Cruzeiro: de branco, a caminho da final

Vinícius Dias

Cobrança de Edílson na trave. Defesa de Marcelo Grohe no chute de Robinho. Bola de Everton no travessão. De novo, Marcelo Grohe parando Murilo. Perna esquerda de Fábio interceptando a cobrança de Luan. Gol de Thiago Neves para ensandecer o Mineirão: 3 a 2 nos pênaltis, após a vitória por 1 a 0 no tempo normal, colocando a Raposa em sua sétima decisão de Copa do Brasil. Classificação diante do time que pratica o futebol mais atraente do país, o quarto da elite a cair diante de um Cruzeiro que guerreou como nunca e contou com Fábio como quase sempre.


A partida começou com o Cruzeiro buscando abrir a defesa do Grêmio. Reflexo da entrada de Élber, deixando Rafael Sóbis no banco e Thiago Neves como peça mais avançada. À exceção do passe em profundidade de Luan para Lucas Barrios, que finalizou para boa defesa de Fábio logo aos três minutos, o tricolor pouco ameaçou. A Raposa controlava bem os espaços no meio-campo, com Hudson e Henrique em grande noite, mas pecava na frente. Ora por acelerar e errar o passe, ora por construir as jogadas, mas não ter presença de área no momento da finalização.

Hudson: primeiro herói no jogo do ano
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

Motivo pelo qual, após o intervalo, Élber foi sacado para a entrada de Raniel. Mas foi Hudson, aos seis minutos, quem completou escanteio cobrado por Thiago Neves e fez o Mineirão explodir. O Cruzeiro buscava o segundo com cautela, enquanto o Grêmio, com Éverton e sem Barrios, tinha a posse longe da área. O time do contestado - geralmente, com razão - Mano Menezes, que havia vencido cinco jogos em 21 no semestre, emplaca dois triunfos seguidos. De branco. E premiando a diretoria que acreditou, mesmo quando os resultados e o desempenho indicavam o contrário.

Cruzeiro na final pela sétima vez, sonhando com o quinto título.
Com o branco, de tradição e superstição, coroando a convicção.

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