O clássico além do 0 a 0 no placar

Vinícius Dias

58% de posse de bola, 24x8 em desarmes, 14x5 em finalizações - 3x0 em acertos. As estatísticas compiladas pelo Footstats ilustram a superioridade do Cruzeiro no clássico desse domingo, embora tenha sido do Atlético a chance mais clara: aos 34' da etapa final, Fred tabelou com Elias, superou Diogo Barbosa e chutou para fora. Se o placar final zerado manteve a decisão em aberto e frustrou expectativas, os times de Roger Machado e Mano Menezes travaram um interessante duelo tático.


A estratégia alvinegra para chegar à segunda partida em vantagem começava por evitar o contra-ataque do rival. A equipe celeste propunha o jogo apostando na mobilidade do setor ofensivo - redesenhado com Rafael Sóbis e Rafinha abertos, Thiago Neves e Arrascaeta, a peça mais adiantada, pelo meio -, mas esbarrava na dificuldade em trabalhar a bola perto da área. Resultado: mesmo enfrentando um Atlético que sequer finalizava, o Cruzeiro não conseguia traduzir o maior volume em gol.

Fred teve a melhor chance do clássico
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

O Atlético começou o segundo tempo trocando mais passes. Aos seis minutos, saiu a primeira finalização, com Elias, após jogada pela direita. Panorama alterado depois dos 17', com as primeiras substituições: Roger Machado acionou a bola parada de Otero e a habilidade de Cazares, Mano Menezes respondeu com a presença de área de Ábila e, depois, apostou em Alisson e Élber pelo um contra um. No entanto, com Adilson reforçando a marcação, o time alvinegro seguiu fechando bem os espaços.

O Cruzeiro foi melhor e ampliou a invencibilidade no clássico.
Mas o Atlético, fiel à estratégia, ficou a um empate do título.

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