16 dos 49 mata-matas
desde 2004 terminaram com clube de melhor
campanha eliminado;
Atlético é maior vilão, Cruzeiro maior vítima
Vinícius Dias
Neste domingo, às 16h, a Arena Independência recebe a partida
decisiva do Campeonato Mineiro. Depois do empate por 0 a 0 no confronto de ida,
no Mineirão, o Atlético entra em campo precisando de outra igualdade para
conquistar o título. No caso do Cruzeiro, a única alternativa é vencer e
reverter a vantagem assegurada pelo arquirrival, líder da primeira fase - joga
por dois empates ou combinação vitória e derrota com mesmo saldo de gols. Mais
do que isso: a equipe estrelada precisará assumir papel oposto ao ocupado ao
longo da história.
De acordo com levantamento realizado pelo Blog Toque Di Letra - considerando as quartas de final de 2009 e
2010, semifinais de 2004 a 2017 e decisões de 2004 a 2016 -, 16 das 49 séries
de mata-matas disputadas no atual formato do estadual tiveram reversão de
vantagem. Curiosamente, no entanto, o Cruzeiro é o clube que mais vezes foi
superado por adversários que haviam feito campanhas inferiores na primeira
fase: sete. Atlético, com três reveses; Tupi, com dois; América, Caldense,
Democrata de Governador Valadares e Ipatinga, com um cada, fecham a lista.
Duelo de ida da final terminou 0 a 0 (Créditos: Washington Alves/Cruzeiro) |
Por outro lado, o Atlético é quem mais vezes levou a melhor diante
de equipes que haviam somado mais pontos na fase de classificação: seis.
Cruzeiro, com quatro; Ipatinga e América, com três, aparecem a seguir. Em
clássicos, o alvinegro registra três reversões contra duas celestes. Os números
ainda apontam que, na prática, apenas duas das 49 séries de mata-matas foram
decididas com base na vantagem de dois empates ou vitória e derrota pelo mesmo
saldo. Na última delas, em 2014, a Raposa foi campeã depois de duas partidas
com placar zerado contra o Galo.
Séries de mata-matas com vantagem revertida:
2004 - Semifinais - Cruzeiro (3º) eliminou o América (2º)
2004 - Decisão - Cruzeiro (3º) campeão diante do Atlético (1º)
2005 - Decisão - Ipatinga (2º) campeão diante do Cruzeiro (1º)
2006 - Decisão - Cruzeiro (2º) campeão diante do Ipatinga (1º)
2007 - Decisão - Atlético (2º) campeão diante do Cruzeiro (1º)
2008 - Semifinais - Atlético (3º) eliminou o Tupi (2º)
2009 - Decisão - Cruzeiro (2º) campeão diante do Atlético (1º)
2010 - Quartas de final - Ipatinga (5º) eliminou o Tupi (4º)
2010 - Semifinais - Ipatinga (5º) eliminou o Cruzeiro (1º)
2010 - Semifinais - Atlético (3º) eliminou o Democrata (2º)
2012 - Semifinais - América (3º) eliminou o Cruzeiro (2º)
2013 - Decisão - Atlético (2º) campeão diante do Cruzeiro (1º)
2015 - Semifinais - Atlético (3º) eliminou o Cruzeiro (2º)
2015 - Decisão - Atlético (3º) campeão diante da Caldense (1ª)
2016 - Semifinais - América (4º) eliminou o Cruzeiro (1º)
2016 - Decisão - América (4º) campeão diante do Atlético (2º)
isso quer dizer que dizer que 68% dos que tiveram vantagem se sairam bem.
ResponderExcluirExato, Luciano!
ExcluirMas há alguns pontos interessantes:
Oito dos 13 campeões neste formato reverteram vantagem - quase o dobro do índice geral, que considera as quartas de final e as semifinais.
O Cruzeiro, que buscará a reversão neste domingo, é curiosamente quem mais vezes foi eliminado/vice-campeão tendo a vantagem.
O Atlético, que hoje defende a vantagem, é quem mais vezes eliminou/foi campeão diante de equipes que estavam nessa condição.