Douglas Zimmer*
Salve,
China Azul!
Convenhamos
que 2017 foi um ano bom para os cruzeirenses. Podemos nos queixar de algumas
coisas, mas, na média, tivemos mais ganhos do que perdas. Além do inestimável
título da Copa do Brasil, foi uma temporada de renascimento do clube como um
todo. Torcida, jogadores, comissão técnica e até diretoria, ao que tudo indica,
voltaram a falar a mesma língua e a buscar os mesmos objetivos. Um pouco
daquela química que tanto nos inebriou durante o bicampeonato nacional em 2013
e 2014 está de volta.
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O ano
está chegando ao fim e ousaria eu dizer que, neste domingo, disputaremos nosso
último jogo de verdade na temporada. Apesar de um improvável título da Série A
ainda ser matematicamente atingível, sabemos que dificilmente o time terá gás
para vencer todos os seus jogos e, além disso, a sorte de contar com vários
tropeços de outras quatro ou cinco equipes. Sendo assim, o clássico é o que, a
princípio, marca o fim de mais um ciclo no futebol cruzeirense. Um jogo para
encher o estádio e mostrar que tudo o que foi feito e conquistado durante o ano
não caiu do céu.
Elenco e torcida: química está de volta (Créditos: Cristiane Mattos/Light Press/Cruzeiro) |
Começamos
a temporada desacreditados, desanimados e preocupados com o que nos esperava.
Não era para menos. O time vinha de dois anos apáticos, insossos, muito aquém
daquilo que se espera do Cruzeiro. Eis que, de repente, a equipe começa a
engrenar, a pegar um entrosamento legal e, surpresa, amigos: somos pentacampeões
da Copa do Brasil e temos vaga garantida na fase de grupos da próxima edição da
Copa Libertadores. Acaso? Coincidência? Milagre da providência? Nada. Trabalho.
Dos bem feitos, apesar das ressalvas. E, para encerrar o expediente, um
clássico.
90 minutos para relembrar 2017
É o
último pedido da tua torcida neste ano, Cruzeiro: o clássico. Vencê-lo. Fazer
mais uma linda festa ainda em 2017. Mineirão lotado, jogar bem e derrotar um
dos melhores elencos do Brasil - sejamos justos. Coroar a retomada do
sentimento de ser cruzeirense e reconhecer em si mesmo um afortunado, com todo
o respeito aos demais, colocando em 90 minutos um resumo daquilo que de melhor
a camisa celeste nos proporcionou.
Cruzeiro iniciou o ano vencendo clássico (Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro) |
Não
que eu não vá acompanhar o time depois deste domingo. Muito pelo contrário. Vai
que chegamos à segunda-feira com 0,1% de chance de título. Já pensou? Todo meu
otimismo e minha fé futebolística estarão sustentando esse maldito décimo de
probabilidade. É futebol. Não é nada mais nem nada menos do que futebol. De
qualquer maneira, nas próximas horas, tudo será clássico. Não são só os três
pontos. Não é só a chance de subir na tabela. Não é só o gostinho de manter o
rival longe da parte nobre da classificação. É tudo isso e mais um pouco. É o
último jogo do ano.
Aturinha ou surtinha no sub-20
Aproveitando
o espaço, congratulo os meninos do sub-20 do Cruzeiro que, na última
sexta-feira, conquistaram o Campeonato Brasileiro da categoria. Foi o quarto
título da Raposinha, o primeiro sob a chancela da CBF. Apesar de achar que a
função primordial da base é formar atletas, um título dessa importância é
sempre bem-vindo e acaba por valorizar o trabalho sério e competente que vem
sendo executado na Toca I. Parabéns a todos os envolvidos nesta conquista. Em
breve, teremos um reencontro nos profissionais.
Força,
Cruzeiro!
*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!
De fato, no começo do ano eu não imaginava que conquistaríamos este título maravilhoso, por si mesmo, por ser tetra e por nos colocar na Libertadores.
ResponderExcluirBelo texto incentivando nossos atletas a lutarem para vencer o clássico e que venha mais uma vitória do nosso honorável cruzeiro.
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