Alvimar convidado para superintendência

Vinícius Dias

Presidente do Cruzeiro entre 2003 e 2008, Alvimar Perrella pode voltar à cena no próximo ano. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, o empresário recebeu um convite para assumir a superintendência de futebol do clube celeste caso a chapa Tríplice Coroa leve a melhor nas eleições presidenciais, que serão realizadas no início de outubro. Coincidentemente, o cargo está vago desde a saída do advogado Sérgio Santos Rodrigues, hoje cabeça da chapa, há cerca de cinco meses.

Alvimar Perrella avalia convite da chapa
(Créditos: Chapa Tríplice Coroa/Divulgação)

"Está sendo conversado ainda. É interesse nosso que ele venha a trabalhar conosco no departamento de futebol. Fizemos o convite e existe essa possibilidade", confirmou o candidato a primeiro vice-presidente Giovanni Baroni. Internamente, a expectativa é de novidades em setembro. A exemplo do irmão e senador Zezé Perrella, que oficializou a candidatura à presidência do Conselho Deliberativo há duas semanas, Alvimar aparece como um dos principais apoiadores da chapa Tríplice Coroa.

Mudança no comando da Liga

Com mandato perto do fim no Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares também deixará o comando da Primeira Liga nos próximos meses. A expectativa é de que presidente e vice - o atual é Francisco Battistotti, mandatário do Avaí - para o biênio 2018/2019 sejam definidos em dezembro. De acordo com o estatuto vigente, apenas os presidentes dos filiados podem concorrer ao cargo. Neste momento, a entidade conta com 19 clubes, de oito estados, e reúne 40% dos participantes da Série A.

Situação otimista por Conselho

Candidato à presidência do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, Fernando Torquetti Júnior já tem trabalhado nos bastidores ao lado dos principais nomes da situação, confirmando o cenário revelado pelo Blog no início deste mês. O tom é de otimismo para o pleito. "Minha expectativa é de que tenhamos uma disputa parecida à eleição do Wagner Pires para presidente, na qual a intenção de votos é de 60% a nosso favor em pesquisas realizadas pela chapa União com todos os conselheiros do clube", disse.

Sócios de Cruzeiro e Flamengo em alta

Vinícius Dias

Cruzeiro e Flamengo entrarão em campo para o primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil apenas daqui a oito dias. Fora das quatro linhas, no entanto, os clubes já têm colhido os frutos da classificação. Desde quinta-feira, dia seguinte à disputa das semifinais, os finalistas têm liderado o ranking de adesões a programas de sócios-torcedores. Juntos, celestes e rubro-negros somaram mais de 9,3 mil novos sócios até essa terça-feira, de acordo com dados disponibilizados no site Histórico Futebol Melhor.

Raposa: mais 4,6 mil sócios em seis dias
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

O programa do Cruzeiro registrou pico na sexta-feira, com 1,6 mil filiações. O clube mineiro, que ainda liderou o ranking diário de adesões no sábado e no domingo, contabilizou 4,6 mil novos sócios depois de eliminar o Grêmio e avançar à final. O Flamengo, por sua vez, teve pico nessa terça-feira, com 1,2 mil inscrições. 1º colocado também na última quinta-feira e nessa segunda, sempre com a Raposa aparecendo na vice-liderança, o clube carioca conquistou 4,7 mil sócios-torcedores em seis dias.

Expectativa de novas adesões

Em meio à evolução dos números, o Cruzeiro realizará uma ação especial nesta quinta-feira: com atendimento das 9h às 17h, a central do sócio, no Ginásio do Barro Preto, abrirá exclusivamente para adesões. Os inscritos nas categorias cativas terão acesso garantido ao segundo jogo da decisão, no dia 27, no Mineirão, enquanto os sócios Cruzeiro Sempre (50% de desconto), Papafilas (10% de desconto) e Time do Povo terão prioridade na compra de ingressos, com preços entre R$ 50 e R$ 300.

Na mira de partido, Léo Silva recusa política

Vinícius Dias

Capitão desde 2014 e considerado um dos maiores ídolos da história do Atlético, Leonardo Silva está bem cotado também fora das quatro linhas. Faltando mais de 13 meses para as eleições estaduais e federais, o potencial do atleta chama a atenção de articuladores políticos em Minas Gerais. Fontes ligadas ao PEN, por exemplo, revelaram ao Blog Toque Di Letra que, internamente, o nome está em pauta desde o ano passado.


Nos bastidores, a avaliação é de que Leonardo Silva teria condições de reeditar o sucesso político de ídolos como o ex-presidente Alexandre Kalil (PHS) e o ex-goleiro João Leite (PSDB) caso decidisse concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. A essa altura, no entanto, a cúpula do partido trabalha com a informação de que o zagueiro pretende seguir atuando em 2018, o que dificultaria uma tentativa de aproximação.

Léo Silva: zagueiro com mais gols no Galo
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Consultada nessa segunda-feira, a assessoria de imprensa de Leonardo Silva assegurou que o camisa 3 não está filiado a nenhum partido nem tem planos de ingressar na política, seja neste momento ou após a aposentadoria. Com 28 gols em 305 partidas disputadas com a camisa do Atlético, o capitão tem contrato com o clube até o fim desta temporada.

Alternativas da sigla para 2018

Sem o zagueiro, o PEN tem o ex-atacante Marques, hoje no PTB, como um dos principais alvos para a disputa pela Assembleia Legislativa e dá como quase certa a candidatura de Somália, ex-centroavante de Fluminense e América, a deputado federal no próximo pleito.

As perguntas sem respostas no Atlético

Alisson Millo*

Áudio de discurso do ex-presidente Alexandre Kalil, promoção e retorno à base de dirigente em questão de dois meses, polêmicas relacionadas à construção ou não do estádio. A meu ver, o ambiente fora de campo no Atlético é um reflexo das más atuações do time - vitória diante da Ponte Preta, nesse domingo, à parte. Ou, em outro prisma, podemos refletir se a turbulência nos bastidores não influencia a equipe, que chegará a setembro sem um padrão definido e aprovado.


Comecemos pelo caso André Figueiredo. Promovido a superintendente de futebol profissional após a morte de Eduardo Maluf, Figueiredo dividia opiniões entre os torcedores. Protestos nas redes sociais, faixas na Arena Independência e na Arena do Jacaré, além das declarações do meia-atacante Bernard, via Twitter, na última quarta-feira. Curiosamente, na quinta-feira, semanas depois de bancá-lo como homem de confiança, Daniel Nepomuceno optou pelo retorno do dirigente às categorias de base do clube alvinegro. Sendo assim, se tornou um 'ex-ex-diretor'.

André ao lado de Nepomuceno e Micale
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Questionamentos também ao presidente, especialmente pelo planejamento para a temporada. Entusiasta do estilo 'Galo Doido', Nepomuceno contratou Roger Machado, famoso por buscar um jogo de toque de bola, muita posse, mais tático do que ofensivo. No início do ano, Rafael Carioca era praticamente o único volante do elenco e, por isso, uma boa proposta foi recusada. Agora, o camisa 5 não é mais jogador do Atlético: foi vendido mesmo sendo um dos nomes que mais vinha crescendo. Ou seja, temos volantes até demais, mas nenhum com a mesma qualidade técnica.

Idas e vindas no planejamento

Ainda sobre o planejamento, alguns atletas não mostraram a que vieram ou nem tempo tiveram e deram lugar aos antes emprestáveis. Danilo Barcelos chegou, virou titular e já saiu. Alex Silva, que estava fora dos planos, voltou às pressas pela falta de laterais. Clayton foi para o Corinthians em troca de Marlone, não jogou e está de volta. Pedido do já demitido Roger Machado, Marlone segue aqui, mas não joga. Maicosuel voltou como solução e já não joga mais no Galo. Hoje, a opção de velocidade é Pablo, o mesmo que até outro dia estava no Japão e não tinha espaço no Atlético.

Atlético teve ano de mudanças no elenco
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

No início do ano, todas as fichas eram depositadas na Libertadores - e na Copa do Brasil. Fichas jogadas fora. Roger Machado foi demitido após o jogo de ida em ambas as competições, veio Rogério Micale, o time não teve um salto de qualidade, o tal do fato novo não deu em nada e o resultado foi duas eliminações nos principais objetivos. O presidente, inclusive, apontou a presença no torneio sul-americano como 'obrigação' e fez cara de poucos amigos. De nada adianta se, no dia a dia, não há evolução. Nepomuceno, por sinal, pode nem tentar a reeleição ao cargo.

Estamos a dois pontos do G6, mas a matemática neste momento é chegar aos 45. Depois, sim, sonhar. Pode parecer triste, mas é o que temos. Se o desempenho e os resultados fossem maiores do que o discurso, teríamos menos perguntas sem respostas e a realidade seria outra.

*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual capitão da seção Fala, Atleticano!

R$ 6,5 milhões em jogo na Copa do Brasil

Vinícius Dias

Mais do que a chance de conquistar um título depois de duas temporadas em branco, o que não acontecia desde o fim da década de 1980, estará em jogo para o Cruzeiro na decisão da Copa do Brasil uma premiação milionária. Finalista pela sétima vez e em busca do pentacampeonato, o time celeste enfrentará o Flamengo, no Maracanã, no dia 07 de setembro. A partida de volta será realizada no dia 27, no Mineirão.

R$ 6,8 milhões em premiação até a semi
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

Caso seja campeã, a Raposa vai faturar R$ 6 milhões - a presença na final já garante R$ 2 milhões, valor da premiação que será repassada ao vice-campeão da Copa do Brasil. Patrocinado pela Caixa, a exemplo do Flamengo, o clube ainda receberia um bônus de patrocínio de R$ 500 mil. O valor está previsto no contrato com o banco estatal, que assegura R$ 11 milhões fixos e R$ 1,5 milhão por conquistas até dezembro.

Expectativa de R$ 18,7 milhões

Apresentado ao Conselho em abril, o orçamento para esta temporada prevê R$ 18,7 milhões em premiações, conforme apurou o Blog Toque Di Letra. Eliminado na primeira fase, o Cruzeiro arrecadou US$ 250 mil, cerca de R$ 780 mil, na Copa Sul-Americana. Na Copa do Brasil, da primeira fase às semifinais, as cifras chegaram a R$ 6,8 milhões. O time comandado por Mano Menezes ainda disputa Copa da Primeira Liga e Brasileirão.


Mirando inédito título, equipe conta com armador pentacampeão
por Flamengo e Bauru; tabela desta edição ainda não foi definida

Vinícius Dias

Reformulado depois de terminar a temporada 2016/2017 do Novo Basquete Brasil (NBB) na 13ª colocação, o Minas já se prepara para a disputa da próxima edição. Agora comandada por Flávio Espiga, ex-auxiliar técnico do Basquete Cearense, a equipe sonha em conquistar seu primeiro título na principal competição nacional. À espera da definição da data de estreia, o elenco minastenista realizou na tarde desta sexta-feira um treino aberto em Itabirito, na Região Central do estado.

Gegê duela contra jovens de Itabirito
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

Centenas de itabiritenses acompanharam as atividades no Ginásio Poliesportivo Pedro Cardoso. "Estou muito motivado, muito feliz. O Minas é um clube que oferece uma estrutura ímpar. O grupo está bem homogêneo, sempre junto e fazendo do dia a dia uma coisa saudável. Temos muito a crescer. Esperamos surpreender. Se as pessoas não estão acreditando na gente, vamos surpreender", assegurou o armador Gegê, pentacampeão do NBB com as camisas de Flamengo e Bauru.

Treinador espera grande temporada
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

Com passagem pelo clube como atleta entre 2003 e 2005, Flávio Espiga retorna otimista. "Particularmente, estou muito feliz com a oportunidade de desenvolver esse trabalho em um lugar em que gosto tanto e fui muito feliz. A temporada será longa, não será fácil, mas estamos preparando o grupo técnica, física e mentalmente para enfrentar e ultrapassar os obstáculos", destacou o treinador, após as mini-partidas de exibição entre o elenco minastenista e jovens de escolas estaduais e municipais.

Programação esportiva na cidade

O treino aberto fez parte da programação do 1° Congresso Mineiro de Esporte e Desenvolvimento, que teve início em Itabirito na terça-feira, dia 22 de agosto, e termina nesta sexta-feira. O evento foi realizado pela Prefeitura e teve o Minas Tênis Clube como um dos parceiros.


Na temporada passada, atacante teve participação direta em 20 gols
do Galo no torneio; nesta edição, marcou um e deu duas assistências

Vinícius Dias

Protagonista do Atlético vice-campeão da Copa do Brasil e quarto colocado no Campeonato Brasileiro, Robinho fechou a temporada passada como artilheiro do futebol brasileiro, marcando 25 gols em 55 jogos. Com 20 participações diretas em gols, o camisa 7 foi ainda o segundo jogador mais decisivo da Série A de 2016, superado apenas por Diego Souza, do Sport, com 21. Nesta edição, no entanto, não tem conseguido ajudar o time alvinegro a se aproximar do G6, zona de classificação à Libertadores.


Desde 28 de maio, quando deixou sua marca aos 36' da etapa inicial do duelo com a Ponte Preta, válido pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro, Robinho não balança as redes. De lá para cá, são 1.093 minutos e 19 partidas de jejum, o maior da carreira do atacante, que virou reserva na era Rogério Micale. "A gente passa por algumas fases difíceis na vida e só existe um lugar em que essa situação pode ser revertida no caso de um jogador de futebol: dentro de campo", disse o treinador na última semana.

Robinho não marca gols há 19 jogos
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

O gol contra a Macaca, que voltará a enfrentar o Galo neste domingo, no estádio Moisés Lucarelli, foi o único marcado pelo camisa 7 na competição até o momento. Somando as duas assistências, são três participações diretas em gols nas 16 apresentações, com média de 0,19 por jogo. As estatísticas apontam perda de 71,6% do poder de fogo na comparação com a edição passada, quando balançou as redes 12 vezes e ainda deu oito assistências nas 30 atuações, com média de 0,67 por partida.

Robinho em 2016 - números na Série A:

Número de jogos: 30 partidas - titular em 26
Média de gols: 12 gols marcados - 0,4 por partida
Média de assistências: 8 assistências - 0,27 por partida

Robinho em 2017 - números na Série A:

Número de jogos: 16 partidas - titular em 11
Média de gols: 1 gol marcado - 0,06 por partida
Média de assistências: 2 assistências - 0,13 por partida

Cruzeiro: de branco, a caminho da final

Vinícius Dias

Cobrança de Edílson na trave. Defesa de Marcelo Grohe no chute de Robinho. Bola de Everton no travessão. De novo, Marcelo Grohe parando Murilo. Perna esquerda de Fábio interceptando a cobrança de Luan. Gol de Thiago Neves para ensandecer o Mineirão: 3 a 2 nos pênaltis, após a vitória por 1 a 0 no tempo normal, colocando a Raposa em sua sétima decisão de Copa do Brasil. Classificação diante do time que pratica o futebol mais atraente do país, o quarto da elite a cair diante de um Cruzeiro que guerreou como nunca e contou com Fábio como quase sempre.


A partida começou com o Cruzeiro buscando abrir a defesa do Grêmio. Reflexo da entrada de Élber, deixando Rafael Sóbis no banco e Thiago Neves como peça mais avançada. À exceção do passe em profundidade de Luan para Lucas Barrios, que finalizou para boa defesa de Fábio logo aos três minutos, o tricolor pouco ameaçou. A Raposa controlava bem os espaços no meio-campo, com Hudson e Henrique em grande noite, mas pecava na frente. Ora por acelerar e errar o passe, ora por construir as jogadas, mas não ter presença de área no momento da finalização.

Hudson: primeiro herói no jogo do ano
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

Motivo pelo qual, após o intervalo, Élber foi sacado para a entrada de Raniel. Mas foi Hudson, aos seis minutos, quem completou escanteio cobrado por Thiago Neves e fez o Mineirão explodir. O Cruzeiro buscava o segundo com cautela, enquanto o Grêmio, com Éverton e sem Barrios, tinha a posse longe da área. O time do contestado - geralmente, com razão - Mano Menezes, que havia vencido cinco jogos em 21 no semestre, emplaca dois triunfos seguidos. De branco. E premiando a diretoria que acreditou, mesmo quando os resultados e o desempenho indicavam o contrário.

Cruzeiro na final pela sétima vez, sonhando com o quinto título.
Com o branco, de tradição e superstição, coroando a convicção.

Quarta-feira: dia de fazer história no Cruzeiro

Douglas Zimmer*

Quem de vocês quer fazer história hoje? Quem de vocês acha que tem o que é preciso para fazer história nesta quarta-feira? Quando eu digo fazer história, me refiro à possibilidade de se tornar página heroica e imortal em um dos clubes com uma das histórias mais ricas do futebol brasileiro! Eu sei que vocês querem e que vocês conseguem. E sabe quem mais pensa como eu neste momento? Pouca gente.


Pouca é modo de dizer. Nossa imensa torcida confia no Cruzeiro. Os outros já dão a disputa como encerrada. E não é só porque o resultado não foi favorável na última quarta-feira. Antes mesmo de a bola rolar, o que eu ouvia era que 'será muito interessante a overdose de Grêmio e Botafogo no mês que vem, se o Botafogo for à final, claro'. Sim, porque acreditam que isso só não acontecerá se os cariocas forem eliminados. Tive que escutar que, pela primeira vez na Copa do Brasil, um time teria o mando de campo do primeiro jogo da semifinal e, mesmo assim, decidiria a vaga em casa. Sim: cantam aos quatro ventos que o adversário manda no Mineirão.

Aqui no Rio Grande do Sul, os torcedores estão preocupados com a falta que Geromel fará na decisão. Eles não parecem estar muito preocupados com a falta que ele pode fazer contra o Cruzeiro. Parece que se esqueceram de que ainda temos 90 minutos de jogo e que, apesar de ele ser um excelente zagueiro, lá dentro serão 11 contra 11 e, do lado de fora, perto de vocês, estarão mais de 50 mil vozes que, assim como eu, confiam e não vão parar de apoiá-los por um minuto sequer.

Mineirão terá casa cheia no duelo decisivo
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

Coube a nós a ingrata tarefa de enfrentar na semifinal o time que vem jogando o melhor futebol do Brasil neste ano. Não é demérito assumir isso. Muito pelo contrário. Isso torna ainda mais importante nossa missão. E quem quer entrar para a história não pode escolher adversário ou esperar ajuda do destino. Eu, que estive na Arena na quarta-feira passada, ouvi antes do jogo palpites como 3 a 0, 2 a 0 e o clássico 'vamos sair daqui classificados'. Mas isso não se concretizou e o que vi foi um Cruzeiro que, quando resolveu jogar futebol e atacar o adversário, deixou o estádio em silêncio, apreensivo. Pena que não tenha tido essa atitude por mais tempo.

Não fosse uma bobeira já no apagar das luzes do primeiro tempo, nossa sorte teria sido ainda melhor. Mas o que passou, passou, e é preciso encarar o restante da batalha, hoje, ciente da diferença entre fazer história e ficar pelo caminho. Vou usar as palavras de um célebre compositor gaúcho - e gremista - para definir meu modo de encarar mais essa barreira a ser superada. "Eu não vim até aqui para desistir agora", já dizia Humberto Gessinger.

Vamos lutar, vamos sofrer, vamos tentar do começo ao fim. Lembrem-se de que estatísticas e história não vão decidir nada. Mas lembrem-se também que só vocês e nossos milhões de torcedores acreditam que podemos fazer valer as estatísticas e voltar a fazer história.

Força, Cruzeiro!

*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!

Mudanças à vista na Copa do Brasil

Vinícius Dias

Sem Digão, Messidoro, Rafael Marques e Sassá, o Cruzeiro receberá o Grêmio, que não poderá contar com Paulo Victor e Arroyo. No Rio, o Flamengo não terá Diego Alves, Rhodolfo, Geuvânio e Éverton Ribeiro, enquanto Arnaldo, Marcos Vinícius, Valencia e Brenner desfalcarão o Botafogo. 12 deles estarão indisponíveis nas semifinais da Copa do Brasil por terem sido registrados após o dia 24 de abril. Embora oficialmente não tenha havido manifestações mais incisivas, a regra é alvo de críticas nos bastidores.


A adoção da antevéspera da abertura das oitavas de final como data limite reedita 2015 e 2016. Nos últimos dois anos, no entanto, o primeiro confronto das quartas de final aconteceu 35 dias após o início das oitavas e, passados outros 70 dias, foi disputada a decisão - no caso de 2016, contabilizando o adiamento em razão da tragédia com o voo da Chapecoense. Em 2017, o intervalo entre oitavas e quartas foi de 63 dias. A partida decisiva está agendada para 27 de setembro, 91 dias depois.

Sassá desfalcará o Cruzeiro na semifinal
(Créditos: Mauricio Farias/Light Press/Cruzeiro)

O objetivo do prazo é evitar a descaracterização das equipes durante o torneio. Porém, nesta edição, pesa o fato de os clubes sequer terem podido inscrever reforços - nove entre os semifinalistas - contratados na janela internacional, que ficou aberta de 20 de junho a 20 de julho. Para 2018, a expectativa é de revisão. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, antes mesmo das semifinais, fontes ligadas a pelo menos dois departamentos da CBF já haviam sinalizado a possibilidade.

Troca de clube na Copa do Brasil

Outro ponto criticado é a impossibilidade de transferências entre os clubes participantes. "Aqui no Brasil, pode jogar o Campeonato Brasileiro até sete rodadas. Então, deveriam rever isso", questionou o atacante Fred, do Atlético, à época da contratação de Marlone, descartado por já ter defendido o Corinthians. Entre os semifinalistas, Sassá já havia atuado pelo Botafogo e Brenner, atualmente no Botafogo, pelo Internacional. Em relação a esse ponto, ainda não houve sinalização da CBF.


De outubro a dezembro, clube celeste escolherá novo presidente, a
mesa diretora do Conselho e os 220 efetivos para triênio 2018/2020

Vinícius Dias

Se em campo o Cruzeiro vive a expectativa pelo duelo desta quarta-feira contra o Grêmio, rotulado como jogo do ano, fora dele o clube terá uma série de decisões nos próximos meses. A partir de outubro, serão definidos o presidente do clube, a mesa diretora do Conselho Deliberativo e os 220 associados conselheiros para o triênio 2018/2020. Nos bastidores, conforme o Blog Toque Di Letra apurou, também é cogitada a possibilidade de uma quarta eleição: para o quadro de conselheiros natos.


O pleito que apontará o novo presidente deve ser realizado no dia 02 de outubro - confirmada a data, o registro de chapas acontecerá até 22 de setembro. Até o momento, já foram lançadas duas candidaturas: o advogado Sérgio Santos Rodrigues encabeça a chapa Tríplice Coroa, cujos vices são Giovanni Baroni e Marco Túlio Miranda, enquanto o empresário Wagner Pires de Sá concorre pela chapa União - Pelo Cruzeiro, Tudo, tendo como vices Hermínio Francisco Lemos e Ronaldo Granata.

Gilvan deixará a presidência neste ano
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

A eleição da mesa diretora do Conselho Deliberativo ocorrerá no mês de novembro. Por ora, os dois candidatos confirmados são o empresário Fernando Torquetti Júnior, apoiado pelo grupo de situação, e o senador Zezé Perrella. A exemplo da disputa presidencial, têm direito a voto, com peso único, cerca de 450 conselheiros do Cruzeiro, entre beneméritos (ex-presidentes do clube e do Conselho), natos (vitalícios) e associados conselheiros com mandato até o dia 31 de dezembro.

Novos associados conselheiros

Os 220 associados conselheiros e os 110 suplentes para o triênio 2018/2020 serão conhecidos em dezembro. Participam da escolha os atuais integrantes do Conselho - incluindo os suplentes com mandato até 31 de dezembro - e os associados. Na Assembleia Geral, com voto em lista fechada, é adotado sistema de pesos: beneméritos (seis), natos (cinco), associados conselheiros, suplentes e associados do clube social (um). São elegíveis os associados admitidos há, no mínimo, dois anos.

Cruzeiro teve eleição de natos em 2013
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Arquivo)

Com vacância no quadro de natos - hoje, a lista tem 253 nomes, 27 a menos do que o estatuto fixa -, é cogitada no clube a possibilidade de eleição de novos membros em novembro ou dezembro. Poderiam concorrer associados conselheiros com pelo menos três mandatos consecutivos ou cinco alternados cumpridos. Os escolhidos pelos beneméritos e atuais natos se tornariam elegíveis para a presidência no pleito de 2020. Oficialmente, a mesa diretora do Conselho ainda não se manifestou sobre o assunto.

Ipatinga mira parcerias com clubes de BH

Vinícius Dias

O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, recebeu na última sexta-feira a visita do novo presidente do Ipatinga, Christiano Araújo, na sede do Barro Preto. O clube do Vale do Aço, que teve parceria de sucesso com a Raposa entre 2004 e 2006, atualmente disputa a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. O Tigre está na segunda colocação, com dez pontos, dois a menos do que o líder Coimbra.

Christiano Araújo ao lado de Gilvan
(Créditos: Ipatinga Futebol Clube/Divulgação)

"O trabalho que a gente está realizando, a estrutura que nós montamos aqui no Ipatinga, é para subir para o módulo II. Os salários estão em dia, a gente tem cumprido tudo da maneira como planejamos", comemorou ao Blog Toque Di Letra. Empossado em fevereiro, o presidente tem mandato até 2020 e, há três dias, acertou a contratação do experiente meia Francismar, campeão estadual em 2006 pelo Cruzeiro.

Duelo com o Atlético na agenda

O Ipatinga voltará a campo pela Segunda Divisão nesta sexta-feira, dia 25 de agosto, diante do Atlético-B, na Arena do Jacaré. Atualmente, o time comandado por Wantuil Rodrigues conta com três atletas emprestados pelo América: o volante David, o meia Patrick Allan e o atacante Jeferson. Para os próximos anos, uma das metas traçadas por Christiano Araújo é a busca de parcerias com os clubes de Belo Horizonte.


Mostra, em cartaz até 10 de setembro, relembra conquistas sob o
olhar dos fotojornalistas mineiros Gabriel Castro e Vinnícius Silva

Vinícius Dias

Da genialidade de Ronaldinho Gaúcho ao talento da dupla formada por Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart, passando pelos milagres de Victor, o futebol mineiro vivenciou momentos marcantes em 2013 e 2014. Dias de glória que os torcedores poderão reviver na exposição 'Além do Futebol'. Em cartaz até 10 de setembro no hall do Teatro Estação Cultural, no Shopping Estação BH, a mostra apresenta as conquistas sob o olhar dos fotojornalistas mineiros Gabriel Castro e Vinnícius Silva.


"A maior parte das fotos expostas é de 2013, mas o trabalho começou muito antes. Ali, fomos coroados pelo que estava sendo feito há alguns anos", destaca Gabriel Castro, cujo sucesso profissional se confunde com a ascensão dentro e fora de campo do clube do coração. "Comecei a fotografar em 2011, com o Atlético garantindo a permanência na Série A nas últimas rodadas. 2012 foi um ano de redenção. A chegada de Victor, Jô e Ronaldinho, o retorno dos jogos a BH", lembra ao Blog Toque Di Letra.

Réver e a taça: América alvinegra em 2013
(Créditos: Gabriel Castro/Grupo Eleven)

Na temporada seguinte, o fotógrafo foi mais do que um dos milhares que acreditaram: teve a oportunidade de ver e eternizar os principais capítulos e lances da inédita conquista do time alvinegro na Libertadores. "Eu estava lá, me segurando para não me descontrolar frente a cada decisão. Foi difícil segurar as emoções e conseguir registrar os momentos mais mágicos da história do Galo. Sinto-me privilegiado por ter vivido e fotografado uma era histórica do Clube Atlético Mineiro", acrescenta.

Registros do bicampeonato

Na mostra, que reúne 20 fotografias em versão ampliada, os torcedores belorizontinos também poderão ver de perto cliques produzidos por Vinnícius Silva. Amigo de longa data do atleticano Gabriel Castro, o fotojornalista acompanha as partidas do Cruzeiro desde 2009. "Selecionamos imagens especiais, que sintetizam a vibração de grandes partidas. A fotografia tem esse poder de levar as pessoas de volta ao dia do jogo e relembrar a magia e os sentimentos daquele momento", afirma.

Cruzeiro dominou o Brasil em 2013 e 2014
(Créditos: Vinnícius Silva/Portre Imagens)

Do ponto de vista celeste, as imagens pontuam os grandes momentos da trajetória que culminou nos títulos brasileiros de 2013 e 2014. "Para mim, foram dois anos importantes, que colocaram meu trabalho na vitrine, talvez nacional, e que me deram grandes amigos. Consegui emplacar duas capas de livros oficiais do Cruzeiro, várias publicações feitas pelo clube e por atletas. Sinto-me orgulhoso quando lembro que, de certa forma, participei dessas conquistas épicas", comemora Vinnícius Silva.

Mostra fotográfica - Além do futebol

Teatro Estação Cultural - Shopping Estação BH (piso L3)
Av. Cristiano Machado, 11833, Venda Nova
Entrada franca - encerramento em 10/09

Candidatura de Nepomuceno indefinida

Vinícius Dias

Enquanto a oposição, encabeçada pelo empresário Fred Couto, já se movimenta nos bastidores, o grupo de situação do Atlético ainda não tem candidato definido para as eleições presidenciais deste ano. Alvo de críticas da torcida alvinegra após as eliminações na Copa do Brasil e na Copa Libertadores, o presidente Daniel Nepomuceno segue respaldado por sua diretoria e, do ponto de vista administrativo, é elogiado no clube. Ainda assim, pode abrir mão de concorrer a um segundo mandato.

Nepomuceno pode abrir mão da disputa
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Desde o último pleito, quando chegou a ser convidado pelo então presidente Alexandre Kalil, mas optou por não se candidatar, Rodolfo Gropen é apontado como primeiro nome da situação. Internamente, no entanto, a avaliação é de que o ex-diretor de gestão e de planejamento dificilmente renunciaria à presidência do Conselho Deliberativo, cargo para o qual foi eleito há menos de um ano. Diante desse cenário, a alternativa mais cotada é seu vice, Sérgio Sette Câmara, ex-assessor da presidência.

Datas e detalhes do processo

As eleições presidenciais do Atlético acontecerão na primeira quinzena de dezembro, com registro de chapas até o fim de novembro. Cerca de 400 conselheiros estão aptos a participar da votação. O número inclui grandes beneméritos (ex-presidentes e vices do clube e do Conselho Deliberativo, entre outras personalidades), beneméritos (sócios com histórico de serviços de alta relevância ao clube), natos (vitalícios) e os 150 conselheiros eleitos (têm mandato até agosto de 2019).

A vitória do Grêmio e a missão do Cruzeiro

Vinícius Dias

Contra-ataque em velocidade pela esquerda, bola de Pedro Rocha para Luan, finalização de primeira, gol de Lucas Barrios no rebote de Fábio: 1 a 0 para o Grêmio e explosão nas arquibancadas da Arena aos 44 minutos da etapa inicial. Consistente, o tricolor jogou mais e melhor, enquanto o Cruzeiro assistiu. O time de Mano Menezes, que se contentou em usar o domínio da posse de bola como estratégia para tentar mais conter do que ameaçar os gaúchos, chega em desvantagem ao confronto da volta pela primeira vez nesta edição da Copa do Brasil.


A partida começou com os donos da casa pressionando a saída celeste e tentando acelerar. Sem espaço nem alternativas, o Cruzeiro recorria a bolas longas para tentar surpreender e, aos 12 minutos, foi salvo por Fábio: defesa monumental em cabeçada de Lucas Barrios. A primeira finalização mineira veio aos 27', com Lucas Silva. Embora os números indicassem igualdade, o campo mostrava o Grêmio mais organizado e Fábio como protagonista. Aos 35', outra ótima intervenção, desta vez em chute de Pedro Rocha. Nove minutos depois, superado pelo ataque tricolor.

Raposa perdeu por 1 a 0 em Porto Alegre
(Créditos: Giazi Cavalcante/Light Press/Cruzeiro)

Na etapa final, o time de Renato Gaúcho se expôs menos e, à exceção da boa jogada individual do garoto Raniel, aos 48', pouco foi incomodado. Único semifinalista a eliminar três adversários da Série A, o Cruzeiro, que venceu apenas cinco das 21 partidas deste semestre e vê seu principal atacante amargar um jejum de mais de 900 minutos, tem pela frente o jogo do ano e a necessidade de passar por cima da dificuldade de propor sem se desorganizar defensivamente. O tamanho do desafio passará pelas escolhas de Mano Menezes e pela atitude da equipe no Mineirão.

A história do próprio Cruzeiro mostra que não há nada perdido.
Mas, na ida, o Grêmio foi superior. Mais do que o placar indica.