Douglas Zimmer*
Salve,
China Azul!
Escrevo
sobre o Cruzeiro desta semana sem saber se reclamo ou dou os parabéns. Estou em
dúvida entre criticar a atuação desastrosa contra o Avaí e a bobeira no gol do
Palmeiras, na quarta-feira, ou elogiar a disposição para enfrentar um
adversário que investiu pesado e que, ainda assim, ficou pelo caminho graças ao
empenho do coletivo. Não decidi se corneto a falta de tranquilidade que o time
passa quando precisa do resultado ou se dou os parabéns por ter encontrado um
aparente equilíbrio emocional quando o marcador lhe é favorável.
Vou para
cima do muro! É muito, mas muito, cedo para qualquer comemoração ou euforia. No
entanto, seria injustiça de minha parte não reconhecer a evolução que a equipe
vem apresentando nos últimos tempos. Há muito a melhorar e muito caminho a
percorrer, mas, por exemplo, parece que Mano Menezes encontrou uma formação
mais próxima da ideal, apesar dos desfalques. Hoje, mesmo sem peças
fundamentais como Arrascaeta, Robinho, Manoel e Ezequiel, o treinador consegue
colocar em campo um time sem fugir muito da característica que lhe agrada.
Classificação e festa diante do Palmeiras (Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro) |
Se o
time ainda não é o primor que a torcida exige, alguns pontos críticos deram
sinal de melhora na comparação com um passado não muito distante. A defesa, que
vinha muito mal, se tornou mais equilibrada com a entrada de Murilo e a
retomada do bom futebol de Diogo Barbosa. Ariel Cabral e Henrique - Romero vem
muito bem na lateral-direita - voltaram a jogar em sintonia e, com isso os
meias têm mais liberdade para criar e chegar ao ataque. Alisson tem tido boas
atuações, sendo o jogador que mais busca o drible e a jogada aguda. Sassá, mesmo
tendo perdido chances claras em Santa Catarina, já mostrou que pode funcionar
como homem de área.
O preço do pecado da omissão
Por
outro lado, há peças que seguem deixando a desejar e oxalá tenham o futebol
içado pela melhora coletiva. Não preciso citar nomes, porque quem assiste às
partidas percebe que alguns atletas, seja por falta de concorrência, seja por
falta de motivação, seja por falta de qualidade mesmo, destoam e comprometem. É
o preço do pecado da omissão na hora de montar o elenco. Se pecar por excesso é
ruim, pecar por displicência é ainda pior. Alguns setores do time ficam pobres
em opções sempre que ocorre algum imprevisto, que não estão nos sendo poupados,
enquanto outros sequer têm uma figura que seja considerada unanimidade.
Sassá: bom início com a camisa celeste (Créditos: Eduardo Valente/Light Press/Cruzeiro) |
De
qualquer modo, minha avaliação do momento cruzeirense é simples, quase simplista:
nem tanto ao céu, nem tanto à terra. Já é passada a hora de o time conhecer
suas limitações e usar isso para atingir seus objetivos. Não dar passos maiores
do que as pernas e agir sempre sem virar as costas para a tradição da camisa
estrelada.
Força,
Cruzeiro!
*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!
Realmente! Com exceção aos times de 1966, 1976 e 2003, os demais títulos de expressão conquistados pelo Cruzeiro, eram "limitados" tecnicamente mas possuíam um coletivo que superavam esse quesito.
ResponderExcluirOs times de 2013/2014, que encantaram o País, eram "limitados"???
ResponderExcluirRobes, se fizermos uma análise realista dos times de 2013/2014, vemos que não tínhamos craques, tínhamos um belo conjunto que, ao fazer o jogo coletivo, sobressaíam os melhores, caso de Everton Ribeiro, Ricardo Goulart, Lucas Silva, bons jogadores, mas nunca foram craques na acepção da palavra....
ExcluirPara o MAIOR DE MINAS isso é muito pouco realmente, estamos acostumados com titulos.
ResponderExcluirÉlber é um dos que precisam evoluir muito. Ele passa a impressão de pouco envolvimento, quase indiferente a tudo o que acontece. Tem de ser mais criativo e participativo.
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