Dívida do Cruzeiro com clubes soma R$ 43,6 mi

Vinícius Dias

Além das contas de 2017, cuja votação acabou sendo adiada em meio a divergências entre o presidente do Conselho, Zezé Perrella, e o ex-presidente do clube, Gilvan de Pinho Tavares, o Cruzeiro apresentou aos conselheiros na última quarta-feira um panorama das dívidas com outros clubes. Os débitos - vencidos ou a serem pagos até dezembro, uma vez que foram contabilizados no passivo circulante - superam R$ 43,6 milhões.


Diante de uma série de processos na Fifa, as pendências acumuladas com clubes estrangeiros representam mais de R$ 40,5 milhões - queda de 17,1% na comparação com os quase R$ 48,9 milhões registrados no balanço anterior. Em relação a agremiações brasileiras, a dívida celeste mais do que dobrou ao longo da temporada passada, saltando de cerca de R$ 1,5 milhão no fim de 2016 para R$ 3,1 milhões.

Compra de Sóbis: dívida de US$ 1 mi
(Créditos: Pedro Vilela/Light Press)

Em março, o Blog Toque Di Letra revelou que a Raposa já havia começado a traçar estratégias com o objetivo de renegociar seus débitos. No caso do atacante Rafael Sóbis, por exemplo, o Cruzeiro conta com o apoio de um grupo de empresários com bom trânsito junto à diretoria do Tigres, do México, para intermediar a tentativa. O valor da dívida pela aquisição do camisa 7 é de US$ 1 milhão - mais de R$ 3,4 milhões.

Superávit ultrapassa expectativa

O clube celeste voltou a registrar superávit depois de seis exercícios deficitários. Mais do que isso: os números superaram até mesmo a previsão apresentada aos conselheiros em abril de 2017. No orçamento, a cúpula previa superávit de R$ 28,7 milhões, enquanto os números do balanço indicam R$ 30,5 milhões. A tendência é de que a reunião para votação das contas ocorra na primeira quinzena de maio.

Atlético pagará R$ 1,2 mi para manter Blanco

Vinícius Dias

O Atlético exercerá, em breve, o direito de compra de Gustavo Blanco. Um dos destaques da equipe sob o comando de Thiago Larghi, o volante, de 23 anos, está emprestado pelo Bahia até o fim desta temporada. Para mantê-lo na Cidade do Galo, o alvinegro precisa desembolsar R$ 1,2 milhão até novembro, ficando com 70% dos direitos econômicos. A intenção da diretoria, contudo, é concluir a transação antecipadamente.

Blanco ganhou a vaga no time titular
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Gustavo Blanco chegou ao Atlético em junho de 2017, depois de defender o América no primeiro semestre, clube para o qual estava emprestado sem direitos fixados - o Coelho tinha preferência caso surgisse oferta, mas não igualou as cifras propostas pelo Galo. No ano passado, o camisa 30 disputou apenas oito jogos. Em 2018, já atuou 16 vezes, inclusive ganhando a posição de Elias diante do Vitória, no último domingo.

Ida de Tiago assegura desconto

Inicialmente, o valor fixado para que o alvinegro mantivesse o volante em definitivo girava em torno de R$ 2 milhões. Uma cláusula atrelada à negociação do zagueiro Tiago Pagnussat, no entanto, garante a redução. O atual capitão chegou ao tricolor baiano por empréstimo, mas teve o contrato renovado até dezembro de 2020. No Atlético, Blanco teve o mesmo status no confronto com o Ferroviário, em Fortaleza.

Cruzeiro e Atlético reeditam rivalidade no futsal

Vinícius Dias

Maiores campeões do futebol mineiro, Atlético e Cruzeiro estenderão a rivalidade ao futsal a partir desta temporada. O primeiro clássico já tem data marcada: 22 de junho, às 19h30, no Ginásio do Barro Preto, pela categoria sub-13 do Campeonato Metropolitano. O clube celeste disputa as categorias sub-11 e sub-13 do torneio, classificatório para o estadual, enquanto o alvinegro é representado pela equipe sub-13.


"O futsal representa muito para nós. Faz parte da formação dos nossos atletas. Queremos fazer um grande ano, chegando às finas e ganhando títulos", destacou o supervisor de futsal do Cruzeiro, Sérgio Rezende Magalhães, ao site da Federação Mineira de Futsal. O clube, que não disputava competições da FMFS desde 1992, tem colocado em ação nas quadras os atletas que já atuam no campo.

Sub-13 celeste: 100% nas quadras
(Créditos: Cruzeiro Esporte Clube/Arquivo)

A Raposa tem 100% de aproveitamento no Campeonato Metropolitano, com duas vitórias em cada categoria. No sub-11, 6 a 1 sobre a Associação Esportiva Vilense Futsal, de Pará de Minas, e 7 a 1 diante da Associação Atlética Banco do Brasil. No sub-13, 14 a 2 contra Janaúba e 3 a 1 sobre o Clube Recreativo Mineiro. O Atlético fará a estreia no sub-13 na manhã deste sábado, diante de Nova Serrana, fora de casa.

Integração com futebol na base

Em fevereiro, o Blog Toque Di Letra antecipou que o futsal havia voltado à pauta do Galo. Recentemente, o clube implementou um projeto de integração da modalidade com o futebol na formação dos atletas da base. Campeão da Copa Intercontinental e bi da liga nacional com o time profissional nos anos 1990, o alvinegro não participava de torneios da FMFS desde 2009. Os jogos do Metropolitano acontecerão na Vila Olímpica.

Cruzeiro monitora situação de Vagner Love

Vinícius Dias

Com Fred lesionado e o ataque em jejum há 40 dias - desde que Raniel marcou duas vezes na vitória sobre o Patrocinense, em 17 de março -, o Cruzeiro estuda reforçar seu setor ofensivo. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, diante da possibilidade, o clube monitora potenciais alvos antes da reabertura da janela internacional, no fim de junho. Um dos nomes levados a Mano Menezes foi o de Vagner Love, do Besiktas.

Love tem contrato até junho de 2020
(Créditos: Besiktas/Facebook/Divulgação)

Por ora, não há tratativas em andamento. A diretoria celeste aguarda um parecer da comissão técnica para contatar o staff do atacante e o clube turco sobre a viabilidade. Love, de 33 anos, chegou ao Besiktas em janeiro, após marcar 34 gols em 44 jogos pelo Alanyaspor. Na capital, no entanto, o camisa 30 não tem repetido o desempenho: balançou as redes apenas três vezes, a última delas no dia 14 de março, em 11 atuações.

Atacante foi reserva no domingo

A ausência do ex-corintiano nas primeiras semanas de abril, devido a uma lesão muscular, coincidiu com a ascensão de Álvaro Negredo. No último domingo, mesmo com Love à disposição, o treinador Senol Gunes optou pelo espanhol como titular diante do Yeni Malatyaspor. A confiança foi retribuída com um dos gols da vitória por 3 a 1. O brasileiro custou cerca de € 3 milhões ao Besiktas - mais de R$ 12,7 milhões.

Meu Cruzeiro, cadê o prazer em te ver jogar?

Douglas Zimmer*

Salve, China Azul!

Antes de tudo, que fique bem claro que eu não acredito que esteja tudo errado e que o Cruzeiro precise ser demolido e recomeçar do zero. Não criemos dramas que não existem, mas não deixemos de abrir os olhos para os problemas que nos saltam à vista. Tem alguma coisa muito errada no Cruzeiro. No time do Cruzeiro. Durante os 90 minutos em que os jogadores levam a campo a camisa estrelada mais linda do Brasil, algo não está saindo conforme o esperado e, além disso, particularmente não vejo esboço de que os obstáculos que nos separam daquilo que gostaríamos de ver possam ser superados em um futuro breve.


Chegamos a um ponto em que é quase proibido cobrar a equipe. Alguns jogadores se mostram incomodados com a cobrança 'excessiva', com eventuais vaias, com silêncio, com postagens em redes sociais, etc. Ora, se não for para cobrar agora, quando ainda não há nada perdido, quando esse grupo - que tem qualidade, sim senhor - pode muito bem se reencontrar em campo, nem que seja à base de pressão, quando cobraremos? Quando estivermos na metade do Brasileirão, tendo que nos contentar com o meio de tabela ou com uma hipotética vaga em competição internacional? Quando a Libertadores já for nada mais que um sonho desfeito?

Raposa tropeçou contra o Fluminense
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro)

Meus amigos, a reação só pode sair e sairá de um lugar: de dentro do próprio Cruzeiro Esporte Clube. Ninguém nos fará o favor de nos tirar desta má fase - que não é tão longa, é verdade, mas veio em um momento que deveria ser de afirmação, e não de contestação - nem irá à Toca II dar uma solução mágica que nos faça recuperar a confiança e os bons resultados. Nenhum adversário, compadecido de nosso esforço, facilitará as coisas. A imprensa, mesmo que seja o mais imparcial possível, não fará campanha a nosso favor, não tentará nos fortalecer, enaltecendo a força do grupo, da torcida e do Mineirão. Esse não é o papel dela. Esse é o nosso papel!

A solução e a culpa são de todos

O Cruzeiro precisa se unir dentro e fora de campo. O que precisa acontecer é uma mudança radical na postura. Chega de aceitar o jogo adversário. Basta de não conseguir reagir aos estratagemas rivais, muito menos não conseguir propor os nossos. É hora de deixar a apatia de lado. Se pecarmos, que não seja por omissão. Não há nada perdido, é verdade. Mas, se quisermos ganhar, é nosso dever e salvação mudar o comportamento como um todo. O Cruzeiro é grande demais para ser coadjuvante por mais um ano. O estadual é muito, mas muito pouco, para o que esse elenco e a torcida, que vem dando show, merecem. Não é culpa de um ou de outro. É de todos.

Time de Mano não convence na Série A
(Créditos: Washington Alves/Light Press)

Temos material humano. A diretoria trabalhou bem e montou um belo elenco. Nosso treinador é um dos mais longevos do país, tem na bagagem o tempo que todos sonham para colocar o trabalho em prática. Nossa torcida comparece, é uma das mais presentes do Brasil e faz o possível para apoiar e intimidar os adversários. Mas, como o futebol não é uma ciência exata, não é um joguinho em que basta ter o melhor time para ter certeza de vitória, é mais do que necessário procurar aquele algo mais que torna algumas equipes vitoriosas, eternizadas na história por suas conquistas.

Força, Cruzeiro! Sempre teremos orgulho em carregar as tuas cores, mas queremos voltar a ter prazer em te ver jogar.

*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!

Tite assistirá a Atlético x Corinthians, no Horto

Vinícius Dias

O confronto entre Atlético e Corinthians, neste domingo, contará com um espectador especial na Arena Independência: Tite. Às vésperas do anúncio da lista de convocados para a Copa do Mundo, no dia 14 de maio, a comissão técnica da seleção brasileira cumpre a última etapa de observação in loco. Serão 22 partidas acompanhadas, no Brasil e em países como Espanha, Inglaterra, Turquia e China, até o próximo dia 02.

Treinador da seleção virá à capital
(Créditos: Lucas Figueiredo/CBF)

No duelo, válido pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro, o treinador verá em ação quatro jogadores que já vestiram a amarelinha sob seu comando: o lateral-esquerdo atleticano Fábio Santos, além do goleiro Cássio, do lateral-direito Fágner e do meio-campista Rodriguinho, do Corinthians. O trio do time paulista, por sinal, está na disputa pelas vagas em aberto na delegação que irá à Rússia em busca do hexacampeonato.

Auxiliar esteve em BH na decisão

A partida no Horto será a oitava acompanhada por Tite em abril. Antes, o treinador, que foi ao Maracanã no domingo para Fluminense 1x0 Cruzeiro, ainda assistirá às semifinais da Liga dos Campeões, ao lado do coordenador Edu Gaspar, e ao duelo entre Botafogo e Grêmio. O monitoramento inclui outros seis membros da comissão, entre eles Matheus Bachi, auxiliar e filho de Tite, que esteve no Mineirão na final do estadual.

Cruzeiro deve ter eleição de natos após a Copa

Vinícius Dias

O cenário político do Cruzeiro voltará a ficar agitado no segundo semestre. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, nos bastidores do Conselho Deliberativo, a expectativa é de que o presidente Zezé Perrella convoque eleição para recompor o quadro de conselheiros natos - vitalícios - após a Copa do Mundo. A competição organizada pela Fifa acontecerá entre os dias 14 de junho e 15 de julho, na Rússia.

Zezé Perrella deve convocar eleição
(Créditos: Alfredo Malagoli/Cruzeiro)

"A reunião para votar as contas do ano anterior (nesta quarta-feira) será nossa primeira desde a posse, em dezembro. Mas haverá outras, com os conselheiros, para promoção de natos depois da Copa, diversos assuntos", antecipa um integrante da mesa diretora do triênio 2018/2020. Atualmente, a lista de conselheiros natos conta com 244 nomes, 36 a menos do que o número de vagas fixado pelo estatuto do clube.

Pleito apontará presidenciáveis

A eleição, que chegou a ser cogitada para o fim de 2017, é uma das mais importantes do xadrez político celeste, uma vez que os escolhidos pelo colégio eleitoral de beneméritos - ex-presidentes do clube e Conselho - e atuais natos se tornam elegíveis para a presidência. Na votação secreta, sem formação de chapas, concorrem associados conselheiros com no mínimo três mandatos consecutivos ou cinco alternados cumpridos.

Cruzeiro FA: o que esperar depois da goleada?

Alexandre Oliveira*

O Cruzeiro Imperadores começou o Campeonato Mineiro de Futebol Americano com uma big play daquelas. O time celeste venceu o Pouso Alegre Gladiadores por 81 a 0, sem dar chances ao adversário. Se fôssemos traduzir o placar para o futebol, poderíamos considerar um 12 a 0. Recém-chegado, o kicker Amilcar Neto, mais conhecido como Ozil, vê o Cruzeiro como um dos favoritos aos principais títulos. "Com toda a estrutura que está sendo montada, com o projeto, a dedicação e entrosamento que vem treino após treino, temos chances reais de taça", destaca ao Blog Toque Di Letra.


Fundado no início de 2017, os Imperadores já levaram a Conferência Sudeste da Liga Nacional no ano passado, garantindo vaga na BFA em 2018. A equipe azul quer se manter no topo e, para isso, conta com comissão técnica e plantel experientes no esporte americano. Além do técnico Joe Daniels, que treinou times universitários nos Estados Unidos, a diretoria celeste trouxe reforços de peso como Lenin Albuquerque, offensive linebacker (OLB) da seleção brasileira e ex-João Pessoa Espectros.

Ozil converteu sete extra points na estreia
(Créditos: Dan Costa/Cruzeiro Imperadores)

"A qualidade técnica, os treinos diários, a dedicação, competência, excelência no que fazemos. Estamos muito motivados para levantar essa taça", exalta Ozil, enumerando os pontos fortes dos Imperadores. O kicker, ex-Santos Tsunami, estreou pelo Cruzeiro contra a equipe de Pouso Alegre já convertendo sete das dez tentativas de extra points.

Time em busca de entrosamento

Mesmo com o placar elástico alcançado no confronto de estreia, o defensive back (DB) Lucas Teodoro pontua que o time ainda tem a crescer em alguns aspectos. "Foi uma junção muito benéfica (entre Cruzeiro e Imperadores), mas estamos pecando um pouco pela falta de entrosamento. A gente está em busca desse entrosamento, da comunicação, saber o que o outro pensa. Isso que vai ser a chave para a gente fazer um bom campeonato e chegar com o pé direito ao BFA (Brasil Futebol Americano)".

Time celeste foi apresentado no Mineirão
(Créditos: Dan Costa/Cruzeiro Imperadores)

Para o quarterback titular Ramon Martire, da seleção brasileira, a evolução depende de o time acertar seu playbook - repertório de jogadas. "Neste momento, estamos mais focados em acertar o playbook, pegar entrosamento e implementar muita coisa nova para o ataque inteiro. Os resultados vêm naturalmente, junto com os jogos", comenta.

Focado no Campeonato Mineiro

O Cruzeiro volta a campo no dia 05 de maio, diante do Inconfidentes Futebol Americano, no Sesc Venda Nova. Perguntado sobre a expectativa para a sequência da temporada, o quarterback diz estar focado no estadual. "Agora, o nosso foco é no Mineiro. Não estamos pensando em BFA ainda. Temos um bom time aqui com todos os contratados e a boa base dos Imperadores para brigar pelo título mineiro. Para o BFA, ainda devemos ter alterações no elenco e já estaremos com um ritmo bem melhor".

*Jornalista. Fã de Futebol Americano. Siga: @alexolivertos.

América fez 2ª melhor estreia no Brasileirão

Vinícius Dias

A vitória por 3 a 0 sobre o Sport, com dois gols de Serginho e um de Carlinhos, no último domingo, na Arena Independência, representou a segunda melhor estreia do América no Campeonato Brasileiro da Série A. O alviverde conseguiu resultado mais expressivo apenas na edição de 1976, quando derrotou o Goiânia por 6 a 0. Em 16 participações, o time soma seis vitórias, sete derrotas e três empates na 1ª rodada.

Serginho marcou dois gols no triunfo
(Créditos: Mourão Panda/América)

O confronto com os pernambucanos foi, também, o 24º na elite com Enderson Moreira à frente do Coelho. O treinador belorizontino, que fez sua estreia pelo clube alviverde na 16ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2016, no revés por 2 a 1 diante do Flamengo, em Cariacica, tem 31,9% de aproveitamento. São seis vitórias, cinco empates e 13 derrotas, com o América marcando 17 gols e sendo vazado 31 vezes no período.

Atlético deve € 13 milhões a clubes do exterior

Vinícius Dias

Na reunião que marcou a aprovação das contas de 2017, na última segunda-feira, o Atlético também detalhou ao Conselho Deliberativo os débitos com clubes estrangeiros. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, os dados apresentados aos conselheiros apontaram sete dívidas vencidas, que significam € 11,3 milhões - cinco desses casos já resultaram em ações contra o alvinegro na Fifa. Somando € 2 milhões em impostos, as cifras chegam a € 13,3 milhões, cerca de R$ 55,8 milhões.

Contas foram aprovadas na 2ª feira
(Créditos: Site Oficial do Atlético/Divulgação)

Nos bastidores, o financeiro do Atlético busca alternativas para solucionar os imbróglios. "(Os casos) estão sendo devidamente analisados, discutidos e parcelados", afirmou o departamento, por meio da assessoria de comunicação do clube. Em dezembro, logo após a eleição do presidente Sérgio Sette Câmara, o diretor Carlos Fabel esteve na Suíça, onde se localiza a sede da Fifa, para tratar do tema. O dirigente tem trabalhado em conjunto com o advogado alvinegro para assuntos internacionais.

Pendência por Elias perto do fim

Da lista, que inclui débitos referentes às compras de Diego Tardelli, junto ao Al-Gharafa, do Catar, e Douglas Santos, à Udinese, da Itália, o caso mais próximo de ser encerrado é o de Elias. A pendência, superior a € 2 milhões, poderia resultar em problemas na Fifa em breve. O acordo com o Sporting, noticiado nessa quarta-feira pela Rádio 98 FM, envolve a ida do meia-atacante Marco Túlio para o clube português. À reportagem, a assessoria confirmou que, concluindo o negócio, o valor será descontado.

Atlético, Gallo, Larghi: ajudem-nos a ajudá-los!

Alisson Millo*

Sabe aquela história de que no Brasileirão todo jogo é decisão? Então. Pior para o Atlético, que começou perdendo - terceira derrota seguida, em três jogos decisivos, em três competições. Nesta quarta-feira, temos mais uma. Com todo respeito ao Ferroviário, mas nessa decisão a preocupação passa longe. A vitória por 4 a 0 no confronto de ida e a fragilidade do adversário devem assegurar a classificação. Foco na palavra devem.


Não dá para cravar porque é futebol, e você, meu caro leitor, já deve ter ouvido milhões de vezes que ele é uma caixinha de surpresas. Mas, mais do que isso, o Atlético vem jogando alguma coisa que até se assemelha ao futebol, porém é bem feinho. Isso tudo depois de o diretor de futebol Alexandre Gallo, em algumas ocasiões, ter afirmado que considerava o elenco desta temporada melhor do que o de 2017.

Sette Câmara ao lado de Alexandre Gallo
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Quando Gallo menciona que o grupo atual é mais qualificado, ressaltando a economia, cabe a nós, torcedores, interpretar. E não é difícil ir muito longe para imaginar que ele se refere, especialmente, às saídas de Fred e Robinho. De fato, essas duas estrelas andavam com o brilho bem fosco e a saída de ambos gerou um importante alívio nas contas do clube. Mas daí dizer que o time melhorou? O campo prova justamente o contrário.

Melhor que 2017? Tem certeza?

Análise simples de resultado e desempenho: no ano passado, uma hora dessas, o Atlético tinha uma das melhores campanhas da fase de grupos da Libertadores e o título estadual. Em 2018, tem o vice-campeonato em um Mineiro em que jamais mostrou grande futebol - talvez nas semis contra o América - e uma derrota que pode ser decisiva já na primeira fase da Copa Sul-Americana. Jornalista, por natureza, não costuma ser muito bom de contas, mas contra números não há argumentos.

Elias ainda não emplacou no Atlético
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Agora, vamos à parte que, particularmente, mais me chama a atenção. Se Fred e Robinho perderam espaço por altos salários e pouco rendimento, por que jogadores que, desde que chegaram ao clube jamais justificaram o investimento, têm presença constante entre os titulares? Se você pensou no camisa 7, é dele mesmo que estou falando. Contratado a peso de ouro, Elias nunca foi aquilo que se esperava dele, mas aí está, prestigiado, mesmo com as boas apresentações de Gustavo Blanco.

Treinador ou interino? Por quê?

Por falar em escalações, Thiago Larghi segue como interino, mesmo estando à frente do time há mais de dois meses. Larghi que deve, sim, ser criticado por escolhas, no mínimo, questionáveis principalmente quando o assunto são as substituições. Mas por que ele segue no cargo se não está pronto para tal? E, se está, por que ainda não foi efetivado pela diretoria? Já que ainda não foi oficialmente confirmado que ele é o homem de confiança da diretoria, por que estão trazendo jogadores indicações por ele? O discurso de austeridade ficou pra trás? Ou só dizia respeito a Fred e Robinho?

Larghi: bom início, mas já questionado
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Nada contra Matheus Galdezani, por exemplo. Nada a favor também, para ser honesto, mas as circunstâncias transformam a chegada dele em dúvida. Puxando pela memória, as indicações do último treinador mais inflaram o elenco de peças medianas do que resolveram, de fato, os problemas que tínhamos. Ricardo Oliveira é titular, ok! Mas Samuel Xavier, Arouca, Roger Guedes e Erik nunca caíram nas graças da torcida e, hoje, são reservas de jogadores que aqui já estavam, como Patric, que até recentemente era tratado como dispensável e estava emprestado.

Um calcanhar rumo ao insucesso

Se vamos dar nomes aos bois, Roger Guedes merece menção especial. Você sabe bem os porquês, mas vamos relembrar. A gota d'água foi o fatídico passe de calcanhar que custou, no mínimo, o empate com o Vasco. Digo no mínimo porque, nos pés de alguém competente, o lance poderia resultar no gol da vitória do Galo. Mas o imbróglio vem desde aquele show de horrores que ele protagonizou ao ser substituído contra o Figueirense. No CT, discussão com Tomás Andrade. Contra o San Lorenzo, ficou fora e se tornou 'assunto interno'. No domingo, protagonizou o lance icônico.

Roger Guedes: vexame diante do Vasco
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Nas redes sociais, logo após a derrota para o Vasco, Sette Câmara disse ter ficado triste. Tristes estamos nós, desde o início da temporada, com a perspectiva negativa em relação ao time. E o que deixa o torcedor mais descontente é saber que pouco pode fazer a não ser ir ao campo e apoiar. O presidente pode fazer muita coisa - inclusive, deve. Porque o 'patinho feio' realmente chegou à final, mas perdeu e não tem convencido. E a maioria das críticas, pelo menos, é justa. Ajudem-nos a ajudá-los!

*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual capitão da seção Fala, Atleticano!

América, Atlético e Cruzeiro apoiam Castellar

Vinícius Dias

Presidente da Federação Mineira de Futebol desde 2014 e vice na chapa eleita para o quadriênio 2018/2021, que será empossada em junho, Castellar Neto está em alta entre os clubes de Belo Horizonte. América, Atlético e Cruzeiro estiveram nesta terça-feira na sede da CBF, no Rio de Janeiro, para apoiá-lo no pleito da entidade para o quadriênio 2019/2022.

Castellar e Caboclo com os dirigentes
(Créditos: FMF/Twitter/Divulgação)

Castellar foi um dos oito candidatos a vice na chapa única encabeçada por Rogério Caboclo, atual diretor executivo de gestão. Os presidentes Marcus Salum, Sérgio Sette Câmara e Wagner Pires de Sá posaram para foto ao lado dos recém-eleitos e de Adriano Aro, sucessor na FMF. Também apoiador, o Boa Esporte foi representado pelo presidente Rone Moraes.

Cruzeiro teve time 'mais velho' da 1ª rodada

Vinícius Dias

Na derrota por 1 a 0 diante do Grêmio, no último sábado, no Mineirão, Mano Menezes escalou o time com maior média de idade da 1ª rodada do Campeonato Brasileiro, de acordo com levantamento do Blog Toque Di Letra. Sem nenhum atleta formado nas categorias de base em campo, o Cruzeiro teve uma média de 30,4 anos na estreia. Quase dois anos a mais que o Palmeiras, segundo mais velho, com 28,6.


Enquanto Sport (11ª maior média) e Paraná (15ª) não utilizaram nenhum jogador com 30 anos ou mais, por exemplo, a equipe celeste teve nove entre os titulares - as exceções foram Dedé, de 29 anos, e o uruguaio Arrascaeta, de 23 - e outro vindo do banco de reservas - Rafael Marques, de 34 anos. O time mais jovem da 1ª rodada foi o Fluminense, com média de 24,2 anos entre os 14 acionados por Abel Braga.

Raposa: média de 30,4 anos na estreia
(Créditos: Washington Alves/Light Press)

Os mais jovens a entrar em campo foram os atacantes Rodrygo, do Santos, e Vinícius Júnior, do Flamengo: 17 anos. Juan, do Flamengo, Léo Moura, do Grêmio; e Emerson Sheik, do Corinthians, foram os mais velhos: 39 anos. De volta à elite nacional, o América teve a oitava maior média de idade: 27,4 anos. Já o Atlético, em meio ao processo de reformulação do elenco, foi o nono, ao lado do Corinthians, com 26,9 anos.

Média de idade na Série A - 1ª rodada:

1º) Cruzeiro - 30,4 anos
2º) Palmeiras - 28,6 anos
3º) Ceará e Vasco - 28,1 anos
5º) Chapecoense, Flamengo e Grêmio - 27,9 anos
8º) América - 27,4 anos
9º) Atlético/MG e Corinthians - 26,9 anos
11º) Internacional e Sport - 26 anos
13º) São Paulo - 25,7 anos
14º) Botafogo e Paraná - 25,6 anos
16º) Atlético/PR e Vitória - 25,4 anos
18º) Bahia - 25,3 anos
19º) Santos - 24,4 anos
20º) Fluminense - 24,2 anos

O Atlético desnorteado e o Vasco batalhador

Vinícius Dias

Já nos acréscimos, Roger Guedes avança no campo de ataque e, em meio a sete jogadores do Vasco, toca de calcanhar. A bola sobra para Yago Pikachu, que acha Rildo com tempo e espaço para avançar e ser derrubado por Bremer dentro da área. Penalidade convertida pelo próprio Pikachu, aos 53 minutos, em São Januário. 2 a 1 e estreia com virada do Vasco batalhador de Zé Ricardo. Terceira derrota em oito dias de um Atlético que inicia o Campeonato Brasileiro sem rumo dentro e fora de campo.


Indefinição que tem em Roger Guedes um ótimo exemplo. Acionado no clássico que decidiu o Mineiro, pouco fez. Diante do San Lorenzo, na Argentina, ficou fora até do banco de reservas e virou situação interna. Nesse domingo, em São Januário, voltou para virar vilão. Em meio a escolhas ruins de Thiago Larghi, que vê Gustavo Blanco pedindo passagem, mas tem Elias como primeira opção. E à falta de escolha do clube sobre o próprio Larghi: treinador ou interino? Por quê? Até quando?

Roger Guedes: decisivo para o Vasco
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Se no início da temporada a diretoria considerava o elenco superior ao de 2017, as lacunas ficam cada dia mais claras, especialmente após jogar quase toda a decisão estadual com um a menos e viajar à Argentina. O melhor lateral-direito foi para o Palmeiras, de onde vieram três reservas. Para um time que tem apenas um reforço entre os titulares. Porque, certamente, faltou competência para vencer nesse domingo, mas também falta reconhecer os erros de planejamento enquanto há tempo.

Mineiro, Sul-Americana e Brasileirão, oito dias e três derrotas.
Dentro e fora de campo, o clube alvinegro segue desnorteado.

A derrota do Cruzeiro que abriu mão de jogar

Vinícius Dias

"Raça, raça, raça". Foi o coro cruzeirense nas arquibancadas do Mineirão aos 35 minutos da etapa final. Porque é natural que o torcedor que vê seu time entre os quatro, cinco principais candidatos ao título em todas as listas se decepcione com a derrota logo na primeira rodada. Mas o 1 a 0 diante do ótimo Grêmio de Arthur mostrou mais: o time de Mano Menezes, mesmo com elenco de favorito, abriu mão de jogar. Menos posse de bola, mais passes errados e nenhuma força para incomodar os gaúchos.


A estratégia reativa do Cruzeiro - ao contrário das melhores atuações no ano, tomando a iniciativa e pressionando a saída - foi a senha para um Grêmio confortável desde os primeiros minutos. Os comandados de Renato Gaúcho tinham espaço para girar a bola no meio-campo, mas pouco se aproximavam da área. Muito porque o time celeste marcava bem, embora sem velocidade para contra-atacar, tendo Thiago Neves como peça mais avançada e Rafael Sóbis apagado ofensivamente pela direita.

Raposa perdeu invencibilidade em casa
(Créditos: Washington Alves/Light Press)

A partida decepcionante da etapa inicial ganhou novos ares no segundo tempo, com o Cruzeiro finalizando logo no primeiro minuto. O Grêmio abriu o placar aos 9', com o estreante André. Thiago Neves parou em Marcelo Grohe aos 11', Everton em Fábio aos 15'. E o tricolor seguiu melhor, mesmo após a expulsão de Kannemann. Com um a mais, Mano trocou Robinho por Rafael Marques, que se juntou a Sassá no ataque, Mancuello substituiu Cabral, mas faltou organização para explorar os espaços.

No duelo de favoritos, o campeão gaúcho venceu o mineiro.
Vaiado, o time de Mano decepcionou ao abrir mão de jogar.

Sem Itália, Cruzeiro faz homenagem à Islândia

Vinícius Dias

O Cruzeiro apresentou, nessa sexta-feira, seu segundo uniforme para a temporada. Integrante do projeto Nations 2018 da Umbro, fornecedora de material esportivo celeste desde maio de 2016, a tradicional camisa branca ganhou detalhes que fazem referência à Islândia. A exemplo da Raposa, os outros seis clubes patrocinados pela marca no Brasil terão modelos inspirados em países que disputarão a Copa do Mundo.


O lançamento do projeto, desenvolvido pela marca ao longo de dois anos, aconteceu no estádio do Pacaembu, em São Paulo. Além da Islândia, foram apresentados uniformes que fazem homenagens às seleções de Colômbia (La Pasión, da Chapecoense); Espanha (El Huracán, do Atlético/PR); França (Lion Bleu, do Avaí); Inglaterra (The Kingdom, do Santos); Rússia (SK-1, do Bahia) e Uruguai (Charrua, do Grêmio).

Modelo traz referências à Islândia
(Créditos: Umbro/Divulgação)

A nova camisa celeste, que será utilizada pela primeira vez neste sábado, diante do Grêmio, no Mineirão, foi batizada de Blár Víkingur. "Não pensamos em fazer apenas uma camisa, mas trazer um conceito novo e que agregue valor para a nossa história, dos times e de cada um dos países, além de entregar um produto diferenciado para a torcida", destaca Eduardo Dal Pogetto, gerente de Sports Marketing da Umbro.

Referência à Azzurra era plano A

Inicialmente, a proposta do Cruzeiro era homenagear a seleção italiana, o que contemplaria uma antiga reivindicação da bancada no Conselho. Neste caso, a tendência era de que a base fosse o modelo azul, adotado em 1942 tendo justamente a Azzurra como inspiração. Em novembro, no entanto, a queda na repescagem diante da Suécia tirou a Itália da Copa. Um mês antes, a Islândia havia garantido sua primeira participação.