Nos últimos 12 meses, Cruzeiro contabilizou mais de R$ 45
milhões com vendas de atletas criados nas divisões de base

Vinícius Dias

"A base, nos últimos três anos, na nossa gestão, deu lucro". A afirmação feita ao Blog por Márcio Rodrigues, vice-presidente do Cruzeiro, retrata o momento positivo quando o assunto é a formação de atletas. Rodrigues assumiu o comando das categorias de base do clube em 2012. Na época, ganhava força nos bastidores celestes o discurso de que o departamento trazia prejuízos e, por isso, deveria ser extinto. Após três anos, o cenário mudou completamente.


Concluídas em um intervalo de 12 meses, as vendas do atacante Vinícius Araújo, do zagueiro Wallace e do volante Lucas Silva, três pratas da casa, significaram R$ 45,6 milhões para os cofres azuis. No mesmo período, as equipes de base conquistaram quatro títulos. O time júnior (sub-20) foi campeão mineiro e do Torneio de Terborg, na Holanda. O juvenil (sub-17) conquistou a Copa Promissão, em São Paulo, e o time infantil (sub-15) foi campeão estadual.

Lucas Silva: lucro de R$ 20,25 milhões
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Divulgação)

Oficializada na última sexta-feira, a negociação de Lucas Silva para o Real Madrid, da Espanha, foi a mais lucrativa: o volante, bicampeão brasileiro, rendeu cerca de R$ 20,25 milhões ao clube. Em junho último, a venda de Wallace a investidores representou R$ 17,3 milhões. A primeira negociação de destaque foi a de Vinícius Araújo, em janeiro de 2014. O Cruzeiro, que segue com 50% dos direitos econômicos, ficou com R$ 8,05 milhões da venda ao Valencia, da Espanha.

Receitas em longo prazo

O rótulo de clube formador também assegura receitas em longo prazo, por meio do mecanismo de solidariedade, em caso de novas transferências internacionais dos atletas. Segundo cálculo realizado pelo portal Rede do Futebol, os percentuais seriam de 2,80% no caso de Vinícius; 3,23% no caso de Lucas; e cerca de 1,85% no caso de Wallace. Recentemente, por exemplo, o Palmeiras investiu € 6 milhões na compra do meia Dudu. Pelo mecanismo, a Raposa embolsará cerca de R$ 400 mil, correspondentes a 2,2% do valor total.

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