Alisson Millo*
Oswaldo
de Oliveira chegou, deu uma cara nova para o time, que já está há três jogos
sem sofrer gols e mostrou uma ligeira melhora. Para quebrar a rotina de maus
resultados e cornetas, enfim, uma crônica enaltecendo, jogando para cima. Essa,
em especial, para um dos pilares do Atlético em uma temporada quase desastrosa.
Roger
Machado e Rogério Micale vieram e se foram, Oswaldo está aí e, independentemente
do esquema armado pelos três, uma peça quase sempre se destacou. Olhando para
um elenco renomado, com jogadores de seleções diversas, pouca gente imaginaria
que a referência seria Fábio Santos. Fábio chegou com a difícil missão de
substituir o campeão olímpico Douglas Santos, em uma posição historicamente
carente do clube, mas, com muita qualidade, superou provavelmente todas as
expectativas.
Fábio Santos: alto nível a serviço do Galo (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Não
que o camisa 6 seja craque, mas na situação em que o Galo se encontrava e, de
certa forma, ainda se encontra, um jogador seguro, com experiência e que chama
a responsabilidade é tudo que o time precisa. Inclusive, saiu dos pés dele o
gol da importantíssima vitória de quarta-feira contra o São Paulo. Alguns vão
dizer que foi só um gol de pênalti na tentativa de diminuir o feito, mas em
tempos tenebrosos, em que nem de pênalti os atacantes fazem gols, ter uma peça
confiável a quem recorrer faz a diferença. E não é de hoje que ele vem sendo o
diferencial.
Quantidade e qualidade no Galo
Neste
ano, o lateral-esquerdo já tem 53 jogos com o manto sagrado, marcando quatro
gols, uma assistência, uma convocação para a seleção brasileira e 100% de
aproveitamento nas penalidades, o que o transformou em cobrador oficial. Na
defesa, segundo o Footstats, são 74
desarmes, tendo sido amarelado nove vezes e jamais expulso. Ainda bem, porque,
desde que chegou, Fábio não tem um reserva à altura. A verdade é que poucos
laterais esquerdos no Brasil são tão bons e decisivos quanto ele.
Equipe de Oswaldo tem boas surpresas (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Se o
assunto são boas surpresas, menção mais do que merecida às atuações de Roger
Bernardo, que foi bem ao lado de Adilson, e Felipe Santana, literalmente
gigante, contra o São Paulo. Pouco a pouco, o Atlético vai se distanciando do
Z4 e sonhando com a Libertadores do ano que vem. É difícil, mas acreditar
sempre foi o forte do Galo. Para os objetivos serem alcançados, vamos precisar
bastante dessas boas surpresas e dos bons jogos costumeiros de nomes como
Victor, Adílson e, claro, Fábio Santos.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual capitão da seção Fala, Atleticano!
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