Horizonte, não
vi nem ouvi os tiros, as lágrimas das 'pessoas de bem' e a batalha campal que
as imagens eternizam. No entanto, podemos não ser atingidos? O país está pronto
para receber a Copa, em 2014? A questão deveria, e muito, intrigar.
O
problema eram os ingressos baratos? À distância, vejo que a confusão cresceu em
ritmo até mais exagerado que os preços. O problema seria o encontro de torcidas
de equipes rivais? Os recentes incidentes e, talvez, os mais sangrentos são de
todo o tipo. Inclusive entre 'gente' que divide cores e paixões.
O futebol deveria ser diversão, um raro motivo para deixar o conforto de
casa aos domingos. Deveria! Pois o cenário desanima. Está tudo errado. Claro,
escrevendo parece fácil. Mas, tenho certeza, algo pode (e deve) ser trabalhado
e discutido. Mãos cruzadas, impunidade e crime, mesmo não literalmente, rimam.
Até quando?