Alisson Millo*
Ao
fim da partida desse domingo, em entrevista à Rádio Itatiaia, Luan apontou o
Flamengo como maior rival do Atlético. Não que o 'Menino Maluquinho', exemplo
de dedicação em campo, esteja todo errado. Vencer o rubro negro-carioca tem um
gosto todo especial, mas, neste momento, o maior rival do Atlético é o próprio
Galo. E esse é o obstáculo mais difícil a ser superado pelo time nesta
temporada.
A
maior prova disso é o fatídico jogo contra o Jorge Wilstermann. Diante de uma
equipe limitadíssima, que sequer ameaçou a meta de Victor e não mostrou nada de
mais defensivamente, o time alvinegro pouco criou, esbarrou nos próprios erros
e saiu do Mineirão debaixo de muitas vaias e com mais uma eliminação na conta.
Tudo porque, no jogo de ida, o Atlético conseguiu perder por 1 a 0 de um adversário
que, se disputasse o Campeonato Mineiro, talvez brigasse contra o rebaixamento.
O Galo não marcou uma vez sequer nos bolivianos e, assim, deu adeus à
Libertadores.
Luan lamenta queda na Libertadores (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
No
Brasileirão, o cenário não é muito diferente. Mesmo com a vitória e a boa
exibição, estamos longe do G6, que é o mínimo que o presidente e nós esperamos.
Após várias rodadas na parte de baixo da tabela, ainda há um longo caminho a
percorrer para convencer a torcida. Mesmo que digam que atleticano nunca
desiste, um Atlético e Flamengo com apenas dez mil pessoas era algo impensável
há pouco tempo. Se as esperanças estavam nos mata-matas, elas deixaram de ser
realidade em um ano que será perdido de vez caso a classificação à Libertadores
não venha.
Humildade no dicionário do Galo
Mesmo
mirando a parte de cima, hoje a alegria é pelo time ter se distanciado da zona
de rebaixamento. Não que eu acredite que o Atlético vá brigar para não cair,
mas nunca duvide da capacidade do Galo de complicar as tarefas fáceis. O
perigosíssimo Jorge Wilstermann reafirma isso. Mas vamos com calma, passo a
passo, rumo a caminhos menos turbulentos, acreditando e torcendo para que os
tempos mais difíceis já tenham passado. Se essa eliminação serviu para alguma
coisa foi para colocar a palavra humildade no dicionário de alguns. E é com ela
que precisamos encarar todos os times para que novos fiascos não cruzem a
estrada alvinegra.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual capitão da seção Fala, Atleticano!
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