Alisson Millo*
Fim
de ano chegou. É tempo de reunir a família, agradecer tudo o que passou e pedir
novas realizações para o ano seguinte. Na reunião da família atleticana, creio
que seja consenso que teremos pouco a agradecer e bastante a pedir para a
próxima temporada.
Começando
pelos pontos positivos, um título estadual diante do maior rival, que tem um
sabor a mais, e a Arena MRV. O troféu do Campeonato Mineiro é mais tangível
para se expor na sede, mas, em termos de relevância para o clube, a aprovação
do Conselho ao projeto do estádio próprio foi a maior conquista do Galo em
2017. Em tempos de crise, um aumento exponencial no patrimônio, sem gastar mundos
e fundos, com a possibilidade de garantir o futuro do clube, é o negócio dos
sonhos.
Aprovação da Arena foi nosso presente (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
No
entanto, a balança do ano do Atlético pesa mais para o lado negativo.
Eliminações precoces em competições em que o título era obsessão, desempenho
muito aquém no Brasileirão e a ausência na Libertadores em 2018 depois da
vergonha de ter que depender do Flamengo. Peças-chave do elenco foram mal, as
contratações surtiram pouco efeito e ficamos a ver navios. Mas a verdade é que
tudo isso já foi mais do que tratado pelo colunista corneteiro que vos escreve
ao longo desta temporada. Vamos olhar para frente e tentar ser otimistas.
Reforços para Oswaldo de Oliveira
A
nova diretoria já vem se articulando no mercado de transferências, trouxe
Samuel Xavier, Arouca, Erik, Ricardo Oliveira e outros nomes vêm sendo
comentados para o ataque e a defesa. Carlos, Hyuri e Danilo serão reintegrados
e voltarão a ser opções. De saída, destaque para Fred, que foi para o rival, e
Marcos Rocha, que está de partida em uma negociação com o Palmeiras, com a
vinda de Roger Guedes. Claro que essas transferências não agradam a toda a
massa, mas Kalil já dizia que essa é a torcida mais chata do Brasil, então
vamos dar tempo ao tempo.
Que o Galo volte a ser Doido em 2018 (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Não é
como se estivéssemos perdendo Messi a preço de banana ou trazendo de volta um Conceição. É fato que o dinheiro está curto e tem que se trabalhar com
o que está disponível. Nem de longe o prognóstico é dos tempos mais sombrios,
até porque, em 2004 e 2005, o elenco era estrelado e capaz de muito mais do que
ofereceu. Se vamos mirar algum time, que seja o Corinthians deste ano, que
iniciou como 'quarta força de São Paulo', sem grandes nomes, e terminou como
primeira do Brasil.
No Ano Novo, o velho atleticano
O adversário
da primeira fase da Copa Sul-Americana já é conhecido. O San Lorenzo, famoso
time do papa, campeão da Libertadores recentemente. O caminho começa tortuoso e
serve de alerta desde já para a preparação. Bom, desde a reapresentação. Enfim,
não é porque o jogo de ida está marcado para abril que poderemos levar com a
barriga até lá.
Para
não passar em branco no quesito promessas de Ano Novo, uma meta pessoal é ser
mais otimista, mesmo que, às vezes, o Atlético não me dê muitas razões para
isso. Como o bom e velho espírito atleticano recomenda, que em 2018 tenhamos
menos corneta e mais apoio.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual capitão da seção Fala, Atleticano!
Saiu Fred Guedes, deve vir Roger Guedes, o Galo cede Marcos Rocha ao Palmeiras praticamente a preço de banana nanica (2,99 0 quilo) e traz algum refugo palmeirense. Esse ano promete ser pior do que o ano passado, mas poderá ser melhor, afinal, ano passado o Galo montou uma seleção e não chegou sequer a ser uma "selecinha". Vamos aguardar, mas daí a ser otimista o caminho é longo. O alvo inicial é não ser rebaixado no Brasileiro. O que vier, além disto, será lucro.
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