Com oito atletas criados no clube, conquista do Brasileiro
brinda política da base; dirigente e joias da casa festejam
Vinícius Dias
Coroado
com a conquista do tri do Brasileirão, o ano de 2013 teve sabor especial também
para as categorias de base do Cruzeiro. Se em nível de resultados os números
foram modestos, com seis títulos nos 18 torneios disputados, a temporada valeu
a reafirmação da Toca da Raposa I como celeiro de craques para o grupo
principal. Do goleiro Rafael ao atacante Vinícius Araújo, que marcou 11 gols em
27 partidas, oito pratas da casa foram a campo em 2013.
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Além deles, Marcelo Oliveira também escalou o goleiro Elisson, o zagueiro Wallace
e o lateral-direito Mayke, que, revezando com Ceará, garantiu a Bola de Prata,
da Revista Placar. Lucas Silva foi o único a concluir 2013 como titular, depois
de fazer ótimo Brasileiro ao lado de Nilton. No meio-campo, os jovens Élber e
Alisson foram suplentes 'de luxo' para Éverton Ribeiro e Ricardo
Goulart.
Lucas Silva: de promessa a destaque (Créditos: Washington Alves/Vipcomm) |
Números
que deixaram contente o superintendente da base azul celeste, Bruno Vicintin.
"Em termos de jogadores que subiram, a nota é oito. Eles tiveram papel
fundamental no título brasileiro. Para o ano da base, daria uma nota entre seis
e sete", opinou ao Blog Toque Di
Letra. "A função primordial das categorias de base é garantir um fluxo
de talentos para o profissional", acrescentou.
Transição efetiva
De
acordo com o dirigente, os bons resultados são fruto da evolução da política de
base no clube celeste. "Nos últimos anos, o Cruzeiro melhorou um problema
que tinha, que era transição", justificou. Hoje, as atenções se voltam
para outras etapas do processo de formação. "Nós temos que captar bons
jogadores, e transitar esses jogadores entre as categorias", argumentou.
Camisa 30 foi o 'artilheiro' da base (Créditos: Washington Alves/Textual) |
A
expectativa para 2014 é de que mais três jogadores criados na base sejam
integrados ao grupo profissional. "Depende do Marcelo Oliveira. Os nomes
serão definidos após a Copa São Paulo de Juniores", disse Bruno. Em agosto,
ao Blog Toque Di Letra, o técnico Marcelo Oliveira exaltou o trabalho da base celeste e comentou a importância de
dar chances aos pratas da casa. "O Cruzeiro é uma das boas equipes do Brasil, que forma bons atletas", disse à época.
'Hoje é diferente'
Com a
confiança do treinador, a temporada foi inesquecível para o meia-atacante
Élber. Após estrear nos profissionais em 2011, ele festejou, em 2013, seu
primeiro título. "Quando comecei a atuar, passávamos por um momento
difícil. Hoje é muito diferente", assegurou. "Temos um treinador que
dá muita moral para os garotos, e que acredita, tem total confiança neles, não
tem medo de colocar para jogar", argumentou o camisa 27 do elenco
tricampeão.
Élber: lapidado como 'diamante' (Créditos: Cruzeiro E.C./Divulgação) |
Além
de participar da campanha que levou o Cruzeiro ao título brasileiro, 2013 significou
a oportunidade de conviver e aprender com profissionais consagrados, como o
armador Júlio Baptista, com quem disputa posição. "São jogadores que
ganharam tudo, por onde passaram. É claro que não vou querer ser reserva para
sempre. Mas, ser reserva de um atleta como esse, significa poder aprender,
pegar um pouco de experiência com ele", concluiu Élber.
Números da base
Nas
divisões de base, a equipe pré-infantil (sub-14) obteve os melhores resultados,
com três títulos em cinco disputados. A única categoria que passou em branco
foi a infantil (sub-15). Apesar de chegar à decisão da Copa Zico e do estadual,
o time acabou derrotado por Vasco e Atlético, respectivamente. Nos juvenis
(sub-17), o ano difícil, marcado por trocas de comando, lesões e alterações no
plantel, acabou coroado com a IMG Cup, nos Estados Unidos.
Na rota da Toca II
Semifinalista
do Campeonato Brasileiro, o time júnior (sub-20) terminou a temporada com dois
títulos. O do Torneio de Terborg, na Holanda, e o do Mineiro. Resultados que
significaram avaliação positiva. "Nos últimos três anos, o time júnior
conquistou dois campeonatos mineiros e um brasileiro sub-20, e subiu seis
jogadores. O que mais eu posso pedir?", questionou Bruno Vicintin.
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