Tiago de Melo
Lanús e Ponte
Preta fizeram uma final que, a despeito de envolver dois times pequenos, tinha
muitos elementos de interesse. Para começar, talvez tenha sido a final mais
adequada possível àquilo que a Sul-Americana se propõe a ser: um torneio entre
equipes que não estavam entre as melhores da temporada anterior, mas que tinham
futebol para mostrar.
O ponto talvez
mais interessante fosse o tom Davi x Golias da final. O Lanús, apesar de
pequeno, é um clube bem administrado, possui uma equipe muito bem dirigida por Guillermo
Barros Schelotto e disputará o título argentino no próximo domingo. Por seu
lado, a Ponte Preta, rebaixada no Brasileirão, buscava um verdadeiro 'milagre'
fora de casa.
Lanús abriu 2x0 na etapa inicial (Créditos: Club A. Lanús/Divulgação) |
Mas a noite de
quarta feira não era de milagres. Quando a bola rolou o Lanús fez valer sua
superioridade. Foi incontestavelmente superior em cada um dos 90 minutos da
partida. Ainda no primeiro tempo, Victor Ayala e Ismael Blanco marcaram os dois
gols que decretaram o resultado final.
Na segunda etapa
No segundo tempo,
a Ponte Preta tentou buscar o resultado, mas já era tarde. A Macaca sequer
conseguiu criar jogadas de perigo, e viu o Lanús ameaçar várias vezes em
contra-ataques. Ao fim, ficou a sensação de que os granates venceram de forma
inquestionável, tal foi a facilidade com que dominaram a partida.
Estádio 'La Fortaleza' ficou cheio (Créditos: Club A. Lanús/Divulgação) |
Ficam também duas
reflexões. A primeira diz respeito à arrogância brasileira em relação aos
países vizinhos, exacerbada pelas nove finais seguidas de Libertadores com a
presença de clubes brasileiros. Sim, somos disparado o futebol mais rico do
continente, mas isso não significa que qualquer clube brasileiro pode vencer
qualquer vizinho. Há futebol de qualidade do outro lado da fronteira também.
Lições da decisão!
Lições da decisão!
Mas também há
outro ponto. Num contexto em que clubes festejam vagas na Libertadores, é
revigorante ver que as torcidas de Lanús e Ponte Preta não foram ao estádio
motivadas por uma vaga no maior torneio continental. Foram empurrar seus clubes
do coração na luta por um título continental. Um lembrete a mais de que jogar a
Libertadores é excelente, mas ganhar um título é muito melhor.
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