Alisson Millo*
As
oitavas de final da Copa Libertadores vêm aí, na semana que vem. Em outros
tempos, empolgação. Hoje, com o que estamos presenciando em campo, apreensão.
Nem tanto pelo resultado do confronto de ida, já que reverter 1 a 0 dentro de
casa não é das tarefas mais hercúleas, nem pelo adversário, o Jorge
Wilstermann, que não é dos mais fortes. É a falta de futebol do próprio
Atlético que preocupa.
Na
última quarta-feira, no Mineirão, o time esboçou certa reação e até pressionou
o líder Corinthians. Mas jogou como nunca e perdeu como sempre. Rafael Carioca
esteve bem, Léo Silva vem demonstrando segurança desde a volta, Otero entrou
com vontade, Cazares teve grandes oportunidades, a torcida foi em ótimo número
ao Gigante da Pampulha. De nada adianta quando o time perde por 2 a 0 e segue
na parte de baixo da tabela, lugar que um clube do tamanho do Atlético não
deveria nunca ocupar, ainda mais depois de um investimento tão alto.
Robinho: um dos símbolos da má fase (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Projetando
a próxima quarta-feira, cenário não muito positivo. A começar pelo pífio
desempenho recente em casa. Apesar dos 100% na Arena Independência na fase de
grupos da Libertadores, a desconfiança e a incerteza tomaram conta do
atleticano. Vencer em Belo Horizonte por dois gols de diferença, hoje, parece
ser pedir demais. A expectativa fica por conta de Rogério Micale dar uma cara
nova à equipe e salvar o ano atleticano. A Copa do Brasil já ficou pra trás e,
no Brasileirão, mais decepções do que alegrias. Um mero estadual é pouco.
Esperava-se bem mais desse elenco.
Com os pés no chão e saudade
Neste
domingo, duelo com o Grêmio, em Porto Alegre. Mesmo com a boa campanha do
tricolor gaúcho, soa como confronto em aberto para um Atlético que vem melhor
fora. Talvez alguns nomes sejam poupados para a decisão na Libertadores. Ainda
assim, há esperança. Jogar a toalha, jamais, mas chega de esperar feitos
grandiosos de outrora e quebrar a cara. Pés no chão com uma ponta de saudade do
time que nos permitia sonhar.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual capitão da seção Fala, Atleticano!
Se fizer metade dos gols que perde e evitar metade dos gols que leva de contra ataque,pode até ganhar a libertadores...mas SE não existe,
ResponderExcluirO SE no futuro existe sim. Portanto pode acontecer.
ExcluirForça Galo!!!!