Vinícius Dias
Em
uma terça-feira agitada, a Conmebol alinhavou uma série de mudanças em seu
calendário a partir de 2017. Copa Libertadores de fevereiro a novembro, com
mais clubes e vaga na Sul-Americana - disputada entre junho e dezembro - para
dez dos eliminados antes das oitavas de final. Sinal de valorização do
planejamento, com bons produtos no mercado durante toda a temporada e
perspectiva de aumento das receitas. Mas há um porém: a proposta de final em
jogo único, disputado em campo neutro.
O
referencial é a Liga dos Campeões, cujas decisões há seis décadas são
transformadas em espetáculos, reunindo milhares de turistas em torno do futebol
e, ainda, tendo grandes índices de audiência nos quatro cantos do mundo. O real
é um continente em que a última experiência semelhante - em 1987, o uruguaio
Peñarol conquistou o título da Libertadores ao derrotar o colombiano América de
Cali, no Chile, por 1 a 0 - teve presença de público inferior a 40% da
capacidade do estádio.
Atlético Nacional: festa do título em casa (Créditos: Club Atlético Nacional/Divulgação) |
Semana
a semana, assistimos a jogos de Espanha e Inglaterra, enquanto o Brasileirão
sequer é transmitido no Chile. À exceção dos torneios argentino e colombiano,
também não acompanhamos a rotina dos demais países latinos. Somem-se a isso
altitudes, longas distâncias e infraestrutura deficitária - há trens ligando
países europeus, enquanto faltam voos na América. Haveria, em La Paz, estádio
cheio para Atlético x Cruzeiro? Como estaria o Mineirão para Atlético Nacional
x del Valle, decisão deste ano?
Rediscutir
o calendário e deixar a mesmice são dois ótimos sinais.
Mas,
antes de definir aonde ir, é fundamental saber onde se está.
Concordo que temos que nos adaptar ao Calendário Europeu e Mundial, mas a Final em campo Neutro será um Tiro no Pé.
ResponderExcluirConcordo plenamente. Será um tiro no pé pois, a analogia é lógica e simples: realmente como poderia-se encher o Mineirão com um Atlético Nacional x Del Vale. Que fosse um tradicional Boca Jrs. x Peñarol. O interesse não seria o mesmo.
ResponderExcluirSempre achei uma besteira sem tamanho na Europa...aqui então é uma burrice ao extremo.
ResponderExcluirTive a oportunidade de viajar por alguns países latinos e muito complicado a falta de estrutura em alguns países, até mesmo em questão a estrutura de estádios por lá. Acho que a decisão em jogo único não é para a nossa realidade latina.
ResponderExcluirnão tem logica essa "decisão" de campo neutro. Como comparar uma extensão geográfica da Europa que cabe no Brasil com esse continente da terra do fogo até na divisa dos States. Tomara que prevaleça o Bom Senso
ResponderExcluirEh ums burrice descabida. Veja as distancia entre as cidades da America e as da Europa. Quanto fazer a final em um lugar neutro, uma burrice maior ainda. Do jeito que esta, nao eh o ideal, mas eh melhor do que esta sendo proposto.
ResponderExcluirFinal em jogo é único é a maior besteira que estão propondo. Europa tem estádios bons, a logística permite e o povo tem dinheiro.
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