Clube celeste jamais foi eliminado por paraguaios e contabiliza 63%
de aproveitamento como visitante, com seis vitórias em 11 embates

Vinícius Dias

Derrotado por 2 a 0 no confronto de ida, o Cruzeiro deixou Assunção com a difícil missão de superar o Olimpia e o relógio na volta para avançar às quartas de final da Supercopa de 1989. Não deu outra: no Mineirão, o time estrelado fez 3 a 0, eliminou o Decano e foi apelidado pela imprensa paraguaia de 'La Bestia Negra'. Passados 28 anos, com a alcunha consagrada no continente, a Raposa regressa à capital do Paraguai mirando a vaga na segunda fase da Copa Sul-Americana e a manutenção de uma escrita: jamais ter sido eliminada por clubes do país.


O adversário desta quarta-feira será o Nacional. Nos primeiros 90 minutos, em Belo Horizonte, o time comandado por Mano Menezes levou a melhor: 2 a 1, de virada, com gols de Thiago Neves e Ramón Ábila. O confronto no estádio Defensores del Chaco, válido pela primeira fase da Copa Sul-Americana, será o 26º do Cruzeiro contra paraguaios desde 1946. Em janeiro daquele ano, o empate por 2 a 2 com o Libertad, no extinto estádio JK, marcou o primeiro capítulo da história.

Vitória na ida foi a 10ª em Minas Gerais
(Créditos: Yuri Edmundo/Light Press/Cruzeiro)

Em Minas Gerais, a equipe celeste registra 81% de aproveitamento contra clubes do país, contabilizando embates pelas copas Libertadores, Master, Centenário e Sul-Americana, além da Supercopa. Em 14 partidas, que tiveram como palcos Mineirão, Ipatingão, Arena do Jacaré e estádio JK, foram dez vitórias do Cruzeiro e quatro empates, com 35 gols marcados e apenas 11 sofridos. A maior vítima é o Olimpia, que saiu de campo derrotado em seis dos oito encontros no estado.

Em 2014, Cruzeiro eliminou o Cerro
(Créditos: Carlos A. Juri/Light Press)

Como visitante, o histórico também aponta superioridade cruzeirense: seis vitórias, três empates e duas derrotas - a última delas no jogo de ida das oitavas de final da Supercopa de 1994. Em 11 apresentações em solo paraguaio, a Raposa balançou as redes 17 vezes e foi vazada 12. No confronto mais recente, os gols marcados por Dedé e Dagoberto, já nos minutos finais, determinaram a eliminação do Cerro Porteño nas oitavas de final da Copa Libertadores de 2014.

Partidas em Minas Gerais - histórico:

03/01/1946 - Amistoso - Cruzeiro 2x2 Libertad
24/03/1976 - Libertadores - Cruzeiro 4x1 Sportivo Luqueño
04/04/1976 - Libertadores - Cruzeiro 4x1 Olimpia
11/10/1989 - Supercopa - Cruzeiro 3x0 Olimpia
31/10/1991 - Supercopa - Cruzeiro 1x1 Olimpia
11/11/1992 - Supercopa - Cruzeiro 2x2 Olimpia
21/09/1994 - Supercopa - Cruzeiro 4x0 Olimpia
16/03/1995 - Copa Master - Cruzeiro 1x0 Olimpia
05/08/1997 - Copa Centenário - Cruzeiro 1x0 Olimpia
01/05/2001 - Ipatingão - Cruzeiro 3x1 Olimpia
30/01/2008 - Libertadores - Cruzeiro 3x1 Cerro Porteño
22/02/2011 - Libertadores - Cruzeiro 4x0 Guaraní
16/04/2014 - Libertadores - Cruzeiro 1x1 Cerro Porteño
04/04/2017 - Sul-Americana - Cruzeiro 2x1 Nacional

Partidas no Paraguai - histórico:

14/03/1976 - Libertadores - Sportivo Luqueño 1x3 Cruzeiro
18/03/1976 - Libertadores - Olimpia 2x2 Cruzeiro
04/10/1989 - Supercopa - Olimpia 2x0 Cruzeiro
06/11/1991 - Supercopa - Olimpia 0x0 Cruzeiro
04/11/1992 - Supercopa - Olimpia 0x1 Cruzeiro
07/09/1994 - Supercopa - Olimpia 2x0 Cruzeiro
09/03/1995 - Copa Master - Olimpia 0x0 Cruzeiro
06/04/2001 - Libertadores - Olimpia 3x4 Cruzeiro
06/02/2008 - Libertadores - Cerro Porteño 2x3 Cruzeiro
30/03/2011 - Libertadores - Guaraní 0x2 Cruzeiro
30/04/2014 - Libertadores - Cerro Porteño 0x2 Cruzeiro

Um comentário:

  1. Fábio e Dedé na reserva é brincadeira. Fábio goleiro das defesas impossíveis. Líder, capitão. Ídolo. Não se desconstrói um ídolo. Dedé é craque.

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