O clássico do quase no Mineirão

Vinícius Dias

Após o apito final do clássico desse domingo, no Mineirão, o discurso de ambos os lados era de quase. Muito porque o Cruzeiro segue sem transformar a evolução - a passos lentos, diga-se - com Mano Menezes em tranquilidade e ainda flerta com a zona de rebaixamento. Mas também pelo fato de que, mesmo tendo as melhores peças, Marcelo Oliveira continua não fazendo do Atlético o conjunto mais afinado, o que se traduz em líder mais distante ao fim da rodada.


Nos primeiros 45 minutos de jogo, os espaços deixados por Carlos César e Lucas no lado direito das respectivas defesas eram a senha. Exatamente ali, após troca de passes entre Otero e Júnior Urso, a bola chegou para Fábio Santos, que encontrou Clayton livre para abrir o marcador. Se o Atlético aproveitou o caminho, o Cruzeiro buscava a dobradinha com Edimar e Rafael Sóbis, mas esbarrava em mais uma tarde apagada do camisa 7.

Empate no clássico foi ruim para ambos
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Em desvantagem, Mano Menezes abriu a etapa final com Alisson na vaga de Sóbis e, aos 15 minutos, trocou Cabral por Élber. Com mais velocidade, o time celeste cresceu diante de um adversário encolhido. O erro era a previsibilidade: bola para os laterais no campo ofensivo, cruzamento na área e corte da zaga alvinegra. Quando Arrascaeta mudou o roteiro, Élber recebeu e passou para Robinho empatar. Na reta final, vários contra-ataques desperdiçados de ambos os lados e empate mantido.

Um ponto para cada e sentimento de quase para as duas equipes.
O Atlético vê o líder abrir vantagem. O Cruzeiro vê o Z4 tão perto.

Um comentário:

  1. Cruzeiro tem bons jogadores. Os times grandes sofrem grande pressao psicologica e emocional.....passam por esses apuros pela necessidade descalabrada de vencer, vencer, fazer e acontecer....isso não é o caminho....

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