Próximo de assinar contrato até 2018, lateral-direito exalta
boa fase no Atlético, mas mantém sonho de jogar na Europa
Vinícius Dias
Seja com os pés
ou com as mãos, por meio das cobranças de laterais, Marcos Rocha fez a
diferença a favor do Atlético em 2014. Aos 26 anos, o lateral-direito se
reapresentou na tarde de quarta-feira para sua quarta temporada consecutiva com
a camisa alvinegra. A expectativa é de um ano ainda melhor que o último, quando
foi campeão da Recopa Sul-Americana e da Copa do Brasil. Antes mesmo de a bola
rolar na Cidade do Galo, o jogador falou com o Blog Toque Di Letra.
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Com contrato
até dezembro de 2016, o dono da lateral-direita da equipe comandada pelo
técnico Levir Culpi negocia a prorrogação por mais duas temporadas. O sonho de
atuar no futebol europeu, contudo, permanece vivo. "Nunca escondi o
desejo, mas acredito que as coisas vão acontecer naturalmente", disse.
Para isso, ele se inspira em ídolos como Cafu, que marcou época com a camisa do
Milan e foi capitão da seleção brasileira na conquista da Copa de 2002.
Marcos Rocha: decisivo no último ano (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Com cinco
títulos conquistados em três anos, o camisa 2 está em estado de graça com o
torcedor atleticano. No entanto, nem sempre foi assim. Prata da casa, ele
precisou driblar a desconfiança para brilhar com a camisa do Galo, depois de
quatro empréstimos consecutivos. "Ninguém mais do que eu sabia que eu
tinha condições de chegar aonde cheguei", reconheceu. A confiança foi a
receita de sucesso de Marcos Rocha, apontado pelo Blog como destaque da posição em 2014.
Bate-papo:
Até aqui, o elenco do Atlético teve poucas mudanças entre
2014 e 2015. Qual é a sua expectativa para esta temporada? É possível ter um
ano ainda melhor que o último?
Vamos trabalhar
para que 2015 seja ainda melhor. A manutenção do elenco foi fundamental, e
ainda podem chegar novos jogadores. Estou otimista para a temporada.
Você foi um dos destaques do time em 2014 e, por isso,
apontado pelo Blog como melhor lateral-direito do ano na América. Qual é a
receita para manter o sucesso neste ano?
Fiquei feliz
com o reconhecimento. Mas tenho que continuar trabalhando forte nos
treinamentos e fazendo bons jogos, ajudando o Galo a conquistar títulos. Só
assim conseguirei manter este bom nível.
Você tem contrato até dezembro de 2016 e, segundo
comenta-se, estaria em negociações para renová-lo. O que significa, para você,
ser ídolo do clube do coração? Qual é a sua principal referência na posição?
É muito
gratificante para mim todo esse reconhecimento, ainda mais porque eu dei a
volta por cima. Até pouco tempo atrás eu ainda recebia muitas críticas da
torcida e da imprensa. Mas isso faz parte da profissão e ninguém mais do que eu
sabia que eu tinha condições de chegar aonde cheguei. Mas é preciso ter
humildade, manter os pés no chão e continuar trabalhando. Tenho muitas
referências na posição. O Cafu é uma delas.
No clube, você conquistou Mineiro, Libertadores, Copa do
Brasil e Recopa, mas Mundial e Brasileiro bateram na trave. Conquistá-los,
representaria marcar época no Atlético. Isso pesa a favor de uma renovação, por
exemplo?
Sim. Eu nunca
escondi que tenho o desejo de atuar em um grande clube do futebol europeu, mas
eu acredito que as coisas vão acontecer naturalmente. Estou feliz no Atlético e
para 2015 temos estes desafios, entre eles o Campeonato Brasileiro. O objetivo
é conquistar títulos na temporada.
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