Presente na lista de Tite, arqueiro será terceiro tricordiano a
defender seleção após o Rei; último havia sido Roberto Batata

Vinícius Dias*

Conhecida no cenário esportivo por ser a terra natal do Rei Pelé, a cidade de Três Corações, na Região Sul de Minas Gerais, voltará a ter um representante na seleção brasileira depois de 41 anos. O goleiro Alex Muralha, do Flamengo, convocado pelo técnico Tite nesta sexta-feira, será o terceiro atleta nascido no município a vestir a camisa verde e amarela após Edson Arantes do Nascimento.


Principal nome da história do futebol de Três Corações e mundial, Pelé atuou na seleção entre 1957 e 1971, tendo disputado 91 partidas e balançado as redes 76 vezes no período. Com trajetória mais modesta, o meio-campista Vanderlei Paiva foi convocado pela primeira vez em 1968, quando atuava no Atlético. Em 1975, ainda disputou mais seis jogos na Copa América, sem marcar gols.

Batata: último selecionável tricordiano
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Arquivo)

O último tricordiano a estrear com a camisa da seleção, à época tricampeã mundial, havia sido Roberto Batata. Em 1975, o atacante também foi à Copa América sob o comando de Osvaldo Brandão, anotando três gols em seis confrontos. No ano seguinte, em meio à trajetória que levaria o Cruzeiro ao título da Copa Libertadores, Batata morreu em acidente de carro quando viajava para a cidade natal.

Em alta no rubro-negro

Contratado junto ao Figueirense no início desta temporada, Alex Muralha, de 26 anos, foi reserva de Paulo Victor nos primeiros meses. Entretanto, no fim do primeiro semestre, uma lesão do goleiro titular abriu espaço para que o mineiro tivesse sequência e se transformasse em um dos destaques do Flamengo, atual vice-líder do Campeonato Brasileiro. 

Muralha durante treino do rubro-negro
(Créditos: Gilvan de Souza/Flamengo.com.br)

Se a presença de um atleta de Três Corações na seleção volta a ser realidade após quatro décadas, o protagonismo no cenário estadual ainda é sonho distante na terra natal de Pelé. A participação do Atlético Tricordiano no último Campeonato Mineiro encerrou um período de 22 anos sem partidas do módulo I na cidade. A equipe local, no entanto, ficou na sétima colocação e foi eliminada na primeira fase.

*Com colaboração de Thales Machado

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