Douglas Zimmer*
Salve,
China Azul!
Se a
desculpa para as atuações nada convincentes dos últimos tempos foi a falta de
foco e de interesse, ela já não poderá mais ser usada a partir de agora.
Entrando no quinto mês do ano, é hora de o Cruzeiro finalmente jogar como nunca
para, mesmo fora de casa, mostrar à torcida que esse elenco tem condições de
alçar voos mais altos e conquistar o título de campeão mineiro. Até aqui, a
Raposa conseguiu os objetivos, mas muitas vezes sem se sobressair aos adversários.
Entretanto, a missão agora é outra: é preciso vencer, não há mais margem para
erros e apagões.
Com a
vantagem de jogar pelo empate, o Atlético deve dificultar ao máximo toda e
qualquer investida do time de Mano Menezes. No primeiro confronto, diante de sua torcida, o Cruzeiro esbarrou no nervosismo e, com o passar do tempo, na
falta de criatividade para furar a bem armada retranca alvinegra. Tendo em
vista as propostas de ambos os lados, não tenho dúvidas de que os visitantes
tiveram mais sucesso e ainda conseguiram levar mais perigo ao gol defendido por
Rafael nas poucas chances que criaram a partir de ligações diretas. Um fato, no
mínimo, preocupante.
Raniel: destaque ante a Chapecoense (Créditos: Washington Alves/Cruzeiro) |
Não
tenho dúvida de que o fator psicológico será fundamental para as pretensões
celestes no domingo. Na quarta-feira, os próprios jogadores admitiram que uma
das razões para a fraca atuação contra a Chapecoense foi o fato de a equipe não
conseguir tirar a final da cabeça. Aliás, diante dos catarinenses, vimos um time
disperso, sonolento e nada criativo. As únicas boas notícias foram as atuações
de Raniel - pelo gol - e Dedé - cada vez mais perto de voltar de vez ao time.
Se foco não será o problema, resta saber se o time terá físico e técnica para
superar o adversário.
Mais espaços no Independência
É evidente
que, além do comportamento cruzeirense, o Atlético também deve mudar a postura,
especialmente por jogar no Horto, diante de sua torcida. Talvez essa seja a
principal incógnita do clássico. Mesmo tendo a vantagem de atuar pelo empate,
não acredito que Roger irá instruir sua equipe da mesma maneira do primeiro duelo.
A tendência é de que a equipe saia mais para o jogo, dando mais espaços para o
Cruzeiro. Espaços que faltaram no domingo passado. Caberá à Raposa
aproveitá-los. O meio-campo precisa se encontrar e participar mais do jogo.
Raposa já venceu dois clássicos no ano (Créditos: Washington Alves/Cruzeiro) |
O que
eu tenho notado neste ano é que, quando abre vantagem, o Cruzeiro tira o pé do
acelerador e tenta administrar o resultado da pior maneira: abdicando do jogo.
Por outro lado, quando enfrenta uma defesa bem postada e não consegue marcar
com rapidez, algumas peças abusam das jogadas individuais, enquanto outras
simplesmente rifam bolas e insistem em jogadas que não condizem com a escola
celeste, como os 'chuveirinhos' vindos de qualquer parte do campo. Falta
coerência! O time domina os adversários, mas não consegue transformar a
superioridade em gols.
Em
suma, o Cruzeiro precisa se reinventar, mas sem jogar fora o que já construiu
de positivo, se quiser sair do Horto com o caneco de campeão estadual deste
ano. Time, temos. Resta saber se será o suficiente. Torcida, mesmo que em menor
número, não faltará.
Força,
Cruzeiro!
*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!
O Cruzeiro é um bom time, mas o treinador é medíocre. Tivesse um treinador de verdade os resultados seriam outro.
ResponderExcluirTá maluco ! Temos um dos melhores treinadores do Brasil reconhecido pela imprensa nacional !
ResponderExcluirConcordo em número é gênero, mas realmente está faltando ao Cruzeiro o nosso time do povo, atacantes mais eficazes, que têm boas finalizações,pois, atualmente temos poucos. Outra situação a ser corrigida no time é que passe a chutar com mais precisão ao gol. É um time de bom toque de bola, mas peca muito nas finalizações o que compromete nos resultados.
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