Após altos e baixos, lateral formado
na base tem chance de
cravar nome na história atleticana com
o título no Marrocos
Vinícius Dias
Aos 33
minutos da etapa final, Diego Tardelli avança pela direita e cruza para Jô, que
carimba a trave. No rebote, a bola encontra o pé direito de Marcos Rocha antes
de estufar as redes de Fábio. O camisa 2 se ajoelha no gramado, cerra os olhos
e ergue os braços. O gol que definiu a vitória ante o rival Cruzeiro, no
duelo de ida da final do Mineiro, marcou também uma nova época para o lateral.
"Já passei por momentos bons e ruins no clube", recorda.
Entre os
seguidos empréstimos e a afirmação com a camisa da equipe do coração, foram
vários treinadores. Um deles, porém, ficará marcado para Marcos Rocha. No fim
de 2011, ainda pelo América, o lateral despertou a atenção de Cuca. Janeiro, e
lá estava ele. De volta à Cidade do Galo, a pedido do treinador. "Sou grato
ao Cuca por tudo o que ele fez por mim", resume. "Ele conversa
bastante com os jogadores, explica muito", conta, justificando a boa
relação.
Marcos Rocha: um 2013 especial (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
A ótima fase
até lhe permite sonhar. "Meu grande objetivo pessoal seria participar da
Copa do Mundo", afirma Marcos Rocha, sem tirar os pés do chão. Como bom
mineiro ele terá, a partir de hoje, a chance de se firmar na história como
único atleta formado na base a participar dos títulos da Libertadores e do
Mundial. "Seria importante, com certeza", diz, à espera do apito
inicial.
Bate-papo:
Depois de ser titular durante a Libertadores, o (possível)
título do Atlético no Mundial de Clubes, no Marrocos, faria de você o único
atleta formado na base do clube a participar de duas das maiores conquistas
alvinegras. Para você, o bom momento do Atlético tem sabor especial?
Seria
importante, com certeza. Já passei por momentos bons e ruins no clube. Agora
estamos vivendo uma excelente fase e isso é muito proveitoso.
Em 2012, você conquistou a Bola de Prata da Revista
Placar, e foi indicado como melhor lateral-direito do campeonato no Prêmio da
CBF. O que se repetiu neste ano. A seis meses da Copa, em 2014, você se vê em
condições de disputar uma posição na lista final do técnico Felipão?
Meu grande
objetivo pessoal seria participar da Copa do Mundo, ainda mais por ser no
Brasil. Mas temos que ter pé no chão, sei que o Daniel Alves está bem acima e o
Maicon também foi convocado e foi bem. Mas eu tenho que continuar fazendo meu
trabalho aqui no Atlético. Se tiver a oportunidade, vou ficar muito feliz.
Depois de altos e baixos, de ser preterido e emprestado a
equipes como Uberlândia, CRB, Ponte Preta e América/MG, você tem cada vez mais
se afirmado no Atlético - e se destacado em momentos decisivos da história
atleticana. Qual foi o peso do Cuca nessa sua trajetória no Galo?
Ele foi muito
importante nesta minha ascensão na carreira. Ele conversa bastante com os
jogadores, explica muito. Além disso, ele me dá bastante liberdade dentro de
campo, e isso fez com que eu me destacasse e ganhasse prêmios individuais nos
últimos anos. Sou grato ao Cuca por tudo o que ele fez por mim.
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