Vinícius Dias
Entre janeiro de 2012 e a tarde dessa quarta-feira, o Atlético havia feito 64 partidas na condição de visitante. Eram 22 vitórias, 18 empates e 24 derrotas. Diferença clara e, por que não, preocupante, se comparada ao rendimento no Horto. No mesmo período, eram 48 vitórias, 13 empates e somente um revés, nos 62 jogos em casa. A vexatória eliminação ante o Raja, quarta, no Marrocos, pode ser explicada, em boa parte, pela frieza dos números.
Entre janeiro de 2012 e a tarde dessa quarta-feira, o Atlético havia feito 64 partidas na condição de visitante. Eram 22 vitórias, 18 empates e 24 derrotas. Diferença clara e, por que não, preocupante, se comparada ao rendimento no Horto. No mesmo período, eram 48 vitórias, 13 empates e somente um revés, nos 62 jogos em casa. A vexatória eliminação ante o Raja, quarta, no Marrocos, pode ser explicada, em boa parte, pela frieza dos números.
Se o
Horto era o grande aliado no título da Copa Libertadores e na série invicta de
54 partidas, o mau desempenho longe de casa, que havia sido vilão no Brasileiro
e na Copa do Brasil, voltou a ser algoz na semifinal do Mundial. O Raja
enfrentou um Atlético pouco inspirado, com linhas muito distantes, menos
vibrante e se movimentando menos que de praxe. Uma presa fácil.
Fernandinho tenta, sem sucesso (Créditos: Atlético-MG/Divulgação) |
Dos 45 minutos iniciais, ainda no
papel de azarão, à etapa final, quando, com a força de sua torcida, assumiu,
gradativamente, o protagonismo, a principal mudança no jogo foi de atitude. O
brilho nos olhos, o desejo de fazer história, de disputar cada lance sobrava
aos marroquinos. E faltava ao Galo, longe dos melhores dias e um retrato do
time que, sob o álibi da preparação para o Mundial, fez a terceira pior
campanha fora de casa na Série A nacional.
Mil e uma histórias...
Valendo-se
de sua grande virtude, controlar a posse de bola, e da ótima partida do volante
Moutouali, autor de um dos gols e cérebro do time, o clube marroquino fez
história. História que traz, do sonho, a realidade de disputar a final contra
um favoritíssimo Bayern. E que, do lado alvinegro, deve indicar a Paulo Autuori
os caminhos para que o "novo" Atlético siga no topo.
Surpresa: Galo saiu na semi-final (Créditos: Atlético-MG/Divulgação) |
É
hora de rever os erros... Sem, claro, esquecer os diversos acertos. Em algum
momento, o planejamento fugiu à curva. Ainda não se sabe onde. Talvez nunca se
saiba. Ponto! Mas, nem de longe, o ótimo 2013 merece ser redimensionado na
história. O ano teve sorte? Claro. Mas, dizem, ela acompanha quem trabalha. Foi
ano de vencer dúvidas, estigmas e até a própria desconfiança.
Em
2014, a missão é 'cantar de Galo' longe do Horto.
O
torcedor, embora ferido, vai apoiar e dizer acredito!
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