Alisson Millo*
Ouvi o
nome dele pela primeira vez há mais de dois anos, durante a Copa Libertadores, em razão dos dois gols
contra o Atlético/PR. Essa frase poderia ilustrar um capítulo de livro de título.
Mas o Vélez Sarsfield acabou eliminado nas oitavas de final. Ele seguiu lá, no
entanto, se destacando. Logo em uma posição para a qual o Atlético precisava de
reforços. Incrivelmente, depois de alguns meses, ele estava aqui. Jamais
esquecerei: chegou como melhor jogador do Campeonato Argentino.
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Quando
os zagueiros saíam do chão, ele subia ainda mais alto. Quando resolviam
encará-lo, os deixava de joelhos. Quando tentavam no corpo, ele resistia e
seguia em frente. Como um urso, esbanjando raça e até superando Tardelli. Foi um
caso de idolatria à primeira vista acompanhada da certeza de que ele havia
nascido para aquilo. Eu passava dias discutindo com torcedores do rival, que
diziam ter o melhor atacante. Rodada a rodada, gol a gol, conquistava mais
argumentos.
Lucas Pratto: gols e vibração em 2015 (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
A
relação teve início quando ele tinha 26 anos, mas o manto alvinegro parecia ser
desde sempre sua segunda pele. Marcou gols em quase todas as competições que
disputou. Foi coadjuvante algumas vezes, afinal ninguém é perfeito. Mas foi
raçudo e decisivo várias, com 22 gols em 54 jogos - pesquisei agora. Sofri nos
raros jogos em que ele perdeu chances, sorri quando marcou três contra o São
Paulo. Conheci um centroavante que era segundo atacante, marcador quando
necessário.
História ainda em construção
Mas uma hora o
ano acabou. Não foram fáceis os dias sem jogos e sem a vibração dele. A nova
temporada começou, veio a sonhada chance na seleção argentina, mas os gols por aqui
ficaram mais escassos. Neste semestre, em 12 partidas, fez apenas um. Agora, não
há uma quarta-feira ou domingo em que eu não o questione. Infelizmente, tudo
parece muito distante do que já foi, porém sigo acreditando. O título brasileiro,
por exemplo, me faria levá-lo para sempre na memória.
Argentino tem um gol neste semestre (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Nesse
domingo, outra vez, o vi decepcionar - como quase todo o time, é verdade. Mas a
única certeza que tenho é a de que o conto de fadas não acabou. O capítulo
atual é doloroso, mas as páginas finais continuam em branco. Cabe a Lucas
Pratto, com o apoio de seus companheiros e do torcedor, escrevê-las. Peço desculpas pelo
transtorno, mas a verdade é que só se cobra de quem pode mais. Muito mais.
*Jornalista. Corneteiro
confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual
capitão da seção Fala, Atleticano!
Depois que a torcida vaiou,ele simplesmente não consegue ser o mesmo Lucas Prato!!!!!!!!
ResponderExcluirEntão não percamos tempo com ele.
ResponderExcluirTrata-se de um jogador que teve uma fase boa no Velez em 2014 e no Galo no começo de 2015.
E só.
Ele não pode mais nada. É ruim demais.
Concordo plenamente, o Pratto é muito ruim. Vamos falar a verdade, é muito fraco, nos enganou direitinho. Tchau Prat
ResponderExcluirto
O cara é ruim, mas é o atacante da seleção argentina? Fase ruim acontece...e passa!
ExcluirO Pratto contundiu e ainda esta fora de forms ele ainda vai detonar pode apostar
ResponderExcluirCuidado com estes comentários anteriores são de cruzeirense, pra mim quem foi rei sempre será majestade o que esta faltando é alguém pra fazer lançamentos.
ResponderExcluirA fase não é boa e só isso. Todo mundo tem altos e baixos na vida. Não à toa ele foi convocado para a seleção argentina. Mesmo quando não faz gol, facilita para quem faz ao atrair a marcação. Por mim continua no Galo!
ResponderExcluirConcordo com o comentário acima, do colega Carlos Alberto, pois o cara é fera e excelente jogador, dificilmente perde uma finalização, desde que esta seja boa, isto é, se o passe não sair legal, ninguém faz milagre. Tem que chegar os passes e lançamentos "redondos" senão o Pratto não poderá mostrar seu talento, pois o cara tem porte físico pesado (forte), e ultimamente não tem chegado bons passes pra ele.
ResponderExcluirSua contratação foi um erro. Do Fred erro dois. O Daniel queria o 9 fixo. Porém lembremos. O melhor momento do Galo (força) Doido foi na Copa do Brasil 2014 com Tardelli, falso 9, quem fez apenas um gol. O ataque era dinâmico. Nosso bom momento anterior aconteceu pela genialidade do R10. Ataque atual lento (velho?). Não somos o mesmo Galo. Futebol competitivo exige mais juventude, dinamismo. Nosso conceito atual esta errado.
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